26- Ovos mexidos com bacon

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Henry Narrando:

Acordei assustado com batidas fortes e desesperadas na porta de meu apartamento. Eu estava sonolento e desorientado, não estava entendendo nada que acontecia a minha volta. Olhei para a mesinha de cabeceira onde estava meu celular e o peguei conferindo as horas, eram 08:34 da manhã, quem poderia ser me pertubando tão cedo? De repente a pessoa começou a tocar a campainha desesperadamente, o barulho me causava dor de cabeça.

Me levantei da cama irritado com todo aquele som ecoando em meus ouvidos e comecei a caminhar em direção a porta. Estou rezando para que não seja minha mãe com uma daquelas visitas surpresas com um pote de sopa para checar se está tudo bem com minha saúde, eu amo minha mãe mas eu já sou adulto. Assim que destranquei a porta girei a maçaneta e me surpreendi com a pessoa que encontrei a minha frente.

-Ally? O que faz aqui tão cedo?- falei olhando para minha namorada, ela estava de moletom, meio agitada, parecia ter vindo às pressas.

-É-é e-eu só...-Ela começou a gaguejar e me olhou dos pés a cabeça.

Olhei pra baixo e só então me dei conta de que estava vestindo apenas uma boxer preta.

-Merda!- xinguei em voz alta.- Pode entrar eu vou me vestir.

Me afastei da porta o mais rápido que pude e fui direto para o meu quarto, escolhi um camiseta branca e uma calça de moletom e segui para o banheiro, tomei um banho gelado para ajudar a despertar, escovei os dentes e me me vesti. Um pouco mais apresentável eu saí do quarto e pelo apartamento ser pequeno logo encontrei Alícia sentada no sofá da sala, ela estava de cabeça baixa olhando para suas mãos que estavam entrelaçadas em seu colo.

-Oi.- Falei fazendo-a levantar a cabeça e olhar pra mim.

Sem dizer nenhuma palavra ela se levantou do sofá, correu em minha direção e pulou em meus braços escondendo o rosto na curva do meu pescoço, a segurei firme pela cintura e ela entrelaçou as pernas ao redor da minha cintura. Eu não estava entendendo nada do que estava acontecendo, eu achei que Ally estaria super irritada ou triste com minhas atitudes mas ela está aqui em meus braços.

-Eu não quero que a gente brigue, nunca mais.- Ela sussurrou me abraçando mais forte.

-Pode acreditar amor eu também quero isso.- Falei sentindo um peso sair de cima do meu peito.

-Eu te amo.- Não consegui evitar o sorriso. Beijei seu pescoço suavemente e então disse.

-Eu também te amo cachinhos, me desculpe pela forma que eu agi ontem eu fui muito idiota.- tentei ser o mais sincero que pude, ela não merece um namorado que age daquela forma.

-Está tudo bem, vamos esquecer o que aconteceu ontem pode ser?- Ally se afastou um pouco e olhou pra mim segurando meu rosto com as duas mãos.

-Pode!- Eu sorri feliz por não ter perdido minha Ally, nem mesmo por minhas atitudes erradas.

Me surpreendi quando Ally me beijou, seus lábios macios e com um toque adocicado se juntaram aos meus em um beijo lento e carinhoso, sua mão massageava meus cabelos e isso me dava vontade de ronronar como um gatinho manhoso. Ela me beijava com tanta paixão que eu me senti até inexperiente, a forma como minha Ally me deixava era surreal. Nos afastamos quando perdemos o fôlego.

-Eu passei a noite inteira preocupada pensando em nós dois.- Ela sussurou colando sua testa na minha.

-Eu também amor, mas agora já está tudo resolvido e eu posso respirar aliviado.- Falei tocando seu cabelo brincando com seus cachinhos.

-Estou com fome.- Ela murmurou deitando a cabeça em meu ombro.

-Me ajuda a preparar o café da manhã?- Perguntei caminhando até a cozinha com ela ainda agarrada a mim.

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