Capítulo 31

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Augusto

Não consigo entender o motivo que levou ela a agir daquela maneira. Ela nem sequer quis falar mais comigo, eu tentei, juro que fiz de tudo pra poder falar com ela, mas ela só sabia se esconder.

Eu não acredito que ela simplesmente resolveu por um ponto final em tudo, eu disse a ela, como eu me sentia, disse que quero o pacote completo, mas ela depois de surtar, não quer mais nada.

Eu não fiquei bravo com ela, jamais, eu nem poderia, é um direito dela querer ou não ter relações com alguém. Mas eu pensei que ela estava se sentindo bem. Mas pelo visto me enganei, mas eu não fiquei magoado, com raiva, eu simplesmente entendi que ela não queria, e eu estava disposto a esperar.

Suspiro derrotado, mais uma vez o amor brinca com minha cara. Quando eu pensei que ia dar certo, ele vem e me passa uma rasteira. Mas já que ela disse pra eu seguir minha vida, irei fazer isso, não quero mais me envolver emocionalmente com alguém.

Cada vez que eu ia tentar falar com ela, não dava, se ela não se escondia, ela simplesmente pedia ao seu pai pra vir inventar qualquer coisa, e aí eu resolvia ir embora.

Até que um dia eu resolvi que ela não podia fazer assim, se ela quisesse que eu parasse de procurá-la teria que dizer na minha cara, e foi o que ela fez. Me senti sem chão, ainda tinha esperanças dela voltar atrás.

— Você está bem? — Me assusto com a voz de Álvaro atrás de mim. A chave que estava em minhas mãos cai.

— Você tem algum problema?

— Não, por quê?

— Isso é jeito de chegar em alguém? Chame a pessoa antes, não apareça como um fantasma. — Digo irritado e ele ri.

— Você tem medo? Como vai dizer pro Adam ser corajoso se tem medo dessas coisas. — Quando ele menciona o nome Adam, meu coração se aperta, sinto uma vontade imensa de ver ele, me apaguei de mais a ele.

— Não irei dizer nada.

— Como assim?

— Eu e ela, a Cecília, não estamos mais juntos. — Digo a ele que me olha sem entender nada.

— Como assim? Vocês pareciam apaixonados. — Ele diz e começou a rir, talvez só eu estivesse apaixonado.

— É, mas não deu.

— O que você fez nesse jantar que iam ter? — Ele pergunta me olhando sério. O olho sem entender na onde ele quer chegar com essa pergunta. — Você forçou algo que ela não queria? Augusto, nossa mãe nos ensinou a respeitar as mulheres, se você fez algo, ela vai matar você.

— Você acha que eu sou o quê? Acha que seria capaz de fazer alguma maldade a ela? Eu? — Não queria ficar irritado, mas só de ouvir ele falar assim, achando que seria capaz de fazer algo ruim a ela.

— Não, eu não sei, ela não quer saber de você, e isso aconteceu depois do jantar de vocês. — Ele justifica.

— Eu seria capaz de me matar antes de fazer algo ruim a ela. — Digo com raiva. Jamais seria um covarde, agindo de má fé com ela. — Eu nunca seria capaz de arrancar uma lágrima dela, a não ser que fosse de felicidade. Eu sou um homem, não sou um moleque, não sou um covarde.

— Desculpa, mas, me diz o porque de não estarem mais juntos então!

— A gente, tava lá, e ai a coisa esquentou, mas eu não iria fazer nada sem a permissão dela, ela tava bem, eu sentia.

— E ai? O que deu?

— Ela gritou do nada, eu vi pavor em seu olhar, medo, nojo. — Digo me lembrando do olhar dela, do medo.

Trilogia Irmãos Guerra - Amor Além Do DNAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora