27- Combinação perfeita

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Alícia Narrando:

Henry e eu, abraçados embaixo das cobertas, um enorme balde de pipoca, Netflix e um tempo chuvoso é simplesmente a combinação perfeita. Desde o dia em que eu passei a noite em claro por conta da nossa briga e eu corri na manhã seguinte até sua casa na expectativa de fazermos as pazes, uma barreira enorme entre nós foi quebrada, nós ficamos ainda mais próximos e sempre que estou com um tempo livre eu fujo para o seu apartamento em busca de um pouco mais do seu carinho e abraços quentes, eu nem consigo mais imaginar minha vida sem o amor recíproco de Henry, a época em que eu escondia meus sentimentos eu me sentia muito triste e sufocada, mas agora consigo viver tudo com mais leveza e com ele ao meu lado.

Durante os dias que tenho vindo a sua casa nós estamos maratonando os filmes do Harry Potter, me arrisco a dizer que isso é um legado que meus pais passaram pra mim e eu influenciei Henry a amar os filmes tanto quanto eu. O filme de hoje é o prisioneiro de Azkaban.

Senti a mão de Henry apertar um pouco minha cintura e me puxar para mais perto de seu peito, ele beijou meus cabelos de modo suave e carinhoso e meu coração pulou dentro do peito.

-Amor eu tenho que te contar um coisa.- Seu tom de voz soou tão sério que me fez ficar tensa.

-O quê?- Perguntei levantando a cabeça e olhando diretamente em seus olhos.

-Isso pode prejudicar nosso namoro.- Eu fiquei ainda mais aflita.

-Fala logo Henry está me deixando preocupada.- Exclamei.

-Eu não pertenço a casa da Grifinória como você.- Fiquei olhando pra ele sem entender nada.- Eu sou Lufa-Lufa.

-Está me zoando né Henry? Achei que era algo sério.- Bufei irritada e ele apenas riu da minha cara.

-Ué isso é um fato importante, achei que você deveria saber.- Ele explicou. Peguei um grão de pipoca e arremessei nele.

-Você é tão bobo!- Falei jogando mais um grão.

-Um bobo que você ama loucamente.- Disse todo metido.

Olhei para ele pelo canto dos olhos fingindo indiferença, eu só queria provocar um pouquinho.

-Por que está me olhando assim? Não tente se fazer de difícil cachinhos.- Ele falou todo brincalhão.

Fiquei em silêncio olhando para a tela da Tv e então fui surpreendida por seus dedos cutucando minhas costelas me fazendo soltar gritos e gargalhadas. Como se conhecesse cada ponto fraco do meu corpo ele começou a me fazer cócegas, eu estava chorando de tanto rir.

-Para Henry! Para agora você vai me matar.-Exclamei quase sem fôlego.

-Só se você disser eu te amo.- Ele me ameaçou.

Eu estava rindo tanto que cai de costas sobre o sofá enquanto me contorcia tentando fugir se suas cócegas.

-Eu te Ahhh...-Gritei dando mais risada.

Henry tinha um sorriso nos lábios enquanto eu me acabava de rir por ter cócegas em qualquer parte do corpo, axila, pés, barriga, pescoço ele estava me torturando.

Fomos pegos de surpresa quando ouvimos batidas fortes na porta do apartamento, no mesmo instante eu parei de rir, e Henry parou de me fazer cócegas, olhamos um para o outro complemente perdidos. As batidas ecoaram mais uma vez pelo apartamento e então Henry se levantou do sofá rapidamente e eu o segui até a porta. Ele olhou pelo olho mágico.

-Quem é?- Sussurei segurando sua mão.

-A vizinha do andar de cima.-Ele sussurou de volta.

Henry abriu a porta do apartamento revelando uma senhorinha de no máximo uns setenta anos, ela usava uma toca de pano na cabeça, um roupão rosa e tinha um gato preto nos braços, ela nos olhava de um jeito estranho.

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