Capítulo 18

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Cecília

Segunda-feira, acho que é o dia que mais odiamos. Tudo que mais queria é continuar dormindo, mas tenho que trabalhar e Adam precisa estudar.

— Querido, precisa acordar para ir a escola.— Digo a ele que abre os olhos sonolento ainda.

— Quero dormir mais mamãe.

— Não senhor, vamos acordar. — Faço cócegas nele e o mesmo acaba correndo de mim para o banheiro.

Ajudo ele no que precisa, agora ele está aprendendo a ser independente, então são raras às vezes que o ajudo. Ele mesmo diz, que já é homenzinho.

— Estou pronto mamãe. — Ele diz abrindo aquele sorriso que ilumina meu dia. — Será que Amália vai me achar lindo?

— Tenho certeza que sim. — Digo beijando suas bochechas coradas. — É muito especial, te amo muito.

— Eu também te amo mamãe. — Ele me abraça e quero chorar somente por isso. — Estamos bem agora né? O homem mal não vai achar nós.

— Sim estamos bem. — Digo a ele que sorri. — E o homem mal nunca mais vai aparecer.

— Eu não gosto dele, ele faz a senhora chorar e não gosto disso. — Ele é tão pequenino mais tão inteligente. Sei que um dia terei que dizer a verdade a ele, mas tenho tanto medo.

— Estamos bem agora. — Digo sorrindo. — Que acha de irmos tomar café da manhã logo?

— Boa ideia, estou com muita fome. — Ele abre os braços para mostrar o quanto está com fome.

— Então vamos.

Tomamos nosso café em família. Sim, eu já posso me sentir parte deles. Mas tenho um bloqueio em chamar meu pai. E sempre que vou dizer, travo.

Mas sei que é questão de tempo. Ele está sendo tão bom pra mim e Adam. Eu sinto seu amor de pai, e amo ele. Quero um dia poder dizer isso a ele. Fernanda tá sendo tao especial na minha vida. Ela é maravilhosa.

— Quer que leve vocês? — Meu pai pergunta quando vou sair com Adam.

— Não precisa, iremos apé. — Digo sorrindo para ele. — Caminhar um pouco.

— Ok, mas qualquer coisa me liga. — Ele  diz e confirmo.

No caminho pra escolinha que Adam estuda, vamos conversando. Adam adora falar, porém é tímido a maioria das vezes.

Quando vou atravessar a rua com ele, um pessoa grita e só dá tempo de agarrar Adam pelo braço e me jogar pro lado oposto.

Grito com a pessoa do carro, uma mulher, louca. Só pode ser. Onde já se viu. Não presta atenção.

— Moça a senhora está bem? — Um rapaz pergunta e afirmo apenas sem força pra falar. Assustada, estou mais que isso. Olho Adam que está agarrado a minha perna.

— Adam, querido como você esta?

— Com medo, mamãe o carro quase bateu em nós. — Ele diz assustado e ver ele assim me corta o coração e me enche de raiva, se essa mulher aparecer na minha frente, eu mato ela.

— Calma querido, está tudo bem agora. — Digo beijando seu rostinho assustado. — Obrigada. — Digo as pessoas que nos ajudaram.

— Mamãe, não quero ir pra escola mais não. — Ele diz e acho melhor ir pra padaria e ficar la com ele. Não sei se ficaria calma com ele na escola depois disso.

— Claro meu amor, vamos para a padaria. — Digo segurando sua mão, e sigo o caminho para a padaria.

Quando chego lá vejo alguns clientes, meu pai e Fernanda conversando. Aproximo deles Adam corre para meu pai e Fernanda que nos olham sem entender nada.

Trilogia Irmãos Guerra - Amor Além Do DNAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora