Aquele que ficou

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26 de dezembro de 2021...

Viajar? — Momo perguntou. Dahyun assentiu com bico nos lábios — Não pode ficar?

— Acho que minha mãe não deixaria...

— E não pode falar com ela?

— Quer tanto assim que eu fique? — Dahyun riu e Momo assentiu.

— Claro. Você ficaria na minha casa, dormiríamos juntas todos os dias, assistíramos filmes todas as noites... — Dahyun sorriu.

— É... parece bom. Vou tentar convencê-la.

Pararam em frente a casa da Kim. Momo a encarou e sorriu.

— Queria te contar uma coisa.

— O que? — A Kim perguntou curiosa.

— Consegui uma bolsa para a faculdade — A coreana arregalou os olhos enquanto sorria largamente. Pulou nos braços da japonesa.

— Oh meu Deus, amor! Isso é incrível! — Encheu a outras de beijos por todo seu rosto, Momo ria.

— É mesmo, não é?

— Então já sabe que curso quer fazer?

— Bom... depois de pensar bastante, percebi que gosto de ajudar as pessoas, pesquisei alguns cursos e gostei de psicologia, então...

— Isso é maravilhoso! — Lhe roubou um selinho — Você será uma ótima psicóloga, disso eu tenho certeza. Ainda vai ajudar muitas pessoas.

— É o que eu espero... — Disse próxima aos lábios da outra. Dahyun iniciou um beijo. Momo abraçou sua cintura, juntando ainda mais seus corpos.

— Sei que beijar é bom, ser adolescente é incrível mas você precisa entrar, querida — Se afastaram rapidamente após ouvir a voz da mãe de Dahyun.

— Olá, senhora Kim — Momo disse envergonhada. A mulher sorriu.

— Olá, Momo — Encarou a filha — Entre meu amor, ou vamos nos atrasar.

Dahyun suspirou e deixou um selinho rápido nos lábios da namorada antes de entrar em casa.

Momo começou a caminhar de volta para sua casa. Era uma manhã fria. Momo parou em uma banca de jornais, comprou um e continuou seu caminho enquanto lia algo que lhe chamou atenção.

"Procura-se fotógrafo freelancer"

Momo pensou e bom, talvez fosse uma boa ideia. Seria uma forma de ganhar dinheiro, já que o instituto aparentemente havia acabado, e ela não se importava mais com ele.
Momo lembrou-se do que havia prometido para Dahyun a alguns dias atrás, a levaria para o Japão na primeira semana de janeiro.

Assim que chegou em casa, correu até seu quarto. Pegou a caixa na estante e a abriu, vendo diversas fotos e sua câmera antiga. Selecionou as melhores fotos e as colocou em um envelope, levaria até o jornal mais tarde.

Jogou-se em sua cama e ligou a televisão, sua mãe estava trabalhando e por isso estava sozinha e completamente entediada.

Então, senhor — Disse o repórter — Está dizendo que a um mandado de prisão para as heroínas?

— Se me permite dizer — Momo arregalou os olhos, era o pai de Dahyun — Elas não são heroínas, são crianças que não entendem o perigo de estar na linha de frente todos os dias. Se acham que podem proteger a população, por que não mostram o rosto? Não usam uma farda como todos nós? Deve ser divertido fazer trabalho da polícia e ganhar fama de herói. Muitos de nós morrem todos os dias e não são lembrados. Elas são irresponsáveis e não devem estar nas ruas atrapalhando investigações sérias! Vamos pega-las. Isso é tudo — Ele saiu dali. Os demais repórteres disparavam diversas perguntas, mas o homem apenas as ignorou e adentrou a delegacia.

Spider-Girl • DahmoWhere stories live. Discover now