"Não esperava por isso, mas poderia me acostumar" (Asmodeus)

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E lá estava eu, no escritório de Lucifer e com os ouvidos doendo, o Avatar do Orgulho estava dando um sermão porque eu, Satan e Belphie havíamos trazido ilegalmente um gatinho amarelo que encontramos na rua e aconteceu que o bichano decidiu que correria pela casa toda, como ele era bastante peludo, o chão ficou tomado por pelos amarelos.

-Vocês vão limpar todos aqueles pelos da casa e entregar esse gato para o gatil- Lucifer deu a última ordem antes de apontar para a porta.

Nos retiramos, mas o felino ficou com Lucifer, ele pareceu ter lido os pensamentos da dupla dinâmica pois assim que nos afastamos, Belphie bocejou e levantou os braços.

-Devíamos ter soltado o gato no quarto dele- Ele comentou.

-E depois esconder no seu quarto- Satan apontou para mim.

-Não sei se conseguiríamos esconder o gatinho por tanto tempo- Respondi. -Mas seria divertido ver o Lucifer lidando com o Cerberus estando com cheiro de gato.

Os dois sorriram como os demônios que eram, com certeza planejariam trazer outro bichano, só que para atormentar Lucifer dessa vez. Fomos para a lavanderia e pegamos o material de limpeza, nos separamos para livrar a casa dos pelos do gatinho.

-Ovelhinha!- Ouvi a voz do Asmo.

"Ovelhinha?". Pensei, sentindo meu rosto queimar de vergonha.

Me virei e notei que o Avatar da Luxúria vinha extremamente alegre na minha direção, tinha as bochechas coradas e deu um pulinho antes de parar na minha frente.

-O que está fazendo?- Perguntou, sorrindo.

-Limpando a casa.

-Por quê?

-Porque o Lucifer está irritado por causa do gato e mandou eu, o Satan e o Belphie limpar a casa.

-Então eu te ajudo, não quero que machuque suas lindas mãos- Ele tomou a vassoura de mim.

Abri a boca para perguntar o que ele estava planejando, mas o cheiro de Demonus adicionado ao comportamento dele eram atordoantes demais, o segui com o balde e a pá de lixo pelos corredores, Asmo estava varrendo tudo mesmo, era impressionante ele conseguir fazer isso porque era claro que a quantia de álcool que ele tomou não era pouca. Limpamos o segundo andar sem problemas, afinal eram apenas os corredores que precisavam da vassoura, descemos para a lavanderia e encontramos Satan e Belphie, eles também haviam terminado a limpeza.

-Asmo, o que está fazendo?- Perguntou o Avatar da Raiva, surpreso.

-Estou ajudando a minha ovelhinha- Ele sorriu, me abraçando.

-Vou dormir, não quero aturar o Asmo bêbado- O Avatar da Preguiça balançou a mão e fugiu dali.

-Eu lembrei que preciso devolver o gatinho para o gatil, até depois- O loiro deu um sorriso forçado e também fugiu.

"Bando de covardes". Pensei, teria que lidar com o Asmo por conta própria.

-O que vamos fazer agora?- Perguntou o Avatar da Luxúria, acariciando minha cabeça.

-Eu tenho que estudar- Menti.

-Então vou te fazer companhia- Sorriu.

-Agradeço.

Asmo segurou minha mão e ficou esperando eu me mover, como ele não estava representando um perigo maior, decidi que ficaria perto dele até ele dormir. Subimos para meu quarto e eu o deixei sentado na cama, depois peguei o livro de Artes na mochila e sentei ao lado dele, só precisava fingir que estava lendo, e, não sei exatamente como, não deu um minuto, o Avatar da Luxúria tinha se colocado atrás de mim e estava me abraçando.

-Eu quero te abraçar- Disse antes que eu pudesse falar algo. -Seu corpo é tão macio, tão quente... não precisa estudar, vamos ficar juntinhos assim... como um casal.

O ouvi fungar e senti algo quente descer pelo meu ombro.

-Asmo... você está chorando?- Agora tinha me preocupado.

-Não- Soluçou.

Cerrei os dentes e deixei o livro em cima da cômoda ao lado da cama.

-Por que está chorando?- Perguntei.

-Porque... não ficamos juntos.

Consegui me soltar dele e me levantei, virando de frente para ele, segurei o rosto dele e o ergui.

-Está chorando por isso?- Pedi.

-Eu quero você... eu quero ficar com você... eu te amo... é a primeira vez que eu amo alguém mais do que me amo... só que dói... dói muito porque eu tenho medo que alguém te machuque por estarmos juntos.

-Você é muito dramático, sabia disso?- Dei uma risadinha, mas estava quase chorando. -Eu te amo, Asmo, eu te amo muito, mas é difícil saber se você me ama porque parece agir da mesma forma com todo mundo.

-Quer que eu seja diferente contigo?- Suas mãos seguraram meu quadril.

-Eu preciso ter certeza de que você me ama e não está dizendo isso porque está bêbado e sensível- Admiti.

-Então fique comigo hoje, por favor- Implorou.

-Eu fico, se parar de chorar- Sorri.

Asmo sorriu e se levantou, me puxando para perto e segurando meu queixo.

-Você é a coisa mais linda que existe... seus olhos, seu rosto, seu corpo- Ele aproximou sua boca da minha. -Eu quero tudo para mim.

O Avatar da Luxúria me beijou, doce, macio e quente, a mão que estava em meu quadril desceu para minha bunda, a apertando, e seus dedos deslizavam para o meio dela.

-Asmo- Interrompi o beijo.

-O que?- Sorriu inocentemente.

-Não, você está bêbado- Respondi, tentando manter a seriedade apesar da vergonha.

-Entendi- Ele se entristeceu. -Mas podemos dormir juntos hoje?

-Podemos- Era difícil resistir a ele.

Asmo sorriu e beijou a ponta do meu nariz, depois se deitou na minha cama e deu um tapinha nela, me chamando para deitar junto dele, acabei aceitando o convite e me acomodei de frente para ele, o Avatar da Luxúria nos cobriu com o lençol e me abraçou.

-Boa noite, ovelhinha- Beijou minha testa.

-Boa noite, Asmo- Sorri.

Estar ali era aconchegante, quente e macio, acabei adormecendo mesmo não estando com tanto sono. Quando acordei, permanecia no abraço de Asmo, ele respirava profundamente, admirei a face adormecida dele, tão serena, o oposto de quando ele estava desperto e era um narcisista com tendências ninfomaníacas impossíveis de controlar, seus olhos se abriram com dificuldade, pensei que ele dormiria novamente, mas não, me encarou e deu um sorriso travesso.

-Bom dia, meu amor, dormiu bem?

Meu rosto queimou de vergonha, talvez a regeneração demoníaca o impedisse de ter uma ressaca das brabas, Asmo se colocou sobre mim e me beijou, suas mãos entraram pela minha camisa, deslizando pela barriga e peitoral.

-Eu não estava mentindo, nem fingindo, eu te amo, eu desejo você, eu preciso de você- Seus lábios deslizaram até meu pescoço. -Eu farei qualquer coisa para que você entenda isso, só não poderei ficar longe de você agora que sei como é te ter assim... tão perto.

-Asmo- Ofeguei.

-Você me ama? De verdade?- Ele beijou meu ombro.

-Sim- Meu corpo estremeceu, os dedos dele estavam brincando com meus mamilos.

-Se você quiser que eu pare, me diga- Asmo se endireitou e me encarou, parecia preocupado.

-Acho... acho melhor esperar.

-Tem razão, não queremos que o Lucifer atrapalhe a primeira vez, não é?- Ele sorriu, se aproximando e me beijando. -Vamos nos arrumar, minha ovelhinha.

IMAGINE ISSO! (Obey Me! One master to rule them all) [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora