Lucifer (Surprise Guest)

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(Imagine o cenário como um pequeno camarote parcialmente iluminado pelas luzes do palco, há apenas uma janela larga, a qual possuí um vidro, e um sofá de dois lugares, você está de pé perto da parede porque não consegue se acalmar e precisa de algum apoio para caso o nervosismo tome conta de ti)

Tudo estaria bem se tivesse algum presente, mas eu não tinha nada, tinha pouco grimm para gastar até com algum lanche, por isso esperava que o Beel não viesse, ele ficaria triste quando soubesse que eu não tinha comida para dar de presente, o problema foi quando vi Lucifer, eu amava ele e tinha certeza absoluta que ele sabia disso, só que ele não sentia o mesmo por mim e por isso parecia se aproveitar dos meus sentimentos.

-Eu me sinto maravilhoso, poderia destruir qualquer um que cruzasse meu caminho- Sorriu alegremente.

-Eu agradeço muito pelo esforço- Consegui sorrir.

-Não foi tão difícil- Ele estendeu a mão, queria um presente. -O Mammon e o Levi começaram a brigar para ver quem viria aqui e eu usei a brecha para te ver.

-Ah...- Reuni coragem e coloquei minha mão sobre a dele. -Eu estou sem presentes... mas posso fazer carinho na sua cabeça.

Lucifer me encarou por alguns segundos e eu corei, a coragem virou falta de noção, nem mesmo eu sei porque ofereci aquilo sendo que eu sabia que ele queria um presente, ele e todos os outros, exceto Luke, o pequeno era o único que eu fazia carinho sem problemas, se bem que eu nunca tentei fazer carinho nos outros porque, bom, eles são eles e não dá para sair fazendo carinhos neles que nem eu faço com o Luke.

-Vá em frente- Ele se arrumou para ficar com a cabeça mais perto de mim.

Engoli em seco e estendi a mão, meu corpo inteiro tremia e minhas pernas estavam fraquejando, mas eu precisava mexer no cabelo dele, mesmo que ele não gostasse, era uma oportunidade única para mim, coloquei os dedos entre as mechas escuras do cabelo de Lucifer e o afaguei. Em certo momento, a vergonha desapareceu e eu comecei acariciar o rosto dele com as duas mãos, eu estava sorrindo, tinha conseguido o que eu queria e teria que enfrentar a raiva dele depois, mas precisava aproveitar aquela oportunidade até o fim.

-Está se divertindo?- Perguntou.

Eu me assustei e me afastei rapidamente, mas a parede me impediu de me afastar mais ainda, não tinha escapatória agora, ele se aproximou e me encarou, aqueles olhos eram realmente lindos.

-Des... desculpa- Pedi. -Eu...

-Parecia bem feliz- Ele cruzou os braços.

-Desculpa, eu prometo que vou dar um jeito de comprar um presente decente para você, não vou mais... oferecer carinho- Baixei o rosto. "Você sabe que eu gosto de você, por que fica tão perto? Por que tem que olhar direto nos meus olhos? Quer que eu admita logo que gosto de você para você ficar feliz quando me machucar?".

-Eu realmente ficaria feliz com um presente.

-Eu sei disso- Respondi, tentando disfarçar a tristeza.

-Então, diga o que eu quero saber- A mão dele segurou meu queixo gentilmente algo que me assustou porque nunca o vi sem as luvas, mas, naquele momento, ele estava sem. -Diga que me ama.

-Você...- Eu queria bater nele naquele momento. -Você sabe que eu te amo, Lucifer, eu não consigo disfarçar, não consigo fingir.

-Eu sofreria menos se soubesse disso.

Levantei o rosto, não acreditava no que tinha escutado, mas não tive tempo para nada, senti a mão de Lucifer deslizar para minha nuca e a outra parar nas minhas costas, ele me puxou para perto e aproximou sua boca da minha.

-Eu te amo, eu te amo mais do que pode imaginar, eu te amo acima de todas as coisas nesse mundo, eu nunca imaginei que ficaria tão dependente de um ser tão frágil quanto você, mas eu preciso de você, preciso que esteja comigo ou enlouquecei com a solidão.

Eu fiquei sem reação, sentia meu coração descontrolado dentro do meu peito e todo meu corpo tremendo, no momento em que Lucifer gentilmente beijou meus lábios, depois colocou a língua dentro da minha boca, agarrei o casaco do uniforme dele, não podia fazer nada como sempre, estava sempre à mercê daquele demônio, só que dessa vez ele não estava me ameaçando para me impedir de fazer algo ou mostrando a raiva dele por algo que eu fiz, ele estava ali, me beijando lentamente e de uma maneira que fazia meu corpo inteiro querer mais do que apenas um beijo, com certeza era a habilidade de corromper os seres humanos, o Avatar do Orgulho afastou nossos lábios e eu voltei a respirar, ele beijou meu pescoço, depois foi subindo os beijos até a minha orelha.

-Vamos continuar isso no meu quarto- Sussurrou.

IMAGINE ISSO! (Obey Me! One master to rule them all) [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now