Liebeserklärung

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Oi gente! Desculpa demorar tanto para atualizar :/ passei esses meses atolada com a escola. Para vocês terem uma ideia, eu tinha uma meta de ler pelo menos um livro por mês esse ano, mas a escola me atolou tanto que em março não li nenhum, to conseguindo ter tempo livre agora.

Agora deixando de falar de mim, gostaria de comunicar algo que a autora da fanfic original alertou aos leitores, que é o fato de que a história a esse ponto vai começar a ser realmente como uma história sobre segunda guerra, então se não gostam do assunto ou acham que vão ficar magoados com algumas situações sobre essa época, talvez a fanfic não seja para você.

Enfim, curtam a história!


Finn, para uma pequena criança, tinha o costume de ficar extremamente entediado com muita facilidade, e isso começara a irritar Adora. Ela tentava de tudo, desde a mandar para parquinhos e inventar brincadeiras de família a deixa-lo sozinho com Catra até que ele se divertisse o suficiente fazendo chiquinhas no cabelo cacheado da tia.

Mas, naquela manhã muito sombria, ela só queria ter algum momento com a companheira de quarto. Um momento antes que tudo virasse de cabeça para baixo, como ela tinha certeza que algum dia viraria, mesmo se a guerra acabasse cedo e ninguém descobrisse tudo o que acontecia entre quatro paredes. E ela nem estava falando sobre as aulas de dança que Catra a dera a alguns dias.

Deixara Finn com a Senhora Hudson, a senhorinha que morava perto delas. Ela com toda a certeza sabia da situação de Adora e Catra, e torcia por elas. Finn a adorava, mas era extremamente teimoso quando ficava na casa de alguém onde Adora não estivesse presente.

Catra estava alegre. Estava extremamente alegre. Não conseguia controlar sua felicidade ao andar pelas ruas escuras, torcendo para ninguém perceber o atalho. Ela não tinha ideia do lugar para onde ambas estavam indo, mas confiava no bom gosto da doutora o suficiente para saber que arrancaria suspiros tão facilmente quanto a própria presença da doutora já fazia diariamente, somente Catra ser uma mulher sensível e loucamente- loucamente apaixonada.

Adora estava nervosa com a reação que a mais jovem teria de sua surpresa, mas sabia que aquela mulher alta e cacheada que se encontrava cantarolando logo à sua frente era dócil demais para simplesmente demonstrar que não gostava das coisas. Para ela, tudo estava bom, desde que fosse feito com o mais sincero dos sentimentos, e isso era tudo que a loura tinha a lhe oferecer.

Momentaneamente.

Catra hesitou algumas poucas vezes ao ver o lugar onde estava. E as roupas que teria de usar.

- Está tudo bem? - Adora perguntou, segurando o pulso da companheira com uma leveza que não sabia que tinha com alguém além de seu filho. - Eu não sabia se gostaria de estar em um lago no dia de hoje, mas é o lugar mais reservado que consegui. Ninguém vem para cá.

- Você trouxe roupa de banho? - Catra perguntou, preocupada demais para conseguir se concentrar na beleza quase estonteante do lago à sua frente. Seus lábios estavam completamente fechados e os olhos estavam em uma linha reta de uma quase preocupação.

- Bem, não. - Adora disse, dando uma gargalhada baixinha. - Mas está tudo bem, estamos sozinhas. Ninguém vai a ver.

Catra, antes mesmo de conseguir ter alguma reação negativa, já via a companheira desabotoando os botões da camisa e jogando as calças para o ar, enquanto pulava ao mesmo tempo em que gargalhava alto, entrando em contato com a água gelada do lado

Ela sorriu, vendo que a liberdade as atingira por algum pouco tempo naquele mesmo local, naquela mesma hora. Ela estava inteira coberta por camadas e camadas de roupas que, juntamente com o seu medo de ser quem realmente era, foram jogadas para um canto para dar lugar a uma Catra magérrima em suas roupas de baixo.

- Dê um salto, Cat! Você não sentirá frio se for em um salto! - Adora gritou, balançando os braços em volta do próprio corpo boiando. - Deus, eu odeio Hitler.

- Eu o odeio por ter que me fazer enfrentar essa água fria, doutora Adora. - Catra disse logo ao pular e se encolher bem no meio do lago. Adora chegou mais perto e, pela primeira vez desde os acontecimentos que haviam ocorrido, abraçou a cacheada por trás, como se estivesse segura o suficiente para demonstrar todo o carinho que sentia. - Agora eu não o odeio.

Ambas gargalharam, enquanto Catra se virava de frente para a doutora, somente para deixar um beijo leve em sua testa.

- Você é adorável, Catra. Estou faltando meu emprego para estar ao seu lado hoje e realmente não sinto arrependimento.

- Adora?

- Uhm?

- Você quer que eu a beije? Agora?

Adora sorriu, e assentiu com a cabeça.

- Oh, Deus, sim.

Seus lábios se encostaram mais uma vez, como se nunca estivessem separados, durante todos aqueles anos que as afastaram do verdadeiro sentimento, daquilo que as mantinha vivas no meio da escuridão.

Catra se sentia em casa, quando acolhida no colo da doutora, Ela era magra, e dentro da água se sentia ainda mais leve. Leve por dentro. Leve de alma.

- Deus, eu agradeço todos os dias por isso.

- Você acha que Finn está bem? - Catra perguntou, aflita, enquanto descansava sua cabeça no peito de Adora, bem na beira do lago, parando para suspirar um pouco quando a mais velha insistia em arrastar suas unhas pelos cachos castanhos que ocupavam espaço inteiro em sua cabeça.

- Sim. Não se preocupe tanto, ele tem uma mãe muito atenciosa.

- Eu concordo, você é uma mãe maravilhosa para ele.

-Não estava falando sobre mim, Catra.

Catra sorriu, mais abertamente do que já havia feito no tempo em que estava abrigado na casa da doutora Adora. Porque agora, nesse exato momento, ela sentia parte de algo lindo. Algo que certamente mudaria a vida de alguém.

E esse alguém era Finn.

- Eu a quero.

- Você me quer? - Adora perguntou confusa. - Oh, você me quer?

-Sim, Adora. Eu a quero.

E ambas sorriram, os dentes alinhados, mesmo que tortos de formas diferentes. Porque tudo nelas era sintonia e era cor viva, tudo nelas era o que todos sempre sonharam.

Naquela noite, Adora não se sentiu tão excluída ou confusa sobre a mulher que era quando conseguiu se sentir dentro de dentro de Catra, nem quando ouviu a cacheada sussurrar por seu nome.

Elas eram um só, definitivamente.

Adora era Catra, Catra era Adora.

No dia seguinte, quando Catra demorou ao pegar Finn e inventar uma desculpa convincente para a Sra.Hudson, encontrou Adora sentada em sua poltrona, segurando um pedaço de papel.

Não tinha lágrimas nos olhos, mas seu rosto estava roxo e a voz parecia falhar.

- O que aconteceu, querida? - Catra disse, largando Finn no chão para que ele caminhasse um pouco e se pondo de joelhos em frente a companheira.

- É Adam.

Catra arregalou os olhos.

- O que tem Adam? O que está acontecendo?

- Está morto.


Bem gente, foi esse o capítulo, espero que tenham gostado.

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O Holocausto - ib: not a couple! infinitenonfictionWhere stories live. Discover now