Capítulo 15

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Christopher: Oi, filha - sussurro para ela - obrigada por me dar esse presente tão lindo, meu amor.

Dul: Ah Christopher!

Christopher: Por que não tenta descansar um pouco agora? Eu fico com a bebê.

Dul: Só vou esperar a visita do meu pai e da sua mãe. Quando Marcel vem? - ele estava hospedado num hotel.

Christopher: Amanhã.

Dul: Gostaria que ele fosse o padrinho dela. O que você acha? - Ela é perfeita!

Christopher: Vou ficar muito feliz, e ele também com certeza.

Dul: Então combinado.

Mais tarde, Dulce está dormindo e Kiara também, estou olhando as duas, tão tranquilas e tão lindas.

Alguns dias depois...

Kiara já tinha sido visitada por familiares e amigos, Marcel ficou encantado em ser padrinho dela, e agora nossa filha já dormia no próprio quartinho. Duas babás foram contratadas para estar com a bebê, mas Dul e eu é que ficávamos com ela na maior parte do tempo. Nas madrugadas uma das babás levavam nossa filha para mamar no nosso quarto.

Kiara é uma bebê comilona e dorminhoca, na noite de hoje fiquei até quase duas da manhã na casa de Camilo ajudando-o a resolver um problema na empresa. Assim que chego em casa, corro para tomar um banho e poder ficar com minha família, agora éramos só nós três outra vez, já que Jorge levou Eleonor de volta para a Argentina quando veio conhecer a neta.

6 meses depois...

Digo à babá noturna que cuidarei de Kiara pelo resto da noite, dando uma folga a ela. Entro no quarto, Dul está amamentando a bebê:

Christopher: Oi meu amor - dou um selinho nela.

Dul: Oi amor.

Christopher: Oi, comilona.

Dul: Ela é mesmo uma bebê comilona - Dul ri.

Christopher: Quem pode te culpar, não é filha? Eu também adoro os peitos da sua mãe.

Dul: Christopher! - ela dá uma risada, Kiara põe a mão no seio da mãe, como se o reivindicasse.

Christopher: Eu, eu sei mocinha, você está de posse deles agora. Pode comer, não vou te tirar daí.

Horas mais tarde, acordo e vejo que Dul não está na cama, o que significa que deve estar no quarto com Kiara. Me aproximo devagar da porta, escuto minha esposa falar com a bebê:

Dul: Além do mais, você e eu somos duas sortudas, sabia? Temos um príncipe encantado com a gente, porque é assim que eu vejo seu papai quando olho pra ele. Quer dizer, você já viu como ele é alto, bonito e charmoso? Mas o mais importante, ele é um homem bom, honesto e carinhoso. Você tem o melhor pai do mundo!

Isso me enchia de alegria ao mesmo tempo que me dava uma pontada no coração e um enorme peso na consciência. Estamos terminando nosso jantar, meu celular toca:

Christopher: Com licença amor, é o Marcel.

Dul: Claro.

LIGAÇÃO ON

Christopher: Oi, cara.

Marcel: Tenho novidades.

Christopher: E então?

Marcel: Uckermann está vivo, Chris. E está em Madrid.

Christopher: O QUÊ?

Marcel: Fui investigar o lugar onde você o viu, fiquei fazendo uma campana e consegui hackear o servidor da loja onde ele supostamente descarregava o caminhão para descobrir quem eram os fornecedores e investigar os quadros de funcionários. Aparentemente ele usa o nome de Alex e começou há menos de um mês nesse trabalho, é tudo que eu tenho por enquanto.

Christopher: MERDA! Marcel, preciso que descubra o que ele faz aqui, quais seus planos...minha família pode estar em perigo.

Marcel: Vou ver o que mais descubro e te mantenho informado. Até lá, fique calmo e finja que está tudo bem, ok?

Christopher: Vou tentar

LIGAÇÃO OFF

Volto para a mesa de jantar tremendo de medo. E se ele aparecesse aqui? O que seria de mim e da minha família? Me sento na mesa:

Dul: Amor, o que está acontecendo? Você está pálido! - ela coloca a mão sobre a minha - e gelado!

Christopher: Não foi nada, eu... só tive um dia cheio. Podemos ir para a cama, amor?

Dul: Claro, mas tenho que ir ver Kiara antes.

Christopher: Tudo bem, vou tomar uma ducha.

Vou até o quarto de Kiara, Dulce a está embalando enquanto cantarola baixinho para a bebê, sua voz é doce e melódica. Poderia assisti-las por horas assim, é meu lugar feliz particular. Os olhos de Dul encontram os meus:

Christopher: Oi - sussurro.

Dul: Oi.

Kiara abre os olhos para me encarar e resmunga, como se me avisasse que aquele era seu momento com a mãe, eu não devia interromper sua canção de ninar. Dul ajeita nossa filha e sussurra algo para ela, a bebê trava uma batalha pesada contra o sono e está perdendo feio, não demora muito para adormecer. Toda minha vida imaginei que os ricos tivessem filhos e os deixassem para ser criados pelos empregados, mas Dulce estava aqui para provar que me enganei. Tanto ela quanto sua mãe e Eleonor davam muito amor aos filhos. Minha mulher coloca Kiara no berço, fazendo sinal para sairmos.

Christopher: Está cansada? - pergunto quando entramos no quarto.

Dul: Para você, nunca - ela passa os braços ao redor do meu pescoço.

Christopher: Já te disse o quanto te amo hoje?

Dul: Hum...talvez, mas adoraria ouvir de novo.

Christopher: Eu te amo - digo enquanto nos levo em direção à cama.

Encontro Marcel num café, ansioso para saber o que tem para mim:

Marcel: Tenho atualizações. Aparentemente Uckermann perdeu a memória quando se jogou daquele barco, ele disse que tudo que se lembra de sua vida é um dia acordar numa vila de pescadores com um idoso que o tirou do mar, então ele adotou o nome Alex e arrumou um emprego na empresa de caminhões.

Christopher: Está me dizendo que ele não se lembra de nada?

Marcel: Exatamente.

Christopher: Precisamos nos livrar dele.

Marcel: Chris!

Christopher: Não nesse sentido! Quero dizer tirá-lo de Madrid.

Marcel: Christopher, isso está indo longe demais, tem que contar a verdade para a Dulce antes que seja tarde.

Christopher: Isso não! Me ajuda, Marcel! O que eu faço?

Marcel: Caramba, Chris! Tá, eu tenho uma ideia meio louca mas pode funcionar.

Christopher: Qual?

Marcel: Eu preciso de alguém para levar uma papelada ao Uruguai, estou começando um pequeno negócio de informática lá. Por um bom pagamento poderíamos mandá-lo para lá e depois vemos o que fazer, posso oferecer um emprego. Mas não tenho grana para isso.

Christopher: Eu pago o que for, mas faça-o sair de Madrid.

Marcel: Você manda. Tomara que esse plano funcione.

Marcel põe nosso plano em ação, felizmente Uckermann aceita o emprego, saindo do país e das nossas vidas de vez. Respiro mais aliviado, ele ficaria no Uruguai e meu amigo de olho nele.

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