Capítulo 19 - O Que Pensar?

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Pov's Jiraiya

Não tenho noção alguma que quanto tempo estou debaixo dessa chuva incessante e intensa. Estou tão imerso em meus devaneios, questionamentos e possíveis arrependimentos, que minha saúde nesse momento está como última prioridade. Minha cabeça dói, meu coração aperta. Essa sensação de perda, vulnerabilidade, falta de controle, de estar totalmente desarmado, está me levando ao limite que posso suportar.

Tento manter minha respiração regular, minha cabeça no lugar e então, me direciono para dentro de casa mais uma vez. Aquele vazio paira sobre o ar, o meu corpo ainda se sente quente, febril, mesmo que eu esteja completamente encharcado por conta da chuva. É como se a adrenalina não tivesse me abandonado, como se ainda fosse capaz de sentir o calor do corpo dela junto ao meu. Seus lábios... Por Deus, ainda sinto aquele sabor tão doce e intrigante em minha boca, aquela textura macia e amistosa roçando nos meus com tanta intensidade, tanto desejo. São simplesmente únicos, tenho um imenso prazer em dizer que tive a oportunidade de prova-los, mesmo que essa possa ter sido a única vez.

E não, eu não me arrependo de tê-la tomado em meus braços, por aqueles meros minutos que tive. Eu faria de novo, de novo e de novo, sem nem pensar ou questionar mais de uma vez, pois eu não sou mais capaz de me repreender quando estou perto daquela mulher, porra,  já se tornou impossível! Ela é como uma droga, eu provei e tentei parar. Mas ela é tão boa que usei e me vicie. Tento esquecer esse desastre de jantar, e aqueles olhos caramelado transbordando em lágrimas, para então resolver uma questão que me deixou puramente cismado e desconfiado.

Vou até a mesinha de centro na sala, pegando meu aparelho celular, e discando um número conhecido por mim. Enquanto chamava , segui para a cozinha, onde peguei uma garrafa de conhaque e outro copo. Quando segui novamente para sala, minha ligação fora atendida.

- Quanto tempo, meu amigo. Posso dizer que estou surpreso com sua ligação.

- Imagino, como está Asuma? - Questiono, sentando-me no sofá, apoiando a garrafa e copo sobre a mesa.

- Vou bem, e o Sr?

- Na medida do possível, e como está a Kurenai? A gravidez está indo bem?

- Graças a Deus a gestação está sendo tranquila, daqui a dois meses já teremos nossa pequena conosco. Espero sua visita.

- Que bom, me aguarde, irei com certeza. - Rimos juntos.

- Mas me diz, no que precisa dos meus serviços?

- Ainda está trabalhando como detetive?

- Estou afastado, mas posso fazer esse pequeno favor á um velho amigo. - Diz agradavelmente. - Não tenho palavras para agradecer toda ajuda que tive da sua parte, então esse mínimo que posso fazer, conte comigo. É só me dizer o que precisa. - Curvo os lábios em um sorriso, bebendo um pouco do líquido alaranjado.

- Quero que investigue dois casos pra mim.

- Qual seria?

- Primeiro, o incidente envolvendo meu projeto. Tenho certeza que foi sabotado, até mesmo o laudo da perícia confirmou que fora criminal, e eu quero o nome do culpado custe o que custar. - Expresso minha irá em meu tom de voz tenebroso e rígido. - Eu gastei milhões naquela porra, meses de trabalho duro e dedicação, para simplesmente vim um filho da puta e pôr fogo em tudo.

- Pensei que o delegado Itachi estava a par da situação. Não? - Indaga curioso.

- Aquele miserável está me enrolando , sinto no olhar dele que ele esconde algo de mim e que sabe exatamente o que aconteceu. - Aperto o copo entre os dedos. - Você me conhece, sabe que quando cismo com alguma coisa, é por que tem algo errado.

𝗣𝗢𝗥 𝗧𝗥Á𝗦 𝗗𝗔𝗦 𝗠Á𝗦𝗖𝗔𝗥𝗔𝗦Onde histórias criam vida. Descubra agora