Imagines - Louis Partridge

ooh, baby, ooh, said, ooh

( Ps - Para melhor experiência, escute 'Edge of Midnight - Miley Cyrus )

S/n point of view:

Balanço meu quadril no ritmo da musica enquanto pulo animada por meu quarto, dançar é definitivamente a melhor coisa a se fazer quando está entediada.

O som que sai de meu computador ecoa por meus ouvidos me fazendo automaticamente começar a cantar.

— I was born to run, I don't belong to anyone, oh no. — jogo um de meus braços para cima enquanto com o outro seguro minha escova/microfone — I don't need to be loved by you. —murmuro a continuação

Depois que entrei para o ensino médio, aprendi muitas coisas e, uma delas foi que; se você quer passar por esta época escolar precisa criar uma playlist.

Somos muito pressionados durante esse período então é importante você ter um escape, no meu caso, minhas músicas favoritas.

A música sempre me acalmou então meu refugio sempre foi ouvi-las e cantá-las, exatamente da forma que estou fazendo.

Continuo a remexer ao ritmo do som enquanto sinto meus cabelos (cor/cabelo) baterem contra meus ombros, imagino que não tenha sido uma boa ideia deixá-los soltos, os lavei hoje pela manhã e não desejo que fiquem soados.

Mesmo que já estejam um pouco úmidos, ando até meu espelho que fica bem próximo a meu guarda-roupas e logo utilizo a scrunchie que se encontrava em meu pulso para prender meus cabelos.

Junto os fios de forma que se encontrem em uma colinha, em seguido organizo-os um pouco quando noto que ficou meio estranho na parte de cima.

Percebo a chegada do refrão da música que ainda ecoa por meu quarto, então esqueço a finalização de meu cabelo e ainda de fronte para o espelho preparo-me para acompanhar a canção.

— Just like the white ringed dove. —faço gestos para mim mesma através do espelho — Sings a song, sounds like she's singing. — viro a cabeça sentindo meus fios presos acompanharem o movimento

— Ooh, baby, ooh, said, ooh. — outra voz se faz presente, seu timbre soa mais grosso que o meu além de demonstrar um sotaque britânico forte.

Viro-me rapidamente em direção a janela que fica bem ao lado da minha cama, fazendo assim a divisória entre meu espelho e guarda-roupas.

Caminho em direção a janela em seguida deparando-me com meu vizinho, quer dizer, o filho deles.

Nossas janelas ficam bem de frente uma para a outra, minha privacidade diminui uns 80%, mas não interfere que eu faça meus shows pessoais.

— Olá S/n. — cumprimenta e logo reconheço seu tom, o maldito está debochando.

— Olá Partridge. — retribuo

— Será que dá para baixar o som? — perguntou

Conheço Louis Partridge o suficiente para saber que contará para todos seus amigos sobre minha cantoria, e sinceramente? Não me importo.

Somos vizinhos desde sempre graças a uma forte amizade cultivada desde a infância entre a minha mãe e a dele, e isso também contribuiu para que fossemos melhores amigos, amigos do tipo que não se desgrudavam.

Até que ele se encontrou com o tipo mais popular, algo que com certeza não se enquadra em minhas características, e isso fez com que nos separássemos.

Não vou negar, nosso distanciamento me machucou muito, fiquei me corroendo durante anos, mas imagino que tenha conseguido superar nem que seja uma parcela disto.