capítulo 16 • el dia despues de la final.

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Joaco Piquerez.

Comparecemos no CT por volta das 03h50 da manhã, mas a torcida ainda estava á nossa espera. Subimos no trio elétrico e logo uma grande festa se iniciou com fogos, músicas, bebidas de diversos tipos (e com diversas misturas) e muita zoeira. Chegamos a bloquear avenidas próximas daqui com a quantidade avassaladora de torcedores do Palmeiras.

Com a minha 16ª Brahma que tomava desde a hora que levantamos a taça, me sentei num banco ao lado de Gustavo e Kuscevic e passamos a beber e conversar.

Eu não entendia UMA palavra que Benjamín dissera. O chileno se embolava nas palavras e eu acabava perguntando "o que?" á todo momento.

Avistei um jornalista vir em minha direção e me cumprimentar com um abraço. Após nos abraçarmos, ele me fez a seguinte pergunta:

— pode fazer uma entrevista comigo? É rápido, prometo!

— posso, claro... — concordei de imediato.

O homem pegou um microfone em mãos e iniciou.

— como foi para você ser campeão no seu país? A gente fez uma entrevista com o seu pai e ele é sensacional... como foi para você ser campeão pelo Palmeiras no seu país de origem? — pelo amor de Deus, meu parceiro, assim você me ferra.

Eu não entendi NADA (bom, talvez tenha entendido a última frase), mas estava receoso de perguntar. Engoli a seco, peguei o microfone na mão e resolvi responder mesmo assim.

campeón pelo Palmeiras e o meu país é algo muito orgulloso que no acontece todo los días... así que muito feliz de fazer história no Palmeiras. Palmeiras saiu campeón dois veces num ano, así que isso no vá acontecer nunca mais na vida. Así que muito orgulloso de fazer história no Palmeiras, porra. Vamo Palmeiras, EEEEEEEEEEEEEE. — finalizei, voltando a me sentar com os meninos.

Mandei algumas mensagens para Becca avisando que havia chegado em São Paulo e voltei minha atenção á lata de cerveja que tomava.

[...]

ou arrombado, acorda aí, o uber tá chegando. — pediu o paraguaio, tirando minha cabeça de seu ombro.

— tô não. — resmunguei voltando a me deitar em seu ombro.

— tô não o que porra? — sua risada soou e foi aí que eu percebi que estávamos sentados no banco de uma praça.

— oxi, por que tamo aqui? — perguntei alarmado.

— porque a festa acabou quase agora. — respondeu simples.

— cadê Jazmin e Pía?

— estão em casa desde a hora que chegamos, tá moscando, é? — me encarou divertido.

— foi mal, tô meio doido.

— percebi. — provocou-me.

Ia revidar no mesmo tom, mas fui impedido pelo zagueiro. O mesmo me arrastou para dentro de um carro e entrou logo em seguida.

— se comporta. — sussurrou para mim.

Assenti com a cabeça e voltei a me deitar nos braços do meu amigo. Em instantes, o sono chegou e eu optei por adormecer ali mesmo.

nós 3 - joaquín piquerezWhere stories live. Discover now