Capítulo 4 - Confluência

1K 117 165
                                    

Talvez nunca tenhamos as respostas do Universo, mas quando eu olho nos seus olhos eu consigo imaginar a confluência cósmica de eventos que nos trouxe até aqui; uma incógnita emaranhada e confusa, mas seguramente bela.
Talvez não seja muito, mas somente pensar que nós conseguimos, de alguma maneira, nos encontramos no meio dessa bagunça. E que você está aqui e agora, e eu estou olhando para você, e você está olhando de volta e sorrindo, e nós existimos nesse instante no mesmo espaço e tempo.
Talvez não seja muito, mas pra mim basta.

(yele, euzinha, 08.08.21)

×-----------×

Dream acorda pela manhã, um raio de sol atravessava pelas cortinas e iluminava o quarto. Ele se vira e olha para a bola de pelo dormindo ao seu lado. Ele havia deixado Patches entrar no seu quarto ontem à noite quando levantou para beber água, agora ela dormia calmamente em meio aos cobertores.

Ele escuta uma porta abrindo e passos no corredor e decide se levantar também.

Entra no próprio banheiro no seu quarto. E enquanto joga água no rosto ele avalia a figura no espelho: cabelo bagunçado e olheiras profundas, ele tinha demorado para dormir ontem à noite. O rosto no espelho o encara de volta. Quando ele termina o que precisava fazer ele sai e deixa a porta entreaberta caso Patches queira sair.

Ele está no meio do caminho até as escadas quando a porta do banheiro no corredor se abre. Ele se vira para encarar George.

Cabelo castanho escuro jogado sobre os olhos, a cara cansada de quem, assim como ele, também não havia dormido muito bem. A camisa branca de ontem agora amassada e uma sombra de uma barba por fazer no seu queixo. Ele levanta a cabeça para Dream, olhos ainda sonolentos se arregalando um pouco ao perceber a presença do outro.

"Bom dia" Dream diz.

"Bom dia. Eu não acordei você, acordei?"

"Ah, não. Eu já tava acordado." Eu mal dormir, ele poderia completar.

"Ah, Ok."

Dream avalia a figura oscilante de George há alguns metros deles, pequeno e com cabelos bagunçados. Era fofo, ele pensa incapaz de não se sentir encantado pela imagem que era George pela manhã.

"Você tá com fome?" Ele pergunta. "Eu tô indo fazer alguma coisa pra comer."

George pensa por um segundo antes de assenti. "Na verdade, tô sim."

Ele segue Dream escada abaixo até a cozinha e se senta em um dos bancos na ilha, Dream para em frente a ele, mãos apoiadas no mármore. Ele sorri ao pensar como aquela cena parecia tão cotidiana, como se George sentado no meio da sua cozinha de manhã cedo fosse algo normal.

"Então o que você vai fazer?"

"Uh... eu não sei." Ele vasculha os armários. "Torradas? Ovos mexidos? Eu não sei bem. Você quer o que?"

"Sei lá. Talvez a gente pudesse fazer panqueca."

"E você sabe como fazer panqueca?"

"Eh, sim, para a sua sorte, eu sei."

"Okay, então. Vamos fazer panquecas!"

"Tá, panquecas." George se levanta do banco e vai até a pia lavar as mãos, enquanto ele faz isso Dream pega algumas vasilhas e põe em cima da bancada. Ele para pra observar George puxar o celular e digitar algo.

"A gente vai precisar de farinha e leite e ovos", ele lê.

"Eu pensei que você tinha dito que soubesse como fazer."

Gallery of Time (dnf)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora