43.

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POV PAYTON

É incrível como desde que ela chegou vem tentando colocar tudo em ordem, resolver os problemas de todos nós, quando na verdade deveria ser ao contrário, nós é que tínhamos que acolhê-la e cuidar dela.

- Você não teve muita sorte ao se inscrever no intercâmbio. - comentei, de repente, ela me olhou confusa. - Pegou a família mais cheia de problemas de Los Angeles.

S/n: Pois eu discordo. - sua expressão era suave. - Eu aprendi mais com vocês aqui do que em todos meus anos de vida.

- Aprendeu o que? - arqueei uma sobrancelha.

S/n: Eu era aquele tipo de garota que sempre tinha a proteção dos pais em tudo que fazia... - começou contando. - ... Eu dava um passo e eles estavam ao meu lado, para me guiar. Quando eu vim pra cá me senti perdida e por um momento acreditei que não podia sozinha, mas daí eu comecei a me apegar em vocês. - sorriu. - Teus pais me acolheram como uma filha... - assenti. - ... Tua irmã me ajudou a seguir sendo criança. Faith virou minha melhor amiga... - me olhou. - E você... - suspirou, enquanto sorria. Mordi meus lábios nervoso. - ... Você me ensinou a ter força.

- Como? - questionei, incrédulo.

S/n: Payton, você é muito forte. - tocou minha mão. - Mais do que pensa que é. - seus olhos castanhos me fitando. - Você é independente, livre... - encolheu os ombros. - ... Aproveita a vida... - logo completou. - ... Quando não está fazendo merda, claro. - sorri de canto. - Eu notei que perdi muito tempo presa no meu mundinho. - e então concluiu. - Eu aprendi a ser dona do meu próprio nariz e isso vale muito.

POV S/N

Eu poderia listar todas as coisas que aprendi nesse tempo de intercâmbio e principalmente o que aprendi com ele.

"Sabe Payton, pela primeira vez eu tive um amor, é um amor de verdade, alguém que consiga fazer meu coração bater mais forte, minhas pernas bambearem e minhas mãos suarem. Mas sabe qual o problema? Não?! Pois vou te contar, esse mesmo amor consegue ser tão idiota quanto adorável, eu não consigo decidir se é certo ou não o amar. E ai está mais uma coisa que eu aprendi, amor não se escolhe, se sente e cala a boca, digamos assim."

Alguém estalou os dedos na minha cara e eu sai do transe.

- Oi? - o olhei, piscando seguidas vezes.

Payton: Vegetando? - arqueou uma sobrancelha.

- Não, eu sempre faço isso quando o assunto me deixa entediada. - brinquei com ele, que fez uma cara de paisagem. - Estou brincando Payton, ha ha ha agora é hora que você ri. - expliquei. - Por Deus garoto, um senso de humor cai bem as vezes.

Payton: Eu sou a pessoa mais bem humorada do mundo. - se defendeu. - Conhece a nova piada do não nem eu?

- Não. - que diabos de nova piada?!

Payton: Nem eu. - respondeu, me deixando com a mesma cara de paisagem dele de segundos atrás. - Agora é a hora que você ri.

Um tempo depois da super piada de Payton a campainha tocou, quando abri a porta me deparei com Timmy seguido de minhas amigas de curso.

Maggie: Menina, que parto foi achar tua casa. - comentou, me dando um beijo. - Timmy é tão inútil que se perdeu.

Timothée: Olha lá, a culpa não é minha se as madames vieram tagarelando o tempo todo. - se defendeu. - Acabei me confundindo.

Dixie: Sempre perdido. - empurrou ele de leve pelo ombro, em seguida me deu um beijo no rosto. - Viemos ensaiar. - bateu palmas, sorrindo. - Na tua casa, porque já que nunca recebemos um convite formal, viemos por conta própria.

 𝘁𝗵𝗲 𝗲𝘅𝗰𝗵𝗮𝗻𝗴𝗲 ! 𝗽𝗮𝘆𝘁𝗼𝗻 𝗺𝗼𝗼𝗿𝗺𝗲𝗶𝗲𝗿Where stories live. Discover now