Capítulo 2 O Encontro

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EDUARDO

Não consigo tirar essa mulher da minha cabeça...mandei um e-mail para ela para saber de suas preferências para o jantar.
Já se passaram 5 minutos e nada, não consigo parar de olhar pra tela do computador, começo a analisar alguns relatórios para ver se me distraio, quando ouço o bipe da caixa de entrada, já abro empolgado.
Merda ! Mais que porra de mulher teimosa. – digo em voz alta e bato com a mão na mesa.
Ela não pode simplesmente cancelar, mas irei dar um jeito nisso e é agora.
Passo como um furacão pela mesa de Júlia e entro na sala de Letícia, Júlia vem logo atrás de mim, mas nem lhe dou atenção. Encontro a mesa de Leticia vazia, me viro e vejo Júlia me encarando como se fosse pega de surpresa, no mesmo instante tenta disfarçar, aproveito e a deixo mais sem graça à encarando.
__Onde está a senhorita Santos? – digo com tom autoritário.
__Eu... __Eu não sei Dr Eduardo.
__Como não sabe, que espécie de secretaria é você, que não sabe onde está sua chefe.
__Eu...Eu...
__Que merda Júlia, fala logo!
__Eu não...

Ela nem conclui pois é interrompida pela voz doce e mais suave da face da terra. __Chega Julia. Você não precisa dizer nada, eu resolvo.

__Dr Eduardo, ela não tem que saber todos os meus passos, e pelo que eu saiba nem o senhor tem que questionar a minha secretaria quanto á isso.
__Não dou a mínima, só quero esclarecer uma coisa com você, será que podemos conversar à sós.
Letícia acena com a cabeça dispensando Júlia, que sai ainda com cara de perdida, Letícia fecha a porta e eu aguardo ela se sentar e me sento em sua frente, lhe encaro propositalmente e ela retribui meu olhar. Posso ver que seus olhos estão com ar de fúria, acho melhor eu ir com calma.

__O que o senhor quer falar comigo? – ela fala toda formal, e não aguento e explodo.

__Mas que porra Letícia, quer parar com esse negócio de senhor, senhor, senhor. – digo com fúria, mas ela continua me encarando com um ar de autoritária do mesmo jeito.

Me levanto e passo as mãos pelos meus cabelos, já nervoso.

__Pelo que eu saiba, sou sua assistente pessoal e lhe devo educação e respeito, sempre falei assim com o senhor, por dois anos trabalho aqui, mais se o senhor quer que isso mude, posso pedir demissão agora mesmo.

Me virei para ela com raiva, como ela pode pensar nisso, é muito marrenta essa mulher, sempre tem resposta elaborada na ponta da língua.

Merda vou ter que recuar, se não a coisa pode piorar, mas eu preciso dessa mulher, eu preciso reduzir essa energia que só fez-se aumentar desde que a convidei para jantar.

Olho para ela decidido é digo.

__Acho que você sabe muito bem o porquê de eu estar aqui, não é?

Ela se desfaz e abaixa a cabeça.

Acho que esse é o meu momento.

__Eu á convidei e não aceito recusas, não sei porque você está assim, tão marrenta comigo, sempre fomos amigos e já jantamos juntos várias vezes, está certo que foi jantares executivos, mas não estrague o momento que quero ter com você. Por favor?

Após ter dito essas últimas palavras ela me olhou novamente assustada. Mas continuo falando.

__vamos me responda, ainda está tudo ok, não está? Me diga que sim, não me obrigue a pedir por favor novamente. Isso não, pois você sabe que não sei implorar, pois infelizmente não sei ouvir a maldita palavrinha " não ", e você sabe muito bem disso.

APENAS UM RECOMEÇO - vol 1 - série Marcas do passado.Where stories live. Discover now