Todo Dia Ela Faz Tudo Sempre Igual

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FELIZ ANO NOVO! – Xuxa Meneguel, voice.

Hahaha, um ano incrível para todos nós! Um beijo e um chêro em vcs! 😙

Capítulo 5
Ponto de Vista
Narrador

A chuva caia em pancadas excepcionalmente fortes naquela manhã. A água começou a cair do céu quando Camila já estava metade na metade do caminho, então, seria inútil voltar. Não só pela chuva, mas seu coração batia como um tolo apenas com a ideia de vê-la. A razão de seu tormento desde o momento que pousou os olhos nela.

Assim que estaciona a picape preta, no estacionamento improvisado ali na frente do Hukilau. Respira fundo por alguns minutos. O que estou fazendo aqui? Se questiona, internamente.

Depois de alguns princípios de infarto e tentativas falhas de acalmar-se, ela finalmente alcança o casaco de frio que sempre deixa jogado no chão embaixo dos bancos no cubículo relativamente pequeno da picape. Pois não haviam bancos traseiro, somente banco de motorista e passageiro.

Sai apressada do carro, e o deixa ali no estacionamento, usando o casaco como um guarda-chuva, acima da cabeça, e sai pulando sobre as poças de água já formadas no chão cheio de pedrinhas, tentando evitá-las.

O ambiente quentinho do Hukilau a recebe muito bem, e sem demora passa o olho pelo local e nem um sinal de Lauren. Sem problemas, Camila, com certeza chegou alguns minutos mais cedo, de tão ansiosa pelo próximo encontro. Agora ela estava decidida a pedir o número da mulher.

Se encaminhou até o balcão, encostando-se ali na madeira, ao lado de um banco, para esperar a outra mulher.

— Camila, aloha! Você só vem aos finais de semana. O que está fazendo aqui? – Rue a aborda de repente, com a mesma voz urgente do dia anterior. Rue nunca age assim!

— Aloha, Rue! Pensei em passar aqui, ver o Nicky e você, sabe como é, antes de ir para a clínica...

— Muito gentil, Mila. Mas não disse "aloha, oi" é "aloha, adeus". Estamos fechados. Vá embora.

No mesmo instante, uma pessoa passa por elas segurando um prato bem grande com ovos e bacon quentes e uma xícara de café, aprontando-se para sentar em uma das mesas por ali.

— Estão fechados, huh? – Aponta para a pessoa, e Rue bufa.

— Pedido pronto! – Nicky exclama da cozinha batendo em uma campainha ali, para anunciar. Camila franze o cenho ainda mais para Rue e ela bufa mais uma vez.

— Fique aqui, não se mova por nada está me ouvindo? Eu já volto. – Diz, causando na veterinária um tremendo desconforto e sai para fazer o trabalho.

— Mila! Você está aqui de novo! Como vai, kahuna? – Nicky sorri aberto com a cabeça para fora da janelinha da cozinha.

— Vou bem, Nickey! Ula foi mordido por um tubarão dá para acreditar?

— Ô se dá! – Rebate, e sua cabeça some pela cozinha.

Ri anasalado. Camila sabe que dá mesmo. A mulher é grata por seu irmão estar bem a essa altura do campeonato, ela sabe que ele é muito bem protegido.

Apenas o tilintar do sino da porta tira, Camila, de suas contemplações. E bem, é quem a veterinária quer que seja. A mulher esperada, adentra o Hukilau toda graciosa, até mesmo com um casaco embolado na cabeça, ela é linda aos olhos fadados de Camila.

50 Primeiros BeijosOnde histórias criam vida. Descubra agora