Capítulo 64

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— Bom dia — murmuro sonolenta e me espreguiço

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— Bom dia — murmuro sonolenta e me espreguiço.

O sol já era visível pela grande janela do quarto do Tom. Felizmente, estava mais no rosto dele do que no meu.

— Bom dia — Tom responde depositando um beijo na minha cabeça.

Aproveito para abraçar seu abdômen descoberto e fecho meus olhos novamente. Automaticamente, sua mão começa a alisar minhas costas nuas. E ficamos assim por alguns minutos sem falar nada.

Abro um olho só para conferir se Tom ainda estava vivo e o vejo olhando para o teto pensativo.

— O que foi? — murmuro me aconchegando nele.

— Hm?

— Você está pensando no que? — pergunto sabendo que ele ainda olhava para o teto.

— Se eu contar, você vai rir — ele murmura.

— Ahn? — abro meus olhos e me afasto um pouco dele, para olhá-lo melhor.

— Eu tenho pensado muito sobre o meu futuro, sabe? — ele me olha novamente e desvia o olhar — Sobre o que eu quero fazer.

— Achei que iria assumir os negócios do seu pai — digo tentando entendê-lo.

Ele suspira e olha para mim.

— Eu quero participar da peça da escola — ele muda o rumo da conversa — E quero muito pegar o papel principal.

Aquilo me pega de surpresa pois em todas as conversas que tivemos sobre peças de escola, nossos amigos sempre reclamaram disso, com exceção da Nelly. Harry e Timothée sempre brincavam sobre isso enquanto Lucas, que era um dos organizadores da peça, sempre estivera ocupado demais tentando se dividir para realizar as mil e uma funções que ele tina de compromisso naquele colégio.

 Mas Tom nunca disse que gostava de peças teatrais.

— Mas você nunca... — me interrompo — Desde quando você quer isso?

— Desde a primeira peça que eu participei há alguns anos atrás — ele admite — Mas nunca levei essa ideia para frente.

— Por que nunca me disse isso antes? — pergunto cabisbaixa — Achei que você não ligava 'pra isso.

— Eu não queria que você achasse me patético — Tom se senta na cama.

Aproveito para fazer o mesmo e puxo o lençol branco para cobrir meus peitos.

— "Patético"? — o pergunto magoada — É isso que você pensa de mim? Que eu zombaria de você?

Tom dá de ombros sem me olhar.

— Não é como se você quisesse participar da peça, você mesma reclamou — Tom tenta defender seu ponto de vista.

— Só porque eu não queira participar, não significa que eu não goste de assistir, Thomas — digo o nome dele para ele entender que eu não estava muito feliz sobre o que ele pensava de mim — Nem sempre vamos gostar de fazer as mesmas coisas, mas em um relacionamento é preciso de apoio.

𝐀𝐅𝐓𝐄𝐑 𝐘𝐎𝐔; tom hollandOnde as histórias ganham vida. Descobre agora