Capítulo 39

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Augusto

Com toda certeza, eu Augusto Guerra, sou o homem mais sortudo do mundo. O destino foi tão bom comigo, que dessa vez trouxe a pessoa certa pra mim.

Nem que se eu fizesse de tudo pra tentar escapar desse sentimento que estou sentindo, não daria certo. Cecília é tão doce, tão perfeita, que eu não iria resistir a ela, nem que se eu fosse um homem de coração duro.

Ela é encantadora, e eu não me canso de gritar ao mundo que ela é maravilhosa. Meu sorriso só aumenta mais ainda quando lembro do meu menino, sim, às vezes me vejo como um pai pra Adam. E quero que ele um dia me veja como tal.

Quero tudo com Cecília, estou completamente apaixonado nela, sou dela pra além da vida. Quero construir uma família com ela, quero ter Adam como meu filho.

Se falo isso pros meus irmãos, eles irão me chamar de louco por pensar assim. E talvez eu esteja mesmo, sendo um pouco precipitado em pensar tudo isso, sendo que nem à pedi em namoro.

Tenho que oficializar o que temos, sei muito bem como é o pai dela, então irei hoje pedir ela em namoro pra ele, e quero também fazer tudo certinho.

— Nossa, chega até ser emocionante entrar aqui e ver esse sorriso seu. — Eduardo sorri. Eu fico pra tacar na fuça dele o que seguro na mão. Eu odeio que apareçam do nada. Isso é totalmente assustador.

— Me diz, qual o problema de vocês? — Digo a ele que sorri mais ainda. Esse sorriso me dá mais nos nervos.

— Por quê? Não entendi. — A cara de cínico dele me irrita.

— Não sabem chamar, bater na porta. — Digo apontando a porta do escritório. — Vocês tem essa mania besta de entrar assim do nada, sem pedir licença, aparecem como uns fantasma.

— Você é ridículo, fica aí sorrindo como um bobo, não presta atenção em nada ao seu redor.

— E daí? Tá com inveja? — Digo rindo da cara dele.

— Inveja? Eu? Ficar amarrado em uma pessoa diferente de mim? — Ele diz fazendo pouco caso. — Eu que não quero, estou muito bem sozinho, tendo e fazendo as coisas do meu jeito.

— Não sabe o quanto é bom ter alguém pra dividir as coisas, amar é muito bom. — Digo sorrindo ao lembrar da minha doce garota.

— Amar? Ama ela? — Ele pergunta e penso que sim, talvez não tenha dito, mas o sentimento que tem dentro de mim já não é aquele sentimento só de paixão.

— Talvez eu a ame, é um sentimento tão imenso, que penso que não é só paixão.

— Ok, irei ficar diabético assim. — Ele diz fazendo cara de nojo. — Vai que essa coisa pega.

Vou até ele e o abraço bem apertado. Sorrio o olhando, ele fica sem entender.

— Pronto, assim pega mais rápido. — Digo rindo. — Daqui um tempo você também vai estar apaixonado.

— Cai fora Augusto, pare de ser ridículo. — Ele diz fazendo careta, limpando os braços. Me olha feio e sorrio. — Eu vou dar o fora daqui.

— Aí, aí, quero só quero ver. — Digo rindo e acho que ele fica bem bravo.

— Ver o que Augusto? Minha mão na sua cara? — Ele pergunta bem irritado.

— Não, quero só ver você um dia bem apaixonado, suspirando pelos cantos.

— Vai a merda, tenho paciência não. — Ele diz saindo e eu só faço rir da cara dele.

Um dia ele, Álvaro e até a galinha do Sebastião vão encontrar alguém que vai tirar todo o sossego deles. E eu, bem, eu estarei lá pra dizer o famoso "Eu avisei".

Trilogia Irmãos Guerra - Amor Além Do DNAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora