Flora é nova na cidade do Rio De Janeiro. Se mudou com sua família para a cidade Maravilhosa assim que ganhou uma bolsa na faculdade. Ela já sabia que sua vida mudaria um pouco, só não sabia que o destino traria seu amor de infância.
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F l O R A
Era oito da noite quando meu irmão entrou no meu quarto mandando eu ir me arrumar para irmos a Sapucaí com o Gabriel.
Eu fiquei na dúvida se iria, se essa aproximação era boa. Se era boa eu não sabia, só sabia que estava me fazendo bem.
Levantei da cama ainda com preguiça porém decidida a me arrumar. Queria ir bem produzida, pelo que Fabinho disse íamos ficar em um camarote e com toda certeza ficaremos entre alguns famosos, então pra disfarçar minha cara de pobre vou ir bem arrumada.
Abri meu guarda roupa, queria algo brilhoso já que é carnaval, peguei um conjuntinho dourado que tinha uns detalhes brilhosos que é aberto na lateral da coxa.
Não demorei muito pra tomar banho e já está vestida, dei um jeitinho no meu cabelo e comecei a fazer a maquiagem.
—Pensei que estava pronta — Dei um leve sobre salto assim que escutei aquela voz.
—Que susto — Olhei para Gabriel parado na porta, ele usava uma bermuda preta e uma blusa roxa com a escrita "Nosso Camarote".
—Vim trazer sua blusa — Disse se aproximando e sentando ao meu lado na cama. Me entregou uma sacola.
—É obrigatório usar? — Olhei para dentro da sacola.
—Quase isso, mas você pode personalizar.
Guardei minhas maquiagens dentro da bolsinha e levantei pegando a sacola. O olhar de Gabriel foi totalmente direcionado ao meu corpo.
Abri a sacola e peguei uma tesoura.
—Espero que dê certo — Falo conforme estico a blusa sobre a cama —Vou tentar fazer um cropped.
—Espero que dê certo também.
—Não confia nas minhas habilidades? — O olhei de rabo de olho e percebi transparecer um sorriso em seu rosto.
—Claro que confio — Disse em um tom debochado.
Neguei com a cabeça e dei início na ideia que eu tinha em mente, fiz algo simples. só cortei a blusa pela metade e pus por cima da minha roupa mesmo.
—Até que não ficou nada mal — Olhei no espelho.
—Você tá linda — Gabriel disse se levantando e me puxando pra um abraço.
—Obrigada — Apertei seu corpo ao meu. Ainda não havia me acostumado com músculos me envolvendo.
O máximo que eu abraçava era o Fabinho que por sinal não tinha nem um pouco de músculo, pura gordura.
Senti sua mão passar pelo meu pescoço fazendo um carinho suave. Era estranho o tanto de carinho que andava recebendo.
—Vamos — Nos afastamos assim que ouvimos a voz do meu irmão — Tô pronto já.
