Capítulo 17

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Augusto

Quando decidi ir até a padaria não tinha intenção de chamar ela pra sair de novo, não assim tão cedo. Ela poderia achar que sou um louco por ficar no pé dela. E hoje iremos ir em um restaurante bem agradável aqui em BH, eu escolhi um bem simples, não acho que ela se sentiria bem em um lugar cheio de frescura.

Sorrio lembrando da cara dela quando estava tentando se explicar o porque de me chama de borracheiro. Às vezes me finjo estar aborrecido com o apelido, mas na verdade gosto quando ela me chama assim e tenta se explicar.

Sei que fui um pouco precipitado em dizer aquilo á ela. Sobre aceitar ser seu borracheiro. Mas ela não disse nada, então estou tranquilo.

— Você anda muito sorridente. — Álvaro diz ao meu lado. — Que foi, viu o passarinho verde?

— Não acho que seja da sua conta. — Ele começa a rir como um idiota.

— Ah, não fala assim comigo não. — Ele diz fazendo cara de coitado. — Posso dizer a Cecília que você não é boa companhia.

— Por que não vai procurar o que fazer? Tem serviço pra terminar e não é pouco.

— Me diz? Como está o pequeno Adam? E sua adorável mãe? — O olho incrédulo, ele não era assim.

— Fica longe dela. Bem longe. — Digo jogando umas das chaves que estava na minha mão em sua direção. Ele desvia rindo.

— Nossa, a coisa é séria. — Seu sorriso me irrita. Sei que ele está fazendo isso só para me atormentar.

— Se continuar a me dar nojo, irei ligar pra nossa mãe e dizer que você precisa de ajuda na sua casa. — Digo rindo da cara dele de susto. Ele sabe que eu faria isso mesmo, ele é o bebê da casa. A rapa do tacho.

— Tudo bem, eu não vou mais te atormentar. — Ele diz bufando. — Você não sabe brincar.

Termino o carro que estava mexendo. Limpo minhas mãos em uma flanela, vou até meu escritório e atendo o telefone que não para de tocar.

Alô?

Oi meu filho, como você esta? — Olho para o telefone em minha mão, não acredito que minha mãe esta ligando pro telefone do meu serviço para falar comigo.

Mãe porquê está ligando nesse número? — Pergunto a ela que resmunga do outro lado.

Deve ser por que meu filho querido não me dá notícias. — Ela começa com seu drama, de que estou abandonando ela. Que eu e meus irmãos somos ingratos. — Eu sinto tanto a falta dos meus meninos, mas eles não estão nem ai pra mim. Seu pai fica aqui, só me dando trabalho.

Mãe estou trabalhando, vou ver um dia e vou ai. — Digo a ela. — Eu sinto falta da senhora, penso na senhora todos os dias. Amo a senhora. Sabia que Álvaro disse que esta com saudade da senhora, porque não liga pra ele? — Digo rindo internamente, ele vai me matar, pois quando nossa mãe liga pra ele ela fica horas falando com seu caçula.

Esta querendo se livrar de mim?

Mãe, claro que não, assim me magoa. — Digo fazendo me de coitado. — Eu só disse que ele esta com saudade e sugeri a senhora ligar pra ele, mas tudo bem.

Ok, vou ligar pro meu bebê, ele sim sabe me tratar.  Te amo. — Termino a ligação rindo. Minha mãe é o drama em pessoa. Deus sabe como meu pai sofre quando ela faz drama, mas eles se amam, então eles se entendem.

Vou ajudar os rapazes para as coisas andarem mais rápidas. Quando olho no relógio já são Seis horas. Fecho tudo e vou para casa me arrumar pra sair com Cecília.

Trilogia Irmãos Guerra - Amor Além Do DNAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora