𝐏𝐞𝐧𝐬𝐞𝐢 𝐌𝐞𝐥𝐡𝐨𝐫 - 𝐆𝐚𝐛𝐢𝐠𝐨𝐥

038

Respirei fundo ao vê Gabriel vindo na minha direção — Você quer me matar do coração é? Você ta doido? — Dei um tapa em seu braço assim que me aproximei.

—Não foi nada amor , só uma discussão — Falava como se não tivesse quase avançado pra cima do jogador adversário.

—Não foi isso que eu vi, oque eu vi foi você se exaltando e quase sendo expulso — Ele parecia não estar nem ai pro que estava falando e só observava minha blusa — Tô falando com você.

—Desculpa — Segurou minha cintura firme — Não me lembro de ter te dado essa blusa.

—Você não me deu, eu roubei — Analisei a blusa vermelha.

—Roubando minhas blusas que eu guardo depois de jogos importantes? Poderia ter pego uma minha normal.

—Você não pode me dá uma blusa? — Fiz aquele drama básico.

—A questão é que você roubou metade das minhas roupas e agora ta roubando as blusa do flamengo.

—É por um bem maior, prezando meu conforto — Me afastei dando uma rodadinha mostrando o look completo, eu estava completamente vestida de Gabriel. Da blusa de time até a calça larga — Gostou?.

—O foda é que você fica gostosa pra caralho aí não tem como nem reclamar — Beijou meu pescoço e fez carinho no meu cabelo, estava tudo muito bom até o Matheuzinho sair pela porta do vestiário.

—Vão ficar se comendo aqui na frente de todo mundo? — Abriu os braços indignado.

—Que todo mundo? Só tem você aqui —Ele se aproximou e Gabriel deu um tapa na cabeça dele.

—Bora na festinha na casa do Everton? — Gabriel me olhou erguendo a sobrancelha como se estivesse me perguntando "Você que ir?" apenas com o olhar — Gabriel virando pau mandando da Flora, pra quem disse que não ia deixar de sair pra ficar com mulher em casa.

—Você disse isso? — Dei uma risada.

—Você não tem um relacionamento pra cuidar não? — Gabriel fez uma cara brava.

—Não, por isso estou cuidando do de vocês — Ele colocou a mão em volta do meu pescoço e me puxou para longe do Bi — Você vai né? Porque ele só vai se você for.

Encarei Gabriel e ele me olhou esperando uma resposta — A gente vai.

—Muito obrigada por ter deixado nosso amigo ir — Gabriel passou do lado dele dando outro tapa na sua cabeça conforme iamos andando até o estacionamento — Vou ir no carro de vocês.

Matheus caminhou na nossa frente e  Gabriel me parou segurando meu pulso — Se você não quiser ir é só falar , ta tudo bem se quiser ficar em casa agarradinho nesse frio.

—Proposta tentadora — Roubei um selinho — Acho que vai ser legal a gente sair ficar um pouco com seus amigos, e eu tô super afim de encher meu buchinho.

Assim que entramos no carro Matheuzinho voltou a falar sem parar.

Olhei  pra mão dele que revezava entre a marcha e minha coxa, eu adorava esses pequenos gestos.

Peguei meu celular vendo algumas mensagens do Fabinho dizendo que não tinha ninguém em casa e que ia sair e deixar a chave de baixo do vaso de planta. Ele ainda esta meio estranho comigo, mas as coisas estão caminhando devagar.

Enfim chegamos na casa do Everton, as reuniões pós jogos sempre aconteciam aqui, é claro que aconteciam só quando o time ganhava.

No Rio estava caindo um pé da água daqueles então o pessoal estava tudo na sala de estar.

—Vocês chegaram , finalmente — Everton veio ao nosso encontro — Fiquem a vontade.

O bom de vir na casa do Everton e da Marília é que além da mesas lindas que ela fazia, a comida era maravilhosa.

—A gente demorou porque estava esperando uma resposta da amada dele — Matheuzinho se sentou em um dos sofás e eu e o Gabriel o acompanhamos.

Percebi logo o olhar de pedro que estava sentado a minha frente sobre mim.

—O Matheus não cala essa boca dele por um minuto — Gabriel resmungou.

—Você está nervosinho desde o campo.

—A vai tomar — Gabriel parou de falar quando viu o totói se aproximando — Só na acabo de te mandar ir pra quele lugar por que tem criança aqui.

—Cuidado com a boca suja de vocês perto do meu filho — Everton falou.

—Tio Gabi — O garotinho veio correndo na direção do Gabriel e levantou os bracinhos pra ele pegar — Mengooo, mengooo, mengoo.

—Esse garoto é mais orgulho da nação do que o próprio pai que não faz gol — Everton deu o dedo do meio — Que isso isso Everton cuidado com os gestos perto do seu filho — Gabriel acabou de falar e o garotinho se jogou para meu lado.

—A Flora toda sem jeito com criança — Matheus zomba de mim enquanto tentava ajudar o totoi a vestir a camisa do mengo.

—É o jeitinho dela, deixa ela po — Gabriel fala todo bobinho.

—Jesus vou vomitar — Filipe que havia acabado de chegar diz.

—Vocês cismaram comigo porque não vão perturbar outra pessoa?.

—Porque é bem mais legal te perturbar, você fica puto rápido — Filipe respondeu de volta.

O garotinho saiu do meu colo depois de finalmente eu conseguir vestir a camisa nele — Vou ir pegar comida — susurrei no ouvido do Gabriel que estava destraído em uma conversa com seus amigos.

Levantei ajeitando minha calça e indo até a sala ao lado aonde tinha uma mesa enorme, era tanta coisa que eu fiquei com duvida do que pegar. Preferi escolher a tática de pegar um pouquinho de cada coisa.

Em pensar que a comida seria aquelas comidas de rico que eu nem sei o nome, mas na verdade tinha inhoque, lasanha e outras massas.

—Está em dúvida? — Pedro perguntou parando ao meu lado.

—Um pouco.

—Te dou a sugestão de comer o inhoque, esta muito bom — Colocou a mão dentro do bolso da calça de moletom.

—Obrigada, mas prefiro minha ideia inicial de comer um pouco de cada — Falei conforme ajeitava a lasanha em um catinho do meu prato.

—Ótima ideia — Deu uma risada — Oque achou do jogo?.

—Eu não entendo muito, mas acho que jogaram bem — Assim que acabei de falar Gabriel entrou na sala encarando o Pedro até vir pro meu lado.

—Tudo bem? — Perguntou pra mim e eu afirmei com a cabeça, em seguida Pedro saiu dali — Vai conseguir comer isso tudo?.

—Claro, tô com fome — Passei por ele pegando um garfo em cima da mesa.

Analisei seu rosto e dava para vê sua carinha de ciúmes.

80 comentários e 300 curtidas para o próximo (só vou postar quando bater a meta).