Capítulo treze

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💌 Olá! Como vocês estão?

Eu nem acredito que estou aqui, escrevendo esse recado e publicando (finalmente) esse capítulo, vou tentar ser breve.

São oito meses desde o último capítulo, desde então passei pelo fim da gestação, puerpério, uma nova rotina e uma nova vida. Muita coisa nova, novas preocupações, paranóias e, bem, a maternidade. Tem sido incrível me descobrir mãe, mas também tem sido muito desafiador. Tentar equilibrar todas as minhas versões, viver um pouco de cada uma delas é complicado, mas enfim, um dia de cada vez.

Eu amo sincerely yours e to sempre pensando nessa história, mas infelizmente não consigo escrever como antigamente ou da forma como eu gostaria. Tento respeitar meu tempo e não me cobrar muito, mas é complicado.

Esse capítulo não saiu da forma como eu queria. A minha ideia era fazer o pov do Louis assim como foi do Harry no capítulo anterior, mas eu simplesmente não consegui. Cheguei escrever algumas partes, mas nada fluía e eu me sentia presa. Fiquei meses parada no mesmo capítulo, até que "desisti" e resolvi fazer de outra forma. Talvez o pov que eu sempre quis se torne um capítulo extra, mas também não tenho certeza, mas só quero dizer pra vocês que me dediquei de coração nesse capítulo. Apesar de me parecer um pouco simples e curto, ele é mega importante para a história. Eu espero que vocês gostem, me desculpa se decepcionei vocês de alguma forma. Vamos nos falando!

Com amor, Maria.

•••

"I hope that I'm not asking too much
Just wanna be loved by you
(Don't you be so defensive)
And I'm too tired to be tough
Just wanna be loved by you"

(Louis)

Quando eu era criança gostava de assistir filmes antigos de faroeste com meu pai. Toda quarta-feira, após o futebol na escola, eu ia correndo para casa, tomava um banho, comia alguma coisa e esperava, ansiosamente, que meu pai chegasse do trabalho para sentarmos em frente a tv e assistirmos juntos. Nunca entendi porque gostava tanto daqueles filmes, não havia nada demais, os roteiros eram sempre os mesmos, os figurinos, os atores e os finais meio que óbvios. Acho que o que eu mais gostava era de viver o momento com meu pai.

Em um dos filmes havia uma cena de um forasteiro que estava perdido no deserto, ele havia levado um tiro no ombro e estava desidratado, me lembro bem porque neste dia eu estava muito triste, havia sido expulso do jogo e meu time derrotado. Na cena, ele via ao longe uma mesa com um enorme galão de água, uma miragem.

Miragens são traiçoeiras, nos fazem enxergar coisas que não existem, coisas que o nosso cérebro deseja desesperadamente.

Quando ouvi as batidas na porta, não imaginava que precisava enxergar uma miragem, não entendia que meu cérebro, meu corpo, minha psique precisavam tanto enxergar aquilo que estava bem na minha frente: Harry.

Ele estava meio descabelado, com os olhos fundos, mas com um brilho cheio de expectativas, uma pitada de medo. Um Harry levemente arrependido de ter batido aquela porta, recuando um passo milimetricamente como se quisesse pegar um impulso e correr desesperadamente. Senti pavor, porque precisava tanto dele ali e, finalmente, depois de tanto tempo, ali ele estava e não era uma miragem, mas por que ele queria fugir?

Não aconteceu. Ele ficou. Ficou ali parado na porta, me observando e, de repente, sua boca se entreabre, é como se eu pudesse ouvir seu coração acelerado pedindo desesperadamente para que aquelas palavras saiam de si.

— Quinze dias é muito tempo, Louis. Volta pra casa.

Antes que eu pudesse racionar e colocar os pensamentos no lugar, ouvi gritinhos estridentes e senti meu corpo sendo empurrado para o lado.

Sincerely yours | l.s Where stories live. Discover now