11- Fica aqui

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3 dias para o Natal

Alícia Narrando:

Estranho.

Era a única coisa que eu conseguia pensar nos últimos dias, no quão estranho foi meu pai aceitar tão bem o fato de que toda a família iria viajar para o Brasil e eu ficaria em casa aos cuidados de Henry por uma semana.

Sim, eu queria viajar com a minha família e aproveitar cada minuto ao lado deles, mas não achava justo o fato de eles não poderem aproveitar a viagem pelo simples fato de eu estar com a perna engessada o que me faz de certa forma dependente da ajuda deles a todo momento. Ficar em casa era minha escolha mas ter a companhia de Henry foi um bônus que eu não imaginava mas adorei ter.

Já passou das 19h da noite e faz uns trinta minutos que meus pais e irmãos sairam rumo ao aeroporto, estou completamente sozinha em casa esperando Henry chegar. Como sou apaixonada por arte eu não poderia estar fazendo outra coisa a não ser uma pintura. Me mudei para o andar de baixo da nossa casa onde fica um dos quartos de hóspedes, meu pai fez questão de trazer meus materiais de pintura, minhas telas e o cavalete, ele disse que agora é o momento perfeito pra deixar minha criatividade me levar, afinal não posso fazer muito esforço físico. Limpo o pincel dentro do potinha com água e analiso a pintura que fiz com aquarela, estou treinando para fazer desenhos mais realistas.

Eu gosto de fazer esse tipo de pintura porque exige mais atenção e dedicação sendo assim o tempo passa mais rápido e eu não fico tão entediada ou perdida em meus pensamentos

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Eu gosto de fazer esse tipo de pintura porque exige mais atenção e dedicação sendo assim o tempo passa mais rápido e eu não fico tão entediada ou perdida em meus pensamentos.

O que eu mais tenho feito nos últimos dias é pensar, principalmente na noite em que Henry e eu fomos parar no hospital. Eu me declarei pra ele, disse que o amava e eu me lembro das coisas que ele me disse também, sei que seus sentimentos são recíprocos mas por que fingimos que nada aconteceu? Por que não podemos tentar ser um casal normal? Eu não quero forçar as coisas com Henry mas também não sei até quando vou conseguir sufocar meus sentimentos por ele.

-O que está pintando?- Quase caio da cadeira quando a voz de Henry ecoa pelo quarto.

Olho assustada para trás e o encontro encostado no batente da porta com os braços cruzados e um sorriso no canto dos lábios.

-Henry você tem que parar de chegar assim de fininho!- Falei fechando os olhos e respirando fundo tentando me recuperar do susto.

-Você que anda no mundo da lua dona Alícia, eu toquei a campainha e como ninguém atendeu eu usei minha chave reserva e entrei.- Explicou caminhando para dentro do quarto enquanto tirava a mochila das costas. Henry largou a bolsa no chão e se jogou na cama.

-Nossa realmente eu tava no mundo da lua!- comentei olhando para ele todo esparramado na cama, é incrível como ele se sente a vontade aqui como se fosse sua própria casa.

-faz muito tempo que seus pais saíram?- Henry perguntou se levantando da cama.

-Tem menos de uma hora que eles saíram,tive que passar por um sessão de beijos e abraços da minha mãe antes deles irem.-Respondi dando risada.

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