Geheimnis

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1943

- Finn? - a senhora Catra mal tinha seus olhos claros abertos quando percebeu que o bebê estava a tempo demais sem uma refeição boa e a doutora Adora, mãe da menina, tinha um sono pesado demais para escutar os resmungos baixos da criança reclamando. - Oi, baby, está com fome?

A criança abriu os olhos, idênticos aos da companheira da senhora Catra , e deu um último suspiro antes da cacheada colocar as grandes mãos por baixo de seus bracinhos finos e o pegar no colo, o acomodando na volta de sua cintura incrivelmente definida. Finn roçou os cachinhos loiros no pescoço de Catra quando deitou sua cabeça em seu ombro, ainda com sono e uma leve pitada de preguiça.

- Que cheiro seria esse, Finn? - Catra sussurrou, sorrindo para o adorável menino que não entendia uma palavra do que ela dizia. - Alguém fez sujeira durante a noite, huh? Está tudo bem, tia Catra pode limpar isso para você.

- Tia Catra? - ouviu a voz da companheira logo que se virou para o armário, onde puxou uma fralda de pano e um paninho com água.

- Sim, ele gosta quando falo assim. - respondeu, deitando o menino na mesa de escritório de Adora e tirando a roupa que a criança já vestia, juntamente com sua fralda suja. - Gostaria de me ajudar nisso, Doutora?

- Deixe-me levantar primeiro, Catra, ou amarrarei uma fralda na sua cabeça. - Adora retrucou, enquanto se levantava lentamente e dolorosamente da cama que dividia com o filho, isso nos dias em que ele aceitava dormir em algum lugar afastado de Catra.

- Eu adoraria ver isso acontecendo, doutora. - Catra gargalhou. - Pode esquentar a sopa de batata por mim? E compre leite, é o seu dia.

- Por que me faz de escrava? Esta casa ainda é minha, lembra?

- Pare de reclamar e faça o que digo. - gritou, ironicamente. Quando o bebê estava finalmente limpo, acariciou seus cabelinhos loiros como fazia com a mãe dele quando a mesma ficava doente ou deprimida. - Agora, Finn, diga tchau para sua mãe!

- Ele não sabe falar ainda, Catra.

- Ele irá prender. E sou eu quem vai ensinar.

- Quer que meu filho aprender a falar coisas como 'tia Catra' antes de aprender a falar 'mãe', não?

Catra sorriu, ajeitando a roupinha delicada que colocara na criança e fazendo um carinho em suas bochechas.

- Ele vai aprender o que quiser, sua má humorada. Agora, preciso mesmo que compre o leite, estou morrendo de fome.

Adora assentiu, pegando seu casaco e saindo pela porta, antes de abri-la novamente e sorrir ao ver a companheira com seu filho no colo, cantando uma música infantil.

- Pendura a bandeira, Catra. - ela disse, encarando a cacheada com certa seriedade que nunca havia sido demonstrada.

- Você quer que eu faça isso? - perguntou, enquanto deixava que Finn puxasse seus cabelos com alguma força. A doutora assentiu, mas levantou uma sobrancelha, se importando realmente com o fato de, talvez, a companheira não se sentir confortável com isso. - Está tudo bem, só compre o leite. E um doce. Ah, e eu preciso de algo para meus cabelos.

- Não sou sua empregada.

-Ainda.

Ambas gargalharam, o que fez o pequeno Finn as acompanhar e Catra perceber que a gargalhada do menino era idêntica a da mãe, só que mais fina.

Adora estava fora de casa, Catra pegava na borda da bandeira gigantesca em tom de vermelho escuro, enquanto segurava o pequeno Finn com um só dos braços.

O Holocausto - ib: not a couple! infinitenonfictionWhere stories live. Discover now