APENAS UM RECOMEÇO - vol 1 - série Marcas do passado.

CAPÍTULO 10 Laços

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Eduardo.

Diário de Nádia, mas que porra é essa, quem é Nádia?

Fiquei curioso, ou melhor curiosíssimo. Sei que é errado invadir a privacidade de alguém, mas não aguentei, eu tinha que saber quem é essa tal Nádia, e por que seu diário está aqui na casa da Letícia.

Pequei e abri para lê-lo.

Chocado! Isso de longe me definia, fiquei pasmo ao perceber que a letra era idêntica à de Letícia. Por um momento achei que fosse coisa da minha imaginação, mas não, era dela, com certeza a letra era dela.
O primeiro sentimento que me veio obviamente foi a surpresa. Claro que fiquei surpreso! Como que eu poderia supor que aquele diário que Continha o nome de Nádia seria de Letícia.

Pense Edu... Pense...

Meu Deus! Eu sei que o que estou a ponto de fazer é errado, mas eu tenho que saber o que têm nessas páginas.

Pequei o diário que nem sei de quem seria mesmo, e saí dali. Saí tão desnorteado, que nem fechei a porta do apartamento dela.
Desci o mais rápida que pude, estava surpreso, confuso, sei lá, puto de raiva pelo modo que aquela maluca me tratou à pouco.

E ao entrar no meu carro me lembro que não avisei que estava saindo, mas também aquela louca disse que era para eu ir embora.
Me lembro das coisas que ela me disse... mas não vou desistir dela, e ela que não pense que vai me afastar com essa conversinha de relacionamento profissional. Sério que ela disse que foi só uma trana. A fúria me domina novamente.

__Vadia desgraçada!

Se ela pensa que vai ficar assim, ela está muito enganada.

Fico tão grilado com a lembrança de momentos atrás, que jogo a porra do diário no banco do passageiro.

Não acredito que só me usou, não acredito que o feitiço se virou contra o feiticeiro.

Caralho, sempre tive várias garotas, que no outro dia nem sabia quem era, e nem queria saber.

Meu lema era a fila anda, a roleta gira, mas agora tô aqui na porra da rua de uma garota, de quem eu acabei de levar um pé na bunda.
Maldita ideia que eu tive de vir atrás dela.

Tento conter meus pensamentos, mas essa porra não sai da minha cabeça.

E esse maldito diário, pra que eu roubei essa merda, nem sei pra que eu fiz isso.

Bato no volante violentamente.

__Droga! Droga!

Que ódio que eu tô de mim mesmo...

Tenho que colocar isso pra fora. Pego meu celular e ligo para o Eron.

__Alô!

__Oi, onde você tá?

__Estou em um café aqui perto de casa, por que? – Eron diz e dá pra perceber pelo barulho ao fundo da sua voz.

__Topa treinar um pouco?

__Pô cara, hoje é domingo, que tal irmos para um barzinho, ver umas gatinhas, isso sim que é programa de domingo.

__Tô fodido cara, preciso de um treino, senão acabo matando um hoje.

__Beleza vou ligar pro Alê ir também, a gente se encontra lá.

__ok, então daqui 20 minutos a gente se vê.