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F L O R A

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F L O R A

Olhei para meu prato e o prato de Gabriel tentando comparar, a diferença era gigantesca. Uma pessoa saudável e a outra que só come porcaria.

Eu pedi um prato de bife com batata frita enquanto ele pediu bife com uma porção de salada.

Comemos em completo silêncio. Hora da comida é hora sagrada não é mesmo?.

—Tenho que te dá seu presente — Havíamos terminado de comer — Só que eu acabei esquecendo lá em casa — Ele deu uma coçadinha na barba.

—Desculpas pra passar mais tempo comigo? — Dei um sorrisinho.

—Uma desculpa boa, não acha? — Respondeu com outra pergunta e logo após apoiou seu braço por cima da mesa inclinando seu corpo na mesma reta do meu, já que estamos um de frente pro outro.

—Boa — Pensei alto — Vamos pedir a conta — Fujo totalmente do assunto.

—Ta fujindo Florinha — Negou dando um breve sorriso.

Um belo sorriso, que eu fiquei admirando os breves dez segundos que durou. O garçom chegou tirando meu foco.

—Eu pago o meu — Me entrometi vendo Gabriel juntar suas sobrancelhas grossas com uma cara de puto — Tá bom, você paga.

Não queria parecer interesseira, não que um prato de comida paga por um homem me tornasse isso mas, sempre tive o costume de pagar minhas coisas e agora o Gabriel com todo dinheiro que ele tem pagando qualquer coisa pra mim me faz achar que eu pareça uma interesseira e uma mulher menos independente.

—Eu fico puto quando eu quero pagar algo pra você e você não deixa — Falou todo bravinho assim que entramos no carro.

—Eu não estou acostumada com essas coisas Gabriel, sempre paguei tudo e sempre fui independente.

—Eu pagando uma coisa ou outra não vai te tornar menos independente — Deu uma pausa suspirando e tirando os olhos um pouco do volante para me olhar — Eu quero te agradar, quero te oferecer oque eu não podia oferecer a alguns anos atrás.

Preferia não prolongar a "discussão" Gabriel é do tipo que é teimoso e só acaba a conversa quando ganha a briga. Não sei se ainda continuava com esse seu jeito então preferi evitar.

—Ta chateada?.

—Não, só foi uma conversa e eu entendi bem seu lado — Esclareci.

—Não quero que fiquei chateada — Ele insistia em falar sobre o assunto. Pelo que eu tô vendo seu jeito não havia mudado muito.

—Ta tudo bem, eu juro que não fiquei nem um pouco chateada — Olhei para minhas unhas buscando algum assunto em mente — Quero saber que presente é esse que você vai me dar.

—Eu sei que você não entende porra nenhuma de futebol, mas quero te dá um presente que tenha a vê com minha carreira.

—Porra nenhuma é muito forte eu entendo um pouco.

𝐏𝐞𝐧𝐬𝐞𝐢 𝐌𝐞𝐥𝐡𝐨𝐫 - 𝐆𝐚𝐛𝐢𝐠𝐨𝐥Onde as histórias ganham vida. Descobre agora