Tschüss

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Notas da autora

Eu geralmente já escrevo as notas da autora antes de escrever o capítulo.

Dessa vez, eu fiz o contrário, e posso dizer para vocês que esse capítulo é...Indescritível

Eu ainda não terminei a história, acho que faltam 2 capítulos...Mas eu tenho que parabenizar  a infinitenonfiction por esse trabalho incrível, sério.

Enfim, fiquem com o capítulo!

Para Catra, viver dentro de um campo de concentração não era exatamente o que as pessoas chamariam de o inferno na terra, mas isso somente se dava pelo fato de que, mesmo ela estando com uma quantidade mínima de comida e higiene pessoal, ela ainda estava se mantendo completamente aquecida e viva  unicamente pelo calor do sentimento que sentia pela grande doutora Adora.

Ela continuava perdidamente apaixonada, mesmo que visse o corpo, antes cheio de lugares bons de se apertar, da namorada
ficando cada vez menor. Mesmo
que ambas estivessem em um
campo de guerra, onde rezavam todos os dias para um fim próximo de tudo aquilo.

Adora escrevia todos os dias naquele seu antigo diário, e continuava não deixando que Catra lesse as palavras que estavam bem marcadas pela velha caneta que carregara secretamente em um dos bolsos.

Elas dormiam juntas, já que não havia camas suficientes para todos os prisioneiros do local. Eram muitos, todos eles usando as mesmas tralhas velhas e cheirando ao mesmo odor de fumaça e suor misturados.

Adora, às vezes, acordava no meio da noite com os lábios muito secos e a respiração acelerada, porém nunca abria os olhos.

Mas Catra sabia. Sabia que ela estava acordado e sabia que ela, na maioria daquelas noites em que acordava sem nenhum motivo aparente, ainda pensava que estava na casa delas, com os dedos enroscados nos cabelos de Catra e com o sentimento de que tudo continuaria perfeitamente bem, porque tinha a certeza de que algum dia as pessoas a aceitariam como ela era, sem a julgarem e colocarem rótulos em cima dela.

E as vezes, ela falava.

Como nessa noite.

Catra ouvira a respiração da namorada logo quando aquilo tudo começou,porque tinha o estranho costume de conectar seu modo de respirar ao dela, senão não conseguia dormir.

-Cat, amor? - ela sussurrou por primeiro.

-Shhh, está tudo bem. - Catra respondeu, beijando um de seus ombros e o aninhando em seu peito novamente. A cama era minúscula, e ambos eram grandes demais para conseguirem achar uma posição confortável.

Porém, ainda eram elas duas. Ainda eram Adora e Catra, elas contra o resto do mundo.

E com "mundo", agora eles queriam se referir aos malditos nazistas.

— Catra, querida, Finn está acordado. Consigo ouvir o choro dele. - Ela continuou, roçando suas pernas nas coxas de Catra. — Pode o ajudar com isso? Ele geralmente só consegue dormir quando sente seu cheiro.

Catra se sentiu triste o suficiente para não conseguir discordar dela. Principalmente pela sua afirmação sobre o fato de Finn sentir-se seguro somente quando estava nos braços de Catra, porque era a verdade. O menino havia se acostumado tanto com a vida com suas duas mães que Catra era como sua cama.

Uma vez ou outra no dia, Adora encontrava o menino jogada no colo de sua namorada, enquanto elas dormiam calmamente no sofá ou na cama delas.

-Está tudo bem, meu amor. - Catra sussurrou, fazendo um carinho doce na bochecha da companheira e a aninhando ainda mais no seu colo. - Ele vai ficar bem, ele vai.

O Holocausto - ib: not a couple! infinitenonfictionWhere stories live. Discover now