Capítulo 41

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Augusto

Depois que eu e Cecília nos acertamos e estamos namorando minha vida ficou totalmente diferente. Agora eu odeio ter que ficar longe dela, quero ficar ao seu lado o tempo todo.

Minha vida com certeza deu uma reviravolta das grandes, se antes eu achava que minha vida era boa do jeito que estava, eu estava totalmente enganado, isso sim que estou vivendo é vida.

Eu me sinto vivo, me sinto feliz, me sinto amado, e sinto que agora sim, eu sei o que é amor de verdade. Cecília e Adam estão me ensinando o verdadeiro significado da palavra amor.

— Eu já disse que você faz uma cara tão engraçada quando está assim, divagando. — Álvaro diz e reviro os olhos. Ele vem me perturbando direto.

— Sério, você anda muito carente, precisa muito de uma mulher. — Digo tacando a flanela que estava em minha mão nele.

— Eu não ando carente e também não preciso de uma mulher.

— Duvido, você anda insuportável, precisa descarregar essa sua carência em uma boa transa. — Digo rindo da cara dele. Ele me olha sério e revira os olhos.

— Estou muito bem assim. — Diz emburrado. — Mas me diz por que veio tão cedo pra oficina?

— Eu irei tomar café na padaria, assim vejo minha garota, mas eu tinha que dar uma olhada nesse carro antes, seu João vem pegar daqui a pouco. — Digo a ele e mostro o carro que tentei fazer milagre, o carro está caindo aos pedaços.

— Esse homem tem que comprar um carro novo, Deus do céu, essa lata velha nem deve andar mais. — Ele diz e quero avisar ele que o homem está atrás dele, o olhando mortalmente. Tento fazer sinal pra ele parar, mas ele não está nem aí. — Gente, temos que falar com seu João, como ele consegue andar nisso? Eu morreria de medo de passar em um buraco e a metade do meu carro ficar nele, o velho vai ter que trazer os pedaços do carro pra você arrumar um dia. — Ele diz rindo e quero rir, mas não irei fazer isso na frente do homem.

Juro que se um olhar matasse meu irmão estaria estirado no chão. Seu João está vermelho de raiva, ele ama de mais o carro pra poder se desfazer dele assim. Como ele diz é uma herança de família.

— Eu estou pagando não estou? — Ele diz e Álvaro para de rir na hora. Ele me olha pedindo ajuda, mas eu só faço rir da cara dele de desespero.

— Está seu João. — Ele diz se virando pra falar. — Mas o senhor tem que confessar que esse carro já está no fim da picada.

— Esse carro está a anos na minha família, eu jamais irei me desfazer dele. — Ele diz e Álvaro revira os olhos.

— Então, aposente ele, e compre outro carro. — Ele tenta fazer o velho a mudar de ideia, mas acho que não vai funcionar. — Essa lata velha vai deixar o senhor sempre na mão, olha pra ele. — Ele aponta o carro. — Não tem condições de ficar andando por ai com isso. O senhor pode se ferir se ficar andando com ele.

— Onde já se viu, nunca aconteceu isso comigo e não vai ser agora. — Ele diz revoltado. — Vocês que estão com essa coisa, de novos carros e mais potentes. — Ele revira os olhos, confesso que a discussão dos dois está me divertindo.

— É, mas cuidado, porque pode acontecer e aí ou o senhor morre preso nas ferragens ou morre de tétano, isso esta tão velho que daria tétano na hora. — Ele diz rindo, eu lhe dou um cutucão pra ver se ele se toca.

— Cuida da sua vida meu jovem, eu estou pagando então nao reclame.

— Eu só me preocupo com a sua vida, mas então fique com seu carro lindo, que veio de geração em geração. — Ele diz e me olha. — Eu vou te esperar pra irmos tomar café, irei chamar Eduardo, ele não vai trabalhar hoje mesmo.

Trilogia Irmãos Guerra - Amor Além Do DNAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora