13-Feliz Natal ou Não...

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Alícia Narrando:

Ao olharmos pela janela tudo o que podíamos ver era uma imensidão branca, sobre o asfalto montanhas e montanhas de neve, o vento soprava forte fazendo a neve voar por todos os cantos preenchendo os telhados e janelas, a temperatura havia baixado e a tempestade de neve se intensificava a cada segundo.

Por outro lado dentro de casa estávamos bem aquecidos e acolhidos pela companhia um do outro, não tínhamos do que reclamar. Henry e eu estávamos vivendo em nosso próprio mundinho perfeito e nada nem ninguém podia nos atrapalhar.

-Um pouco mais pra esquerda.- Pedi.

-Ficou bom?- Henry pergunta.

-Não um mexe um pouquinho pra direita!-Peço.

-E agora?- questiona Henry mais uma vez.

-Agora você mexeu muito...-Reclamo e ele fecha a cara.

Estamos decorando a casa para o Natal, havíamos nos esquecido completamente desse detalhe e apenas hoje começamos a montar a árvore de Natal. Henry está na ponta dos pés tentando posicionar a estrela no topo da árvore enquanto eu a penas observo e dou as coordenadas.

-Não podemos fazer uma árvore sem estrela? Toda hora você diz que está torto!- Henry reclama já cansado.

-Onde já se viu árvore de Natal sem estrela Henry?- Questiono cruzando os braços.

-Estou ficando com dor nos ombros e nas costas de tanto pendurar decorações pela casa você devia fazer isso...-Resmunga e eu o encaro brava.

-Me desculpe se minha perna quebrada me impede de decorar a casa.- Rebato.

-O problema não é sua perna mas sim sua altura tem menos de um metro e meio.- Ah ele ama me provocar,eu tenho muito mais que um metro e meio.

-Henry isso é um absurdo eu não sou tão baixinha assim!- Me defendo e ele apenas ri debochado.

-Você é sim baixinha, parece até os duendes ajudantes do papai Noel.- Esse menino tá querendo levar uns tapas só pode, mas me contentei apenas arremessando uma almofada em sua direção.-Ei vai estragar toda minha obra de arte!- reclamou tentando proteger a árvore.

-Então para de me zuar!- pedi fazendo bico e ele assentiu sorrindo.

-Tá bom cachinhos não vou mais implicar com sua altura.- Respondeu enquanto pendurava os pisca-pisca nos galhos da árvore.

De repente um cheiro estranho invadiu minhas narinas.

-Henry?- inspirei o ar mais uma vez.- Está sentindo esse cheiro? Parece de algo queimando...-Falo tentando reconhecer de onde vem o cheiro.

-O ARROZ!- Henry gritou desesperado e saiu correndo em direção a cozinha.

Henry e eu decidimos celebrar o nosso primeiro Natal totalmente sozinhos da melhor forma possível, pesquisamos algumas receitas na internet e colocamos em prática, fizemos purê de batatas, arroz e colocamos algumas coxas de frango para assar no forno, é simples mas foi o que conseguimos fazer.

-Espero que esse arroz ainda esteja comestível...- falo enquanto caminho pela cozinha e vejo Henry mexendo na panela.

-Por sorte queimou apenas o fundo da panela a parte de cima da pra comer.- Responde soltando um suspiro aliviado.

-Que bom porque tem uma tempestade de neve lá fora e não tem como comprarmos mais comida.- Desabafo me sentando na bancada da cozinha.

-Bom se tudo der errado a gente pode comer cereal no jantar, temos dois sabores diferentes da até pra escolher.- Dei risada, mas até que não seria má idéia.

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