Beelzebub (Surprise Guest)

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Estar sem dinheiro não era uma novidade para mim, mas ainda me desapontava, um pouco de grimm para comprar um presente bonitinho era o que eu precisava, pensei nisso até ver que Beel adentrava com um grande sorriso.

"Ah, não, eu não tenho nada para ele!". Entrei em desespero, ele era o único que eu não queria magoar.

-Eu darei essa vitória para você- Ele se aproximou e levantou a mão para receber um "toca aqui".

-Agradeço pelo esforço- Bati gentilmente a palma da minha mão na dele. -Des-desculpa, Beel, eu... estou sem dinheiro.

-A culpa é do Mammon, não é? Você emprestou dinheiro para ele porque ele te implorou e prometeu que iria pagar e não te pagou até agora, certo? Não se preocupe, eu vou conversar com o Mammon para que ele devolva seu dinheiro- Estava tão sério que fiquei com medo.

-Não foi o Mammon, eu... gastei com os presentes.

-Não o defenda, eu conheço o Mammon.

-Não, eu estou falando a verdade, não emprestei dinheiro para ele- Corei, o ruivo me olhava fixamente.

-Certo- Assentiu. -Eu vou dividir minha comida contigo, não quero que fique com fome.

-Eu agradeço muito- Sorri. -Mas sou eu que deveria te dar um presente... pode ser um carinho na cabeça?

Beel sorriu e se aproximou, tendo a cabeça para baixo, afaguei o cabelo dele, ele era fofo e gentil, sempre preocupado com os outros, me perguntava o porquê dele querer dividir a comida comigo, talvez fosse a maneira dele demonstrar que gostava de mim e isso me fazia desejar que esse afeto não fosse apenas de um amigo.

-Esta é uma sensação interessante. Estou achando difícil relaxar.

Dei alguns passos para trás e Beel se endireitou.

-O que aconteceu?- Perguntou, confuso.

-Você...- Corei.

-Você pode me tocar, eu não me importo- Sorriu.

Apertei minhas mãos e baixei o rosto, sentia que meu coração explodiria para fora do peito, não entendia como ele podia dizer aquelas coisas despreocupadamente, duvidava que ele fosse sem-vergonha como o Asmo, mas não ter vergonha de falar aquilo talvez fosse porque ele era inocente demais para notar o sentido daquelas palavras.

-Você está se sentindo bem?- Ele tocou minha bochecha.

-É que...- Eu realmente não sabia como explicaria aquilo.

-Aconteceu alguma coisa? Você pode contar para mim, eu posso te proteger.

-Eu te amo, Beel- Levantei o rosto. -Amo ficar perto de você, mas tem vezes que é difícil porque eu não sei se sente o mesmo por mim e isso faz meu coração doer.

Ele arregalou os olhos e fechou a mão, parecia angustiado com algo, meu coração parou e retomou as batidas irregulares e mais lentas, eu não entendia o porquê ele tinha a feição de tristeza.

-Você é tão gentil, mas eu queria que fosse apenas para mim na maioria das vezes, eu não quero que tenha medo de mim porque eu estou sempre com fome, também não quero que pense que eu estou sempre com fome, estar com você faz a fome diminuir, eu sinto outra parte de mim completa e fico feliz quando divido a comida contigo... é difícil, eu sei que os outros gostam de você e eu quero que eles sejam felizes, especialmente o Belphie, mas eu não quero que seja com você, eu... você... você é a única coisa que eu não quero dividir com eles, nem mesmo com o Belphie... eu quero você só para mim, mas eu tenho medo de te machucar, medo de te assustar e tenho medo que você me odeie.

-Ô, Beel- Ri por nervosismo. -Eu nunca vou te odiar, nem tenho medo de você, eu te amo porque você é extremamente gentil e muito fofo, sempre preocupado com todos, gosto disso, me sinto especial quando divide a comida comigo.

-Mas eu... eu posso te machucar se estiver com fome- Corou.

-Vou cuidar para que sempre esteja bem alimentado.

Beel sorriu e pegou minhas mãos, as levando para o rosto dele, ele fechou os olhos por um instante, parecia aproveitar o toque, eu afaguei as bochechas dele com os dedões e o ruivo aproximou nossos rostos, tocando meus lábios com os dele, pensei que não seria mais do que aquilo, mas me enganei, Beel enfiou gentilmente a língua dentro da minha boca, depois posicionou as mãos no meu quadril, me puxando para perto, estar daquele jeito me fez entender o porquê dele dizer que tinha medo de me machucar, acabei me assustando quando ele segurou minhas coxas e me levantou, me colocando contra a parede, meu corpo pulsava, sentia o calor dele, o ruivo parou de me beijar e encostou a boca no meu pescoço.

-Desculpa- Pediu.

-Pelo que?- Minha mente ficou confusa.

-Por fazer isso sem pedir- Ele me colocou de volta no chão, tirando as mãos de mim.

-Mas você pode fazer o que quiser!- Corei, me perguntando aonde estava minha decência.

-Não- Balançou a cabeça. -Eu... te acho uma pessoa deliciosa, não posso perder o controle.

-Eu... eu aviso se estiver me machucando ou me assustando- Consegui dizer.

-Obrigado- Ele sorriu. -Eu tenho muito tempo antes de ficar com fome novamente, eu quero ficar com você um pouco mais.

IMAGINE ISSO! (Obey Me! One master to rule them all) [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now