Capítulo 24

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           Fazem exatos dois dias

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           Fazem exatos dois dias. Dois dias que Ian me deixou sozinha nessa mansão gigante.
Se esse é mais uma de suas punições, com certeza só não é pior do que ouvir todas as palavras humilhantes que ele esbravejou na minha cara.

Me senti a pior mulher do mundo. Ian me chamou de puta e não foi na cama. Não foi no sentido erótico.

Ele quis dizer que eu me vendi.

De fato, ele está certo, eu me vendi quando aceitei 30% da venda. Esse dinheiro está guardado em uma conta que eu não pretendo mexer agora.
Eu poderia muito bem viver uma vida de luxo com os 3 milhões de dólares que recebi, mas eu não posso por dois motivos, o primeiro deles é que só irei ter acesso a conta, quando terminar o prazo de validade do contrato, são dez anos. O segundo, é que eu gosto dessa vida, tenho prazer em ser dominada e Ian faz isso muito bem.

Porém assim como tudo na vida, o BDSM também tem um limite.

A dor maior para mim, não foram os golpes que quase rasgaram a minha pele, mas sim as palavras pesadas com o objetivo de ofender. Ele queria me magoar, vi o ódio nos seus olhos. Queria que eu ficasse destruída, e ele conseguiu. Não irei perdoá-lo.

As cenas daquela noite, passam e repassam na minha mente, minuto após minuto. Eu não consigo esquecer, e talvez nunca iria.

Segundo Ian, eu não sou a sua submissa exclusiva, não vou poder olhar em seus olhos, muito menos sair de casa, nem mesmo com ele. Sim, eu estou acostumada com todas essas ações, porém não quando o objetivo é me magoar.
Se ele fizesse isso por puro prazer, eu entenderia.

No momento em que Ian terminou a punição, eu apaguei. Não lembro de ter falado nada, e também não lembro de como parei na cama. Com certeza ele me colocou ali, o que é estranho já que o próprio me disse que não iria me pegar no colo, talvez eu tenha tipo forças para caminhar.

Olhando-me no espelho observo as marcas que agoram tem um tom levemente rosado, e quase sumindo.
Toco e não sinto mais dor, porém cada uma delas teve um motivo infeliz.
Eu deveria, sim, ter falado da ligação que recebi pra Ian, não poderia omitir essa informação, porém tive medo. Mas diferente do que ele acredita, eu não correspondi em nada as expectativas do meu ex Dom.
Sim, fui muito imprudente, mas infelizmente eu não posso mudar o que já aconteceu.

Se eu já odiava Álvaro, agora eu o odeio ainda mais. As duas punições mais severas foi por culpa dele.
Ian precisa saber disso. Essa informação está entalada na minha garganta.

[...]

     Acordo e já é de noite. Novamente, nenhum sinal de Ian. Sinceramente já está insuportável ficar sozinha nessa casa, porém eu não sei como será quando nos vermos outra vez.

    Vou até a porta, e confiro se a mesma está travada. Quando ia apertar no painel para as cortinas descerem do teto, percebo que há dois homens olhando para a casa.
Na mesma hora me escondi.

Meu coração está a mil por hora. Quem são eles? E o que querem?
Será que estão aqui a mais tempo do que notei?
Sinto pavor.

Olho disfarçadamente outra vez, e eles já não estão no mesmo lugar.

Com medo do que algo aconteça, aperto finalmente um botão de segurança. Eu só sei disso, porque está escrito " aperte em caso de perigo".

De repente portas e janelas são protegidas com um blindado que desce do teto.
Fico chocada em descobrir isso, porém mais aliviada agora.

Quando estou subindo para o meu quarto, percebo que uma das câmeras me acompanha e eu continuo como se nada tivesse acontecido. Então é assim que o canalha me observa, através das câmeras.

Deve estar com outras, com certeza está, pois é viciado em sexo e não ficar um dia sem ter relação.
Já que eu não sou exclusiva, talvez esteja com Lívia, sua ex submissa, ou com outra mulher que o agrade.

Pensar nisso, me deixa nervosa, com vontade de tampar cada câmera dessa casa. Se ele quer me ver, que seja pessoalmente.

Vou para a cama sem um pingo de sono, então pego um dos meus livros preferidos. Como sempre, erótico.
Mal comecei a ler e um fogo me sobe.
O mais gostoso é imergir nessa imaginação  sexual.

Diga-me pequena, implore por mim. Diga que deseja ter o meu mastro enterrado na sua boceta.

Automaticamente abri as pernas. Eu não deveria, mas leio como se o casal fosse interpretado por nós dois. Estou tão excitada que a raiva que sinto de Ian, passou, porém SÓ nesse momento, o qual ele não sabe.

A leitura começa a ficar intensa, me imagino em uma das cenas, e acabo tendo que me tocar. São dois dias sem sexo, e eu preciso me masturbar, mais uma vez. Quero isso, e não ligo se Ian esteja me vendo.

Estou perdida em seus braços, enquanto ele me preenche, com estocadas profundas e rápidas. Sinto seu pênis latejar e crescer ainda mais dentro de mim.

Com tanto tesão, eu já não consigo me concentrar totalmente na leitura, então largo o livro e fecho os olhos.

Meu corpo se inclina, parecendo que tem vida própria. Todo o meu prazer está na ponta dos meus dedos, que circulam delicadamente em meu clitóris.

— Oh merda! — xingo, sentindo a sensação gostosa me invadir. Minhas pernas vão ficando fracas e eu já não tenho estruturas para segurar o clímax.

Viro de bruços e agora esfrego os dedos com mais rapidez, em um ritmo a qual eu consiga gozar rápido. Meu corpo quer isso.
Fico de quatro na cama, com o rosto no travesseiro e com a bunda empinada.

Imagino como se Ian estivesse por trás de mim, segurando as minhas mãos, e enfiando seu pênis grosso com o ritmo que só ele sabe fazer. 
E foi nessa hora que eu atingi o meu limite. Meu corpo estremece, assim como as minhas pernas que não param no lugar.

— Iaan — suspiro baixinho e abro os olhos.




..................

Mais um capítulo pra vocês ♥️
Gostariam de ler a versão de Ian?

Quero agradecer a todos os comentários, em especial a bad_girl1102
que comentou muito no último capítulo, acredito que a metade deve ser dela KKK. Linda, obrigada 💓

Aos novos leitores, sejam bem-vindos, já amo todos!

DESAFIO:

Para o próximo vir hoje: 300 votos, 300 comentários (não vale emoji nem letras/símbolos)

O Mestre mandou Onde as histórias ganham vida. Descobre agora