Herdeiros Da Escuridão Estrelada

Capítulo 59

Melanie

Hoje foi um dos dias que tive de ir treinar, me lembrando do que prometi pra Ness da última vez, eu ia treinar junto com as Valquírias.

Mal comecei e já me sinto cansada, sento no tatame e suspiro, quando Cass faz um gesto com o braço pra darmos um pausa, não só eu mas as sacerdotisas repetem o meu gesto.

Olho pra a porta e Rhys está encostado, observando silenciosamente, estranho porque não sinto seu cheiro ou algo mais que denunciasse a sua presença mas mesmo eu ainda a sinto e reconheço.

" Elas não vão se sentir confortáveis se souberem que o Grão Senhor veio assitir pessoalmente o treinamento delas."

Ouço a sua voz rastejando e rouca dentro da minha mente, agora entendo.

" E as crianças?"

" Estão junto com Elain, ela já conseguiu ganhar eles com alguns biscoitos"

Solto uma risada silenciosa.

" São meus filhos afinal."

Dou um sorriso conhecedor, logo me lembro de algo.

"Você viu o Drew? Tenho algo importante pra falar pra ele."

Rhys mesmo de longe consigo ver ele franzir a sobrancelha, mas nada pergunta.

Logo ouço a voz de Azriel, anunciando o fim do nosso intervalo, me levanto agora com um pouco mais de animação depois do leve incetivo de Rhys antes de ele sair.

Quebra de tempo

- Eu vou contar até 100_ a voz de Drew soa alta, Nyx, Rheyna e Adrian ouvem com atenção as suas palavras os outros o olham com deboche nítido, pela brincadeira boba.

Como fomos parar aqui? Bom, Drew deu a ideia de brincar um pouco com as crianças, mas daí eles queriam que os outros tios também brincassem porque se não ele iam ficar tristes, agora estamos todos reunido na sala, prontos para nos esconder.

- 1...2....7...._ Drew começa a pular os números.

- Ei! Seu ladrão não pode!_ o grito indignado de Cass, interrompe a contagem.

- 1...2...3...4.. _foar q ele começa contra corretamente todos começam a se esconder.

Azriel quando vai para um lado já leva Nyx, Cass vai em outro direção carregando Adrian nos ombros , e Morrigan convence gentilmente Rheyna a se esconder com ela.

Corro e tento me esconder, procuro qualquer lugar na minha mente em que possa me esconder mas a minha mente dá um branco, já não vejo mais Feyre, nem Rhys.

- Prontos ou não lá vou eu!_ o grito e Drew me alarma ainda mais.

- Mas que droga._ quando entro em um corredor vejo uma porta que não tinha notado antes.

Quando testo a maçaneta, por sorte está destrancado.

- Obrigada casinha._ murmuro baixo, e entro rapidamente ao escutar passos.

Quando vejo a porta o cômodo está em um breu total.

Minha respiração ofegante por conta da corrida, mas noto que a minha respiração não é a única em meio a escuridão.

Inspiro fundo pra gritar, mas uma mão grande tampa a minha boca, e é naquele momento que eu sinto.

O cheiro de Rhys, aquele leve cheiro de menta, algo refrescante e pesado ao mesmo o tempo.

Segundos depois ouço passos do outro lado da porta, e pelo  jeito do andar já noto ser Drew, aproximo mais de Rhys até as minhas costas estivessem coladas ao seu peitoral.

Sinto ele inspirar fundo, e quando os passos se vão, me permito respira calmamente.

- Essa foi por pouco._ a voz de Rhys soa bem no ouvido, e me faz ter arrepios involuntário.

- É, é sim, por pouco._ repito abobada.

- De todos os lugares por que aqui?

- Era o único que estava disponível e porta tava aberta.

- Aberta? Mas tenho certeza que porta trancou quando entrei.

Franzo o cenho, quando testo maçaneta, trancados no escuro, sozinhos, e muito perto.

- A casa trancou a porta não foi?_ solto um suspiro.

- Sim.

- É tão ruim assim, ficar aqui comigo?_ sua voz sai baixinha, me volto assustada.

- Claros que não! Bom não é você, é a situação em que estamos, mas você com os seus poderes não dá para abrir a porta?

- Ah não, a casa tem vida própria e magia própria também, que é bem mais antiga que a minha, então não posso fazer nada.

- Por quando tempo ela vai nos deixar aqui?

- Não, sei...._ Se faz um silêncio, e sinto meus pensamento correrem sem direção.

Parece que o meu cérebro virou gelatina, só por estar em lugar escuro e sozinha com Rhys.

Sinto a respiração de Rhys no topo da minha cabeça, então ele está na minha frente.

Estendo as mão para frente, e tudo o que sinto é uma pele quente, e músculos, minha unhas resvalam de leve na pele, e o sinto contrair.

- Desculpa.

- Não tudo bem.

Do nada passa na minha mente, a conversa que tive com Drew um tempo atrás.

- Rhys... Você já encontrou a sua parceira?

- Ah não... Por quê?

- Er, nada assim sabe e se você encontrasse a sua parceira, o que ia fazer?

- ...Acredito que uma parceria não ia pra frente se tivesse uma pessoa já no meu coração._ prendo a minha respiração ao senti-lo mais perto.

- Você já tem uma pessoa...

- No meu coração?_a voz sai baixa ao tocar o meu pescoço com cautela_ Sim, nos meus pensamentos... Na minha vida..._ sinto a sua mão acariciar o minha orelha, me aproximo um pouco mais.

Meu batimento cardíaco já está a mil, e posso jura ouvir o de Rhys também.

No espaço escuro, sinto o calor de Rhys perto de mim, e o hálito quente da sua boca faz cócegas no meu nariz.

- Eu posso?_ sua voz sussurra, e mesmo assim sinto como fosse um grito dentro de mim.

Nada lhe respondo apenas inclino meu rosto para o seu, sua mão segura a minha nuca, e outra minha cintura.

Fecho os olhos, e apena espero...

Sinto seus lábios levemente, como se testando... Depois sinto uma leve mordida no lábio inferior.

Até então me mantive imóvel, mas tomo a iniciativa ao notar que ele se prepara para se afastar.

Meu lábios colidem fortemente com os seus, fico na ponta dos pés e me inclino.

Seguro a sua mão na minha cintura, e aprofundo o beijo...

Sinto ser agarrada, entrelaço as minha pernas nos seu quadris, e me afasto um pouco para tomar fôlego.

As mãos passam com avidez pelo meu corpo e cabelos, segurando a minha nuca e puxando em sua direção.

Até que não parecíamos estar perto o suficiente, seguro em seus ombros e respiro fundo, ouço a respiração de Rhys também acelerada.

Lá no fundo ouço um clique, um momento de total silêncio, e a porta é aberta.

As sairmos pra fora damos de cara com todos eles nos encaram  chocados enquanto tampam os olhos das crianças.