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G A B R I E L

Não acreditava que o Fabinho está ligando a uma hora dessa?, ele não tem oque fazer ao invés de ficar interrompendo as pessoas?.

Eu estava tão puto com aquilo que nem percebi meu maxilar sendo travado.

Ela me olhou com um olhar sem saber oque fazer —Atende — Falei.

Ela aceitou a ligação e colocou o celular no rosto —Oii.

Infelizmente não conseguia escutar nada do que ele falava, parecia estar dando uma bronca pela cara que ela fez durante a conversa.

Estávamos em um momento tão bom. Seu beijo era inexplicável, já beijei muitas bocas na vida, mas a boca dela não tinha comparação parecia ser feita pra mim, pra estar em contato com a minha.

—Eu tenho que ir embora — Se levantou depressa.

Era notável que eu não queria que ela fosse agora, queria mais tempo com ela.

—Por que? — Puxei ela de volta pra sentar no sofá.

—Fabinho me ligou perguntando aonde estava e do porque eu ainda não ter chego pra ficar na floricultura, ele tá bem bravo — Um pé no saco.

—Você falou que estava comigo?.

—Falei, mas sabe como ele implica comigo.

—Depois eu converso com ele — Puxei minha blusa colocando de volta no meu corpo — Vou pegar seu presente.

Ela concordou. Fui até meu quarto pegando a caixa que havia esquecido na cama. Apesar de parecer ser algo proposital mas foi por pura pressa de chegar na faculdade dela a tempo.

—Espero que goste — Entreguei o caixa em suas mãos. Fiquei curioso analisando suas expressões conforme ela ia abrindo.

Pegou a blusa com o número nove e com a escrita com meu apelido e levantou — Obrigada, amei — Me olhou com seus olhos castanhos que pareciam estar mais brilhantes no dia de hoje.

—Gostou mesmo?, é do time que eu jogo — Tentei explicar mas fui interrompido.

—Eu sei, não sou tão leiga assim — Debochou — Time do Flamengo.

—Só isso também, por que não sabia nem em qual posição eu jogo — Provoquei.

—Ai você já está querendo exigir demais de mim — Guardou a blusa de volta na caixa e pegou a mochila.

—Não que ficar mais?

—Melhor não, Fabinho já está até me mandando mensagem — Arfei frustado.

—Então vamos — Peguei a chave do carro e ela saiu na minha frente.

Eu queria muito mais que aquilo, claro que se ela não quisesse transar eu ia respeitar, mas a vontade que ela despertou em mim no beijo me fez querer descobrir mais dela. Sabia que outra oportunidade como essa seria difícil de ter, já que o Fabinho não sai de cima.

—Quer falar sobre oque aconteceu? — Falei observando ela quieta o trajeto todo.

—Não tem do que falar, aconteceu...

𝐏𝐞𝐧𝐬𝐞𝐢 𝐌𝐞𝐥𝐡𝐨𝐫 - 𝐆𝐚𝐛𝐢𝐠𝐨𝐥Onde as histórias ganham vida. Descobre agora