über die Liebe

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Oi gente!

Estou tentando postar toda semana um capítulo novo, vocês estão bem?

Deixem seus comentários e votos.


A conversa daquele dia havia se encerrado ali mesmo, com um sorriso muito sincero e um ''isso é o que é '' emocionado dito pelos lábios desenhados da Sra. Catra Applesauce. Felizmente, Catra era uma mulher que deduzia muitas coisas, mas Adora era uma mulher de visão. Sabia desde o momento em que a cacheada pisara em sua cara que ela não estava ali por ser uma judia, ela era um caso mais pesado para o governo.

A questão era que homossexuais não eram mandados para qualquer campo de concentração. Eles eram mandados para os mesmos que os judeus, ficando sempre separados dos ciganos, retardados e antissociais. Agora ser um judeu homossexual era algo complicado na visão de alguém que enxergava que ambos seriam ameaças e pessoas insignificantes para um exército. Catra Applesauce estava encurralada para todos os lados e não tinha para onde fugir, somente no quente lar de Adora, uma jovem doutora alemã, ela encontrava seu refúgio daquela triste realidade que agora era chamada de ''sua''.

— Adora? - perguntou ela, em uma daquelas noites em que a doutora decidira não trabalhar muito cedo e elas podiam se sentar na lareira e comer alimentos quentinhos feitos na hora. 

— Sim, Catra.

Ela não sabia como perguntar aquilo, era algo pessoal demais para ir se perguntando tão friamente, mas ela precisava saber que aquela pessoa existia e que estava ali por ela. 

— Você já amou?

O sorriso de Adora, aquele que ela mantinha no rosto mesmo quando as coisas ficavam complicadas, ficou menor e ela pareceu murchar por completo. Agora era a sombra da mulher que era alguns segundos atrás, era um resto.

— Sim. Amei, e muito.

— Se amou tanto, por que se entristece quando a pergunto sobre o assunto? O amor não deveria ser algo maravilhoso e revolucionário?

Adora negou com a cabeça, lembrando-se de todas as vezes em que pensou que o amor de sua vida era Jordan e que ele nunca a deixaria. 

— Todas achamos que o amor é maravilhosos até sermos abandonadas, Senhora Applesauce. - ela disse simplesmente, encolhendo os ombros e servindo mais um pouco de chá para a companheira. 

Catra estava ali fazia algumas semanas e Adora, como uma boa mulher solitária, não conseguia mais imaginar suas noites sem aquela alta jovem deitada em um colchão logo ao seu lado. 

Adora sempre fora alguém de se acostumar rapidamente e agora combinava sua respiração noturna com a da amiga, sem conseguir adormecer se algo estivesse diferente,. Mas, antes disso, Adora se acostumara com outra respiração, a respiração do homem que ela amou com todas as forças, o homem que dormia em seu lado da cama, Jordan.

— Jordan...Jordan era o meu primeiro amor e com toda a certeza o mais intenso. Era um jovem lourinho de olhos gentis e cabelos curtos. Vivemos uns bons anos juntos, aqui mesmo, nessa casa. Aquele lado vazio da cama em que a senhora sempre insiste em reparar e comentar sobre, foi ocupada por um grande e forte homem. 

— E por que hoje aquele lado está vazio? 

—Cara Catra, nem tudo dura para sempre, não? - esclareceu mais uma vez, levantando-se. - Depois de 4 longos anos passados na mais plena felicidade, ele resolveu que eu não era mais suficiente. Saiu com uma mala cheia de cartas, as quais ele nunca me deixou ler nem saber donde vinham, um sorriso entristecido assim como o que lhe mostro hoje, e, o mais triste, nosso filho nos braços. 

— A senhora tem um filho?  - Catra perguntou encantada e Adora sorriu ao lembrar do rostinho gordo do filho  - Como é o nome dele?

— Finn, um nome escolhido por Jordan. Hoje, Finn tem seus pouquinhos meses, mas deve estar tão linda quanto antes, quando eu o tinha em meus braços.

— É nisso que pensa toda noite quando pensa que estou dormindo? 

— Como?

— Quando dá meia-noite, escuto-a levantar-se e partir para sua mesa de escritório. Vejo-a desenhando. Desenha ele? Pelo menos sua visão dele?

— Eu não tenho noção de como ele está. Não acho que tenha puxado meu rosto ou meus cabelos, mas gosto de imaginá-lo a cópia exata de mim, ou pelo menos uma mais bonita.

— Tenha a certeza de que ele é lindo como... - Catra não ousou terminar a frase. Como a senhora não parecia apropriado.

— Como?

— Como seu ex esposo deve ser, é claro. Ele deve ser muito bonito. 

—Oh, ele é. Eu o admirava secretamente todos os dias antes de tomar uma atitude e finalmente falar com ele, era muito cómico quando ele me pegava olhando.

— Tudo vai dar certo algum dia Adora. Nosso primeiro amor geralmente nunca é o verdadeiro, é nisso que acredito. 

— Esse pensamento te faz parecer uma carrancuda desumana, Catra. O primeiro amor é sempre o mais intenso. 

Catra assentiu com a cabeça, concordando com a ideia da íntima amiga. Tossiu algumas vezes, sabendo que Adora notaria que sua doença havia voltado.

— E é por isso também que o primeiro amor sempre acaba, de alguma forma. Existem excessões, é claro, mas geralmente tudo acaba rapidamente pelo fato que a intensidade supera a moralidade e as pessoas envolvidas acabam não enxergando nada além daquele sentimento que as preenche. É bom experimentar, ter mais algumas experiências antes de declarar algo tão poderoso quanto ''ele foi meu único amor'' .

— As vezes penso e reflito afim de saber se a senhora realmente é humana, Catra. Seus pensamentos são tão avançados!

Catra sorriu levemente, agradecendo com um aceno de cabeça. 

— Acha que algum dia vai amar mais alguém, Catra? - Adora continuou, alcançando a total atenção da amiga. 

— Acho. Tenho total certeza. Sou uma mulher de mente, mas tudo o que faço e digo é inteiramente baseado no que sinto, espero que a senhora se acostume com essa ideia. Sou quem sou hoje porque sou o reflexo bom da adolescente medíocre e sem sentimentos que fui antes de conhecer Scor..pia

— Scorpia - Adora repetiu, sorrindo. 

E assim veio

O estrondo. 

O aviso. 

As bombas. 



Bom gente, foi isso. 

Antes que alguém venha se questionar, aqui a Adora se relacionou com um homem por conta que a fanfic é uma adaptação, do mesmo modo que na fanfic original o John Watson se relaciona com o Sherlock mas antes casou com a Mary. 

E também, não teria como Finn existir se a Adora não tivesse um relacionamento com um homem antes.  

Um beijo, se não voltar amanhã volto próxima semana 

O Holocausto - ib: not a couple! infinitenonfictionWhere stories live. Discover now