27.

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POV PAYTON

Estava distraído falando com uns amigos na internet, enquanto escutava música, no volume máximo, com meus fones. Por isso, obviamente, não notei que já não estava mais sozinho, somente fui descobrir quando alguém cutucou meu ombro, me virei, dando de cara com S/n, tirei os fones, os deixando caídos sobre meus ombros.

- Oi? - girei na cadeira, ficando de frente para ela.

S/n: Jantar. - apontou para trás, indicando a sala.

- Ah... - assenti, tirando os fones. - Estão me chamando a muito tempo? - questionei, voltando a ficar de frente para o computador, para fechar as páginas abertas.

S/n: Mais ou menos. - respondeu, então inclinou o corpo, passando os braços sobre meus ombros e apontando para algo na tela do computador. - Hey, que música é essa? - questionou, com o rosto praticamente colado no meu. Respirei fundo, contendo os arrepios que sentia por ter seus lábios tão próximos ao meu pescoço.

- Hm... Eu não sei pronunciar isso. - disse sem graça.

S/n: Payton, você baixou uma música brasileira? - perguntou, completamente surpresa.

- É... - respondi, ainda sem jeito, passei a mão em meus cabelos, bagunçando-os. - ... Eu queria... - me enrolei. - ... Ver... - engoli seco. - ... Uma coisa.

S/n: Você ainda está tentando aprender português sozinho? - questionou, virando o rosto na minha direção, quase roçando os lábios em minha bochecha, assenti, incapaz de falar. - Quer que eu te ensine algumas coisas? - perguntou com a voz terna, assenti novamente, envergonhado. - Tudo bem, hoje, depois do jantar. - declarou, ficando em pé. - A não ser que tenha compromisso... - se corrigiu sem jeito.

- Tudo certo, professora. - pisquei, levantando.

Ela gargalhou e seguimos para fora do quarto, indo jantar.

POV S/N

Após comermos, voltamos ao quarto de Payton, para começar minhas aulas improvisadas de português.

- Tudo bem, eu vou lhe falar como se pronuncia algumas palavras e você repete, certo? - ele assentiu, enquanto, assim como eu, sentava na cama, de frente para mim. - Vamos começar por aqui mesmo. - o encarei. - Preste a atenção no que eu toco e em seguida na palavra, ok? - ele assentiu, novamente. Toquei a cama. - Cama. - falei lentamente. - Repita.

Payton: Cama. - falou, obediente. Sorri, ele ficava muito fofo com aquele sotaque.

- Isso, muito bem. - Levantei, parei em frente a sua cômoda e toquei o telefone. - Telefone. - pronunciei novamente. Era interessante fazer isso, por mais que para mim essas palavras sejam óbvias, para Payton é novidade.

Payton: Hein? - questionou, seus olhos castanhos estavam confusos.

- Repita em partes - sugeri. - Me escute. - sentei novamente em sua frente. - Te. - falei. - Repita.

Payton: Te. - falou, como um papagaio.

- Le. - disse em seguida, ele repetiu, prontamente. - Fo. - mais uma vez captou as palavras e falou-as. - Ne. - encerrei. Ele também. - Agora diga-me tudo junto.

Payton: Tefolone. - falou, atrapalhado.

- É, quase isso. - sorri, terna. - Vamos seguir...

- Payton: S/a, podemos fazer isso diferente? - questionou.

- Como quer fazer? - rebati com outra pergunta, confusa.

Payton: Eu pergunto, você responde. - concordei.

 𝘁𝗵𝗲 𝗲𝘅𝗰𝗵𝗮𝗻𝗴𝗲 ! 𝗽𝗮𝘆𝘁𝗼𝗻 𝗺𝗼𝗼𝗿𝗺𝗲𝗶𝗲𝗿Where stories live. Discover now