Capítulo 1

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Rhysand

A cela é aberta, por um dos soldados, ajeito as lapelas do meu casaco, e coloco aquele sorriso que faz meus inimigos querer socar a minha cara.

Amarantha me enviou aqui para entrar na mente da prisioneira, não me disse quem ela era ou que era, apenas me ordenou.

Ás vezes acho, que nunca vou sair desse inferno, e é bem provável que eu não consiga.

Afinal, que humana em sã consciência se apaixonaria, por Tamlin?

Mas, se é isso que pode me salvar,e me fazer voltar para casa.

É bom que essa humana não esteja pensando direito.

Entro na cela, e o fedor da dela chega no meu nariz.

- Sinto muito, por meu aposentos não estar do seu agrado Grão-Senhor.

Uma voz rouca  e feminina fala, do fundo da cela.

Vejo uma fêmea, com aparência, digamos bem decaída, e seu cheiro é antigo.

- Se aproxime criança, sei que foi mandado pela vadia ruiva para entrar na minha mente.

Olhei para ela com desconfiança.

Ela sorriu, os dentes amarelos e quebrados.

Antes que eu entre na mente dela ela fala.

- Sei de seus medos Grão- Senhor.

Engoli em seco.

- Tem medo de não voltar para casa, para sua família, e sabe que se continuar aqui vai morrer.

- E se você morrer Keir vai poder assumir o trono.

Franzi as sobrancelhas.

- Mas minha segunda em comando, é a Amren.

Ela sorri.

- Oh! Criança tola, achas mesmo que Keir, não tentaria tomar teu trono se você não estivesse presente.

- Na sua morte, as montanhas, as estrelas e o céu noturno sentirão e estremecerão.

Se Keir assumir vai simplesmente acabar com a Corte Noturna.

- Tem alguma maneira de ele não assumir se eu morrer, enquanto ainda estou aqui?

- Imaginei que perguntaria.

Começo a ficar nervoso, um escudo de som a muito tempo colocado.

Ela sorri.

- Um herdeiro, totalmente do seu sangue.

- Não posso fazer um herdeiro enquanto ainda estou abaixo da montanha bruxa.

Eu havia notado o que ela era, uma bruxa e das mais poderosas.

- Pelo visto já sabe o que sou, então vou lhe apresentar uma solução.

- Uma solução?_ pergunto confuso.

- Um feitiço._ ela responde.

- E qual é o preço?_ desconfio.

- Minha liberdade._ ela rebate.

Ela sorri.

O desespero fala mais alto e aceito, ela me diz seu plano para conseguir fugir.

- Do que se é necessário para fazer esse feitiço?

- Vou precisar do seu  sangue.

Sinto uma leve dor e quando olho ela já está com meu sangue em um frasco de vidro.

- Como vai ser feito?

- Muito fácil, vou utilizar um feitiço usado bastante a muitas eras atrás.

Levanto as sobrancelhas.

- Não me olhe com essa cara sou a mais nova da minha espécie_ a bruxa fala_ continuando, os machos escolhiam a fêmea mais saudável que pudesse achar, e de preferência virgem, eles acreditavam que se suas crias fossem geradas por uma fêmea intocada, seus poderes seriam mais puros, e consequentemente seriam crias poderosas.

- Então?

- No processo do feitiço, vou fazer a fêmea beber o seu sangue, junto com uma outra mistura de ervas especiais, e falar as palavras certas, e daqui a 10 meses teremos resultado.

- Até aí tudo bem, mas como você vai achar uma fêmea que esteja disposta a gerar herdeiros para a minha Corte?

- Essa é fácil criança, ela não vai saber...

- E como podemos ter certeza que ela vai até o fim?

- Não se preocupe, vou estar por perto, e para você ficar mais tranquilo, vou escolher essa fêmea a dedo.

- E quando meu possível herdeiro poderia assumir o trono?

- Para isso, a criança vai ter que estar mais velha, e com plena consciência do que pode fazer apenas com a força do pensamento, não se preocupe eu cuido para que eles cheguem na hora certa.

Ela dá aquele sorriso com dentes quebrados.

- Sua parte do trato Grão- Senhor.

Aceno com a cabeça.

Saio da cela e faço com que o guarda durma, a bruxa que me falou que tem poderes de metarmofose de um jeito mais puro, ninguém iria sentir o odor de magia características desses casos.

Ela toma a forma do soldado desmaiado, e veste sua roupas.

Ela acena em agradecimento.

- Não se preocupe criança, sua família já está a caminho.

Aceno sem entender.

Quando volto para os andares superiores, dou uma desculpa para Amarantha, dizendo que a bruxa tem escudos fortes, e só conseguiria atravessa- Los  apenas se estivesse que a totalidade de meus poderes, ela dispensou com um gesto de mão.

Naquela noite ela não me chamou para os seus aposentos, assim pude repensar tudo o que aconteceu hoje.

Mas, antes de dormir, vi flashes de uma mão delicada, fazendo cálculos, sobre uma bancada.

Herdeiros Da Escuridão EstreladaWhere stories live. Discover now