Capítulo 44

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Cecília

O dia amanheceu tão lindo, me sinto leve, sinto uma paz no coração. Contar tudo o que eu passei pro meu pai e Fernanda foi um alívio enorme, mas ainda assim eu me sentia tão pesada, meu coração não estava sossegado, pois Augusto não sabia de nada.

Isso me pesava na consciência, pois ele sempre dizia que estaria ali pra mim, para sempre. Nós temos um relacionamento, não era justo eu esconder dele, por mais tempo. Eu precisava me abrir com ele, contar os meus medos, mas tinha que haver um dia certo, onde eu me sentiria preparada.

Mas quando aquele monstro ligou me ameaçando, dizendo que ia nos encontrar e fazer coisas horríveis com meu filho, o meu medo foi tão grande, porém, nasceu em mim uma coragem enorme de contar tudo ao Augusto.

Eu precisava contar tudo a ele, eu necessitava ouvir sua voz dizendo que tudo ia ficar bem, eu estava tão angustiada, eu só queria os braços dele ali. E foi o que aconteceu, eu contei tudo a ele, não deixei nada para trás.

Agora eu me sinto livre, em paz, alegre, meu coração não tem mais aquele peso, eu sinto dentro de mim, que agora as coisas entre nós pode ir pra frente. Eu só preciso de coragem.

— Um beijo pelos seus pensamentos. — Sorrio ao ouvir sua voz em meu ouvido. Me viro e abraço ele. Beijo seu rosto. Ele sorri. — Esse é meu beijo de bom dia?

— Bom, eu posso melhorar as coisas. — Sorrio encostando meus lábios nos seus. Amo quando a mão dele aperta minha cintura com delicadeza, mas com firmeza ao mesmo tempo.

Amo tanto quando os lábios dele estão nos meus e são ferozes e delicados. Nosso beijo começa lento, ele é tão carinhoso comigo. Seus lábios descem para meu pescoço, sinto um formigamento no estômago. Grudo meu corpo mais no seu em busca de algum alívio.

— Minha rainha. — Ele diz ao findar o nosso beijo. Seu sorriso é absurdamente lindo. — Foi o melhor beijo de bom dia. — Sorrio ao ouvir isso. Quero demonstrar que eu o desejo, que eu o quero pra sempre. Eu amo Augusto, amo como nunca amei alguém. Não tive coragem de dizer, mas eu irei dizer isso a ele. Irei dizer que ele é o meu primeiro amor, falarei a ele que ele é o homem da minha vida, e que eu o amarei para sempre.

— Rainha? Da onde tirou isso? — Pergunto rindo do apelido. Ele arruma cada um.

— Bom, você é minha rainha, a dona do meu coração. — Ele diz me dando um selinho. — É forte com uma rainha, lutou bravamente pra sobreviver, cuidou do nosso filho sozinha. — Meu coração chega até doer de felicidade ao ouvir ele falar "Nosso filho". Meus olhos começam a encher de lágrimas não derramadas. — Você foi mais forte e determinada do que imagina. Você meu amor é uma guerreira. Você acha que o título "Rainha" é dado à uma pessoa fraca? Que ao invés de lutar, resolve se entregar a morte?

— Mas eu pensei em me entregar a morte. — Digo chorando. Ele limpa meu rosto.

— Mas não o fez. Você foi forte, você lutou pelo Adam. Você o amou no primeiro olhar. Você luta todos os dias por ele. — Choro com suas plaavras. Eu nunca pensei que fosse tão forte assim. Mesmo que Fernanda tenha me dito várias vezes que eu sou forte, guerreira. Eu me sentia muito menor. — Você é a minha rainha, não importa o que os outros falem. O que importa é o que eu penso e digo.

— Eu...Eu acho que estou muito apaixonada por você. — Digo a ele. Ele sorri e me beija. Na verdade eu queria dizer que o amo, mas travei.

— Eu estou loucamente apaixonado em você também. — Sorrio. Adam vem correndo até nós.

— Pai. — Ele diz feliz. Augusto ergue ele nos braços e roda sorrindo. Meu menino agarra o pescoço dele e sorri feliz como nunca esteve. — Eu estava com muita saudades. — Ele sempre que vê Augusto, diz que estava com saudades. Acho que ele vive com saudades.

Trilogia Irmãos Guerra - Amor Além Do DNAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora