Além De Anjo || 2ª Temp.

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 CARALHO, EU VOU SER MÃE!

    Foi as primeiras palavras que sairam da minha boca, assim que me olhei no espelho depois do natal mais especial da minha vida.  Eu me tornei o que eu mais temia, CHORONA!

  Chorei ouvindo as palavras da Bru, antes de abrir aquela caixa com o teste de gravidez, marcando 4 semanas, Chorei abraçada com a minha esposa depois de ver seu sorriso entre lágrimas, chorei vendo a minha mãe e a minha sogra desesperadas sem saber, quem abraçar primeiro, chorei vendo ela dormir em meus braços depois de toda aquela festa, agradecendo por sentir e viver o amor mais puro ao lado da mulher da minha vida. E estou chorando agora em frente ao espelho por que a minha ficha ainda não caiu.

    Foi uma virada do ano bem diferente do que estamos acostumadas, sem muita bagunça e sem show. A Bru estava enjoando com qualquer cheiro diferente. Era chegar próximo a cozinha, e se o feijão estivesse cozinhando, ela corria feito louca para o banheiro vomitar. Ou se eu chegasse em casa com cheiro de cerveja, a minha noite era longe da Bru, cheiro de perfume então... Nem se fala.

    Eu estava feliz demais e a Bru não conseguia esconder mais a sua felicidade também. era possível ver no brilho dos seus olhos o quanto a gravidez renovou os nossos laços. Eu estava me multiplicando, para poder ser para a minha esposa, oque eu sempre prometi que seria. E aqui estou, pesquisando no Google com quantos meses eu consigo sentir meu filho(a) se mexendo na sua  barriga. E esse foi o assunto do café da manhã, quando a Bru contou para a nossa família, oque viu no meu celular, eu virei a piada do dia

(...)

— Eu não acredito, que você esta pesquisando isso Ludmilla — Falou a Luanne rindo de mim.

— Por que vocês não viram ela pesquisando, quantas fraldas o bebê usa durante um ano — Completou o Marcos e  eles gargalharam.

— Amor?— Questionou a Bru ainda com sorriso nos lábios.

— Bru, bebê gasta muito! — Afirmei.

— Isso é verdade filha, eu que sei, o quanto se gasta — Concordou a minha mãe.

     O assunto dessa casa era sempre o mesmo, o Baby Brumilla. Isso fazia a gente se aproximar, e era muito legal ter todos unidos denovo, para viver o mesmo sonho!

— Eu estou ansiosa, por isso minha pesquisa sobre quando ela vai mexer, e gastar... Assim eu faço os cálculos de quantos shows eu preciso fazer pra criar ela.

— Ela? — Questionou a Bru mais uma vez — Você não acha que precisa começar a usar um jeito neutro de chamar o nosso Baby?

— Tenho certeza que é menina Bru! - Afirmei.

— Ludmilla escuta a Xoxobru, por que se não for menina e você acostumar a todos nessa casa com uma menina, eu serei a primeira a te julgar e pedir mais uma sobrinha — Afirmou a Luanne.

— Filha, elas tem razão... E se for um menino? Vocês vão ficar com o pronome feminino na cabeça, e até tirar vai ser difícil.

— Ok — Falei tomando um pouco do meu suco — MEU BLASTOCISTO.

— NÃO
— Ludmilla, vc só piora!
— Mano, eu amo essa garota kkkk