Capítulo 48

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Quando as copas das árvores da mansão dos Grão-Senhores apareceram, Azriel abaixou o voo até seus pés tocarem o chão.

Havia passado duas semanas após o casamento de Thesan e Briath. Azriel elaborara seus planos para ir até a Corte Crepuscular, com a missão principal de entregar relatórios para o Grão-Senhor. Era uma tarefa que seus espiões poderiam executá-la, mas o mestre-espião queria ir nas terras aliadas. Para colocar seu plano em prática.

O plano de reconquistar Aalya.

Ele faria o possível e o impossível para tê-la novamente. Expressaria seus sentimentos verdadeiros e esclareceria o quanto queria aquela parceria. Seria extremamente sincero, mas, principalmente, paciente. Aalya não iria dar seu perdão facilmente. A fêmea era orgulhosa, Azriel sabia disso, mas ela reconhecia seu próprio valor. O macho amava aquela característica dela.

Azriel bateu nas portas duplas da mansão. Ouviu passos rápidos lá dentro e então Feyre abriu uma das portas, sorrindo ao vê-lo.

⎯ Ei, Az. ⎯ ela falou, abrindo caminho para o macho entrar.

O mestre-espião sorriu para a Grã-Senhora e deixou um beijo em sua bochecha.

⎯ Vim para pegar os relatórios que deixei aqui com Rhys. Vou levar para Thesan.

Feyre assentiu, indo até o escritório. Logo voltou carregando um envelope grosso, com os relatórios dentro. Ela parou na frente de Azriel, encarando-o, ainda sem entregar os papéis.

⎯ Sei quais são as suas intenções indo até a Corte Crepuscular. ⎯ a fêmea falou, mantendo o envelope contra seu peito. ⎯ Saiba que eu realmente torço por vocês dois. Eu ficaria imensamente feliz com essa parceria intacta. Mas você a machucou, Az, e eu apenas quero lhe pedir para que não repita isso.

"Aalya é uma fêmea extremamente gentil e que fez muito para nos ajudarmos, inclusive você. Você sabe de tudo isso, eu não preciso citar nada, mas saiba que, se você ousar machucá-la novamente, Az, você irá se ver comigo. Aalya é como uma irmã para mim."

Azriel engoliu em seco ao ver a fúria nos olhos azuis da Grã-Senhora. Ele não duvidava, por nenhum minuto, de que Feyre iria fazê-lo sentir se machucasse Aalya.

E ele ficava extremamente feliz com aquilo.

⎯ Eu prometo, Feyre, que farei tudo certo desta vez. Sei que não será fácil, pois entendo a raiva que Aalya deve sentir de mim, mas eu terei paciência. Eu a amo, portanto, esperarei o tempo dela.

Feyre abriu um sorriso meigo e sincero. Seus olhos encheram-se de lágrimas. Ela esticou o braço, entregando o envelope com os relatórios para o macho e disse:

⎯ Estou muito orgulhosa de você.

Azriel sorriu. Ele pegou o envelope, deixou um beijo na testa da Grã-Senhora e atravessou em direção à Corte Crepuscular.


Azriel estava no palácio de Thesan. Enquanto percorria o longo corredor até o escritório do Grão-Senhor, ele jurou que podia sentir o cheiro de Aalya por toda parte. Era, definitivamente, o melhor cheiro que o macho já sentira.

Parou na frente da porta branca e respirou fundo. Bateu na madeira e esperou por algum sinal que pudesse entrar.

⎯ Entre. ⎯ Thesan falou de dentro do escritório.

Azriel empurrou a porta branca e adentrou no cômodo. O Grão-Senhor Crepuscular escrevia ligeiramente em um bloco de papéis sobre sua escrivaninha. O mestre-espião segurou o envelope de relatórios junto a seu corpo e esperou.

Espada de Sombras - AzrielOnde as histórias ganham vida. Descobre agora