Capítulo dez

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💌 Olá, pessoas!!

SY chegou em 2k de leitores e eu tô toda bobinha... OBRIGAAADAAA!!!

Antes de começarmos o capítulo, alguns avisos!

Esse capítulo é mega especial pra mim, tô bem feliz que ele saiu!

O outro aviso é, na verdade, uma sugestão. Caso você goste/consiga ler e ouvir música ao mesmo tempo, sugiro que deixe separado aí Just a little bit of your heart (versão Harry) e Love like this (versão acústica) — Kodaline. Durante o capítulo aparecerá um aviso para vocês darem play na música específica para aquela parte.

Em um momento do capítulo, Louis sente bastante medo, não chega a ser uma crise de pânico, mas descrevo brevemente as reações de seu corpo. Leiam com cuidado e, se precisarem conversar, estou aqui!

Espero que gostem da att. Não se esqueçam de votar e comentar (sim, movida a engajamento kkkkkk)

Beijos!!

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The sun will stop shining soon
And you'll be dark in my life
Yeah you'll be gone, it's as simple as a change of heart

(Harry)

Lembro que na escola, no ensino fundamental, minha professora de geografia, a senhora Virgínia Heckels, explicava com um simples desenho no quadro, como se formavam as tempestades.

Basicamente, o ar quente e úmido sobe rapidamente para as áreas mais frias da atmosfera, causando o resfriamento do ar, formando as nuvens pesadas das chuvas. A mãe natureza também ajuda com alguns truques. Algumas descargas elétricas são produzidas dentro das nuvens e se transformam em riscos luminosos no céu cinzento, trazendo consigo o som dos trovões que ecoam por todo o céu, assustando os pássaros, fazendo-os alçar voos perigosos em meio à ventania desgrenhada.

Eu gostava de tempestades, elas me assustavam um pouco, afinal, eram perigosas, mas no geral eu gostava de sentar próximo à janela da sala apenas para observar os raios cortando os céus de Holmes Chapel. Me perguntava até onde aquela luminosidade alcançava e se todos os moradores da pequena cidade poderiam ouvir o som das trovoadas.

Me lembro de olhar o rabisco da senhora Heckels no quadro e pensar que era engraçado como dois elementos completamente opostos poderiam criar tamanha energia na natureza. O quente e o frio se trespassavam por entre as camadas da atmosfera, como se Zeus e Érebo travassem uma batalha nos céus, cruzando seus exércitos, disputando espaço, domínio, força e apenas um sairia vencedor do combate.

Quente e frio. Opostos. A mesma essência, mas características diferentes.

Me peguei pensando em como Louis e eu transitávamos entre esses dois extremos, como era fácil e maleável para nós dois sairmos de um e ir para o outro e quando nos encontrávamos na metade do caminho, nos transformávamos em tempestade. O céu se tornava cinzento, os raios nos atravessavam e o vento nos soprava cada vez mais longe um do outro.

Os dias foram se passando como uma tortura lenta e dolorosa, um mês inteiro foi arrancado do calendário, as palavras se extinguiam e nosso vocabulário era ínfimo. Nos finais de semana, eu saia dirigindo pelas ruas de Londres, sem rumo, tentando encontrar um refúgio, algo que eu pudesse fazer para escapar da realidade que assombrava a minha casa. Mas, para onde corações quebrados iam?

A cama que ficava em nosso quarto era testemunha de corpos cansados de coexistirem. Em algumas noites eu adormecia no sofá, tendo a tv como companhia. As músicas em meus fones de ouvido começaram a fazer sentido, principalmente aquelas que falavam sobre amores acabados, memórias e corações solitários.

Sincerely yours | l.s Onde histórias criam vida. Descubra agora