45.

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POV S/N

Sorri para meu reflexo no espelho, dei uma última retocada no visual e desci. Payton estava na porta, o ar faltou quando o vi. Estava simplesmente perfeito.

Payton: Madame. - indicou a porta, para que eu saisse na frente, gargalhei e o fiz. - Sinto, mas não quero estragar a surpresa. - me olhou, então tirou do bolso uma máscara preta, fiz uma careta, pronta pra protestar. - Por favor, me deixe fazer isso direito. - pediu. Cedi.

Ele colocou a venda em meus olhos, guiou-me até o carro e logo o senti em movimento. A curiosidade estava me deixando nervosa. E ansiosa. Hora ou outra sua mão tocava a minha, delicadamente, mostrando que ele estava ali e que não havia nada com que me preocupar. E, magicamente, conseguia me fazer relaxar.

O carro parou, meu estômago embrulhou com a ansiedade que voltou. Payton, novamente, me guiou. Escutei diversos barulhos ao redor, porém nenhum deles reconheci como de um restaurante. Entramos no que, eu acho, que é um elevador até que de repente tudo ficou silencioso, somente escutava passos distantes e nossas respirações. Não me atrevi a perguntar onde estamos. Até que uma porta se abriu e a venda saiu de meus olhos, por uma fração de segundos acreditei que estava tendo somente uma miragem. Pisquei seguidas vezes, em choque.

- Eu... - tentei pronunciar algo, porém ainda não conseguia.

Um quarto grande e luxuoso estava na minha frente, uma bandeira do Brasil pendurada na parede, onde deveria estar um quadro, rosas brancas em um vaso Sobre a mesa com diversas comidas e bebidas tipicamente brasileiras. Pétalas brancas e vermelhas estavam sobre a cama que parecia macia. Cada canto que eu olhava via algo que lembrava meu país.

Payton: Tentei trazer um pouquinho do Brasil para cá. - falou com a voz terna. - Para que você possa matar a saudade. - tocou meus ombros. - Queria fazer algo especial. - beijou-me no rosto.

Ele não poderia ter acertado mais. Além de toda a decoração, que certamente o fez ter que pesquisar sobre meu país, tem o fato de que não foi algo clichê. Ou esperado como um quarto com velas.

Ele sempre consegue surpreender.

Quando saí do transe, tirei a venda que estava em volta de meu pescoço e a soltei sobre a mesa. Payton fechou a porta, o barulho fez com que eu o olhasse. Em seus olhos havia um brilho diferente essa noite. Um brilho que não reconheci.

- Não sei como te agradecer por tudo isso. - indiquei o local.

Payton: Só quero que essa noite seja especial. - deu um passo na minha direção e em segundos estava com os braços envoltos em meu corpo.

- Essa noite já é especial. - afirmei, tocando seu rosto. Ele respondeu com um leve sorriso e um beijo em minha testa.

Payton: Não sei se todas essas coisas são mesmo do Brasil. - soltou-me, me mostrando as comidas. - Foi difícil pesquisar. - fez uma careta, inseguro.

- Hey, está tudo perfeito. - o acalmei, sorrindo. - Você não precisava ter tido todo esse trabalho.

Payton: Você ficou comigo quando ninguém mais o fez... - me olhou. - ... E não precisava ter feito isso. - entendi onde ele queria chegar. - Então, estamos quites.

Decidi parar de bater na mesma tecla. Apesar de todo meu encantamento e a certeza que Payton fará essa noite ser incrível, eu estava nervosa. E ele também. O que é bem estranho.

Payton: Desculpe-me, eu nunca fiz isso antes. - suspirou pesadamente, sentando ao meu lado na cama.

- Acho que nós dois temos muito o que aprender essa noite. - o olhei, enquanto falava delicadamente. - Juntos. - coloquei minha mão sobre a sua que estava apoiada no colchão.

 𝘁𝗵𝗲 𝗲𝘅𝗰𝗵𝗮𝗻𝗴𝗲 ! 𝗽𝗮𝘆𝘁𝗼𝗻 𝗺𝗼𝗼𝗿𝗺𝗲𝗶𝗲𝗿Where stories live. Discover now