Capítulo 48

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Celeste

Fiquei a tarde inteira com os meus filhos, podiam ter quinhentos e cinco anos, com caras de malvadões...

Mas eram umas crianças comigo, uns bebês illyrianos.

Os três estavam com as cabeças em meu colo agora, encarando as estrelas comigo.

Eu fiz um cafuné na cabeça de cada um.

Quando percebi que os três estava com sono, usei meu poder para levitar os corpos dos três e nos atravessei para seus quartos.

Pondo cada um em sua cama, lhes dando um beijo na testa e os cobrindo.

Eu fechei as portas dos quartos, caminhando pelos corredores.

Rhysand surgiu.

— Os meninos?

— Dormindo. -falei.

Ele sorriu, encarando as portas de seus quartos.

— Queria ter feito isso tantas vezes. -sussurrei.

Ele me encarou, então, segurou minhas mãos.

— Tenho algo para te dar, um presente.

— Não preciso de presentes, Rhysand. -o encarei.

— Este você vai querer. -ele sorriu.

Eu o encarei confusa, então ele se aproximou, perto demais, então, uniu nossas testas, olhando em meus olhos.

E como uma pontada, senti, senti ele me passar coisas.

E pude ver em minha mente, cá lembrança dos meus filhos desde quando eram bebês, suas primeiras risadas, sorrisos, palavras, os primeiros passos, vi a primeiras artimanhas e seus roubos de biscoitos, via eles irem dormir com lembranças minhas, sorrindo, vi eles crescerem em minha mente, a cada dia, cada treino, cada guerra vencida com honra, cada noite em que eles se Juntavam com o avô no telhado para verem ss estrelas juntos, para ver a minha Estrela. E então, desejarem.

Os vi agora crescidos, fazendo o mesmo, e então, a estrela se tornar vermelha e cortar o céu, anunciando... O meu retorno.

Eu pisquei, lágrimas escorrendo pelo o meu rosto, Rhysand delicadamente limpou cada uma delas.

Ele me presenteou... Com as lembranças dos nossos filhos, para que de alguma forma, eu veja seu crescimento.

Eu o encarei, os olhos marejados.

— Sei que não é muito, que nada se compara a ter vivido tudo isso mas...

Eu o abracei, fortemente enquanto derramava mais lágrimas em silêncio.

Seus braços, devagar me envolveram, me abraçando.

— Obrigada. -sussurrei, o apertando.

Ele beijou minha cabeça com delicadeza.

— É o mínimo que eu poderia fazer, marrenta. -ele disse baixo.

Eu afastei meu rosto, então, fiquei na ponta dos pés, deixando um beijo casto na bochecha do grão-senhor.

Rhysand me encarou, surpresa e carinho em seus olhos.

— Mesmo assim, obrigada. —sussurrei— eu vi eles crescendo. -eu sorri chorosa.

Ele acariciou o meu rosto.

— Se eu pudesse voltar no tempo, teria feito um acordo até mesmo com o caldeirão para que continuasse viva, que tivesse visto tudo isso.

— O passado não pode ser mudado. —sussurrei— por isso existe o futuro.

Ele suspirou, então, caminhou pelo o corredor.

Corte De Mundos OpostosWhere stories live. Discover now