26.

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POV S/N

Eu mal conseguia acreditar quando escutei a voz tão familiar de Riley, um alívio encheu meu corpo, algo que eu não conseguia explicar, porque até falar com ela eu não tinha noção do quanto precisava disso. Do quanto eu estava com saudade. Logo notei que colocaram o telefone no viva voz, quando Nailea começou a atropelar as falas de Riley.

Riley: Por Deus Stewart, fale português. - disse impaciente, somente então me toquei que estava falando inglês, por pura força do hábito, na hora voltei para minha língua oficial.

- Desculpe, estou acostumada demais com o inglês. - falei, sem conter o sorriso enorme por falar com minha melhor amiga.

Riley: Nailea não está nem um pouco familiarizada com esse idioma. - disse com voz de deboche. - Parecia uma india falando com o menino que atendeu o telefone. - contou.

Nailea: CALÚNIA. - gritou. - Eu sei falar inglês melhor que muita gente por ai.

Riley: Nailea, calada. - gargalhei com a briga das duas. - E aliás, quem é o menino que atendeu? Que voz linda pelo amor de Deus.

Comecei com um ataque de riso que me impedida de falar qualquer coisa.

Riley: Qual é S/a, ri depois, a ligação vai sair cara. - tentei me conter. - Demoramos um tempo enorme para convencermos meus pais para que pudéssemos falar com você. - contou.

S/n: Vocês são as melhores amigas do mundo. - falei, emocionada.

Nailea: Já sei gata, já sei. - se gabou. - Estou morrendo de saudade. - disse com a voz de criança. - Volta logo.

- Também estou com saudade. - disse sincera. - Levarei presentes.

Riley: Não me importaria se trouxesse a pessoa que atendeu o telefone. - rolei os olhos. - Vamos, desembucha, quem é?!

- MAS OLHA VOCÊ! Não acredito que me ligou para falar sobre a voz do meu irmão de mentirinha. - disse rindo.

Riley: NÃO CREIO. - deu um berro. - Puta que pariu, o dos olhos castanhos? Você tem um rabo que vou te contar, quisera eu ficar na casa de um garoto lindo e com uma voz assim. - ela não tem limites.

POV PAYTON

Desisti de seguir escutando, afinal, não estava entendendo nada, de qualquer forma, então voltei para meu quarto. Uns 20 minutos depois S/n entrou nele com o telefone em mãos e a cabeça baixa, no último segundo notei seus olhos vermelhos.

- Hey, o que aconteceu? - toquei seu braço, a segurando levemente.

S/n: Nada. - disse com a voz pesada e
rouca.

- Como nada?! Esteve chorando. - toquei
sua bochecha, com cuidado, acariciando-a.

S/n: Já estou bem. - fungou, tentando
parecer forte. - Foi só... Quer dizer... Eu... - se enrolou, fraca demais para fingir.

- Aconteceu algo com algum dos seus
familiares? - questionei, ela maneou a cabeça negativamente. - Com seus
amigos? - novamente uma resposta
negativa. - Então...?

S/n: Eu só... - Suspirou, vencida. - ... Sinto saudade. - admitiu, levemente corada. - Não sei, mas, falar com meus amigos fez com que meu coração se apertasse. - sua voz foi sumindo aos poucos e as lágrimas, que ela provavelmente trancou anteriormente, voltaram a cair.

E eu não podia fazer nada além de puxa-la para meus braços. Acariciei seus cabelos e a embalei lentamente.

- Chore, vai se sentir melhor depois. -
sussurrei, sabendo que ela precisa desabafar.

 𝘁𝗵𝗲 𝗲𝘅𝗰𝗵𝗮𝗻𝗴𝗲 ! 𝗽𝗮𝘆𝘁𝗼𝗻 𝗺𝗼𝗼𝗿𝗺𝗲𝗶𝗲𝗿Where stories live. Discover now