Camilo e Eleonor nos recebem com calorosos abraços, já Jorge com um aperto de mão e eu sorriso, esse é seu jeito e sinceramente não me incomoda. O jantar é servido, nós comemos e conversamos, peço atenção de todos para entregar o presente da minha esposa:
Christopher: Obrigado por terem vindo celebrar esse dia importante conosco. Dul, você sabe o quanto te amo, mas nunca vou me cansar de dizer. Espero que esse seja o primeiro de muitos anos que comemoraremos juntos, de agora até o fim de nossas vidas. Feliz aniversário.
Entrego a caixinha para ela, que abre sorridente. Nessa noite, nós dois usávamos presentes um do outro: ela o anel de rubi que a dei nas vésperas de nosso casamento, e eu o relógio que ganhei hoje mais cedo. Em nossas mãos esquerdas, outro sinal de que pertencemos um ao outro, as alianças de ouro, símbolos de nosso amor e união. Ela coloca a jóia e exibe para minha mãe o anel de ouro, diamantes e safira azul:
Dul: Christopher, é lindo! Eu amei! Obrigada amor! - ela me dá um selinho e olha de novo para o anel. Voltamos a conversar, logo estamos na ante sala com os coquetéis que vão encerrar a noite:
Jorge: Essa casa é mesmo incrível. Um ótimo lugar para criar meus netos. - Eleonor arregala os olhos, Camilo tosse e Dul quase caí para trás.
Christopher: Creio ser um pouco cedo para pensar nisso, pai.
Jorge: Não vejo porquê. É bom terem filhos, consolida um casamento.
Camilo: Eles terão filhos quando for a hora, Jorge. E só se quiserem, claro. Não são obrigados.
Jorge: Besteira! Claro que devem ter filhos, precisam continuar nossos nomes!
Eleonor: Isso cabe a eles, Jorge. Chega desse assunto.
Depois disso encurtamos a noite, e também Dul estava com dor de cabeça, precisando descansar. Ela se despede de nossos convidados, Camilo volta para casa e fico sozinho com Jorge e Eleonor na sala:
Christopher: Eu...vou me recolher e ver como minha esposa está. Boa noite e com licença.
Eleonor: Boa noite, filho. E parabéns pelo seu aniversário de casamento.
Jorge: Boa noite.
Entro no quarto, Dul já está de pijama deitada na cama, se senta ao me ver entrar:
Christopher: Oi, você está bem?
Dul: Estou sim, só com um pouco de dor de cabeça.
Christopher: Vou me trocar e deito aí com você. - De madrugada, Dul me acorda - Amor, o que foi?
Dul: Eu acordei decidi que queria um chá, então fui descer para a cozinha e ouvi seus pais discutindo. Seu pai saiu, talvez devesse ir falar com a sua mãe.
Christopher: Claro, amor. - Visto meu robe e caminho até um dos quartos de hóspedes. - Mãe, posso entrar?
Eleonor: Pode, querido. - ela diz de lá de dentro. Eleonor está sentada na cama de costas para porta.
Christopher: O que houve?
Eleonor: Oh nada, meu bem. - Me sento ao lado dela na cama.
Christopher: Está chorando, mãe. O que aconteceu?
Eleonor: Não se preocupe, querido. Sabe que seu pai às vezes pode ser... um pouco grosso quando quer enfatizar alguma coisa. Ele saiu para esfriar a cabeça e vai estar normal quando voltar.
Christopher: Por que deixa que ele te trate assim?
Eleonor: Ah Christopher... não faça perguntas complicadas.
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Ser o Parecer
RomanceSinopse: O que você faria se pudesse mudar de vida sem ter que dar explicações para ninguém? Teria coragem de deixar tudo para trás? Aqui temos dois rostos iguais em duas realidades: de um lado, o lavrador uruguaio Christopher Luís Casillas, trabal...