Quando um dominador viciado em sexo compra uma submissa em uma agência, os sentimentos que antes ele bloqueava, surgem. A possessão e o desejo de estar com ela todos os dias, fez com que os hábitos dele passassem pra ela gradativamente.
Ana Luísa c...
Cometi um erro: o nome do pai de Ian não é Thomas e sim Manoel King, como já apresentado no cap. 29
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O restaurante tinha um ambiente agradável, depois que olhei o cardápio entendi o motivo de ter poucas pessoas em um local grande desse. Manoel e Elisa formam um casal exótico. Ela, uma jovem moça que aparenta ter no máximo dezessete anos, mas na verdade tem dezoito, como me confidenciou. Ele, com aparência de pouco menos cinquenta anos. Fiquei muito curiosa para saber se eram um casal baunilha, porém não demorou muito para Manoel falar do clube bdsm, o qual Ian faz ou fazia parte. Comentou, que ele voltou a frequentar e que sempre perguntam por Ian e sua submissa.
— A última vez que fomos não foi nada agradável pai.
O garçom serve a todos com o vinho escolhido. Pedi para colocar mais na minha taça mas Ian repreendeu, dizendo que era o suficiente. Logo após a comida chegou, foi escolhido: picanha australiana, lagostas para Elisa, salada com legumes e molho de ervas.
— Deve estar sóbria hoje a noite — ele comentou somente para eu ouvir. Me arrepiei sentindo o toque de suas mãos na minha perna.
— O que houve ?
— Josh o babaca estava lá. Já me livrei dele e não quero voltar a estar no mesmo ambiente que esse imbecil.
Observo as veias de Ian saltarem. Ele odeia o ex sócio.
— Pra falar assim ele com certeza cobiçou sua mulher. Agora entendo o motivo e dou razão. Faria o mesmo ou pior se fosse com a minha boneca, não é querida? — Elisa sorri e ele beija sua mão — Mas, mudando de assunto: estou curioso pra saber como foi que se conheceram.
Manoel despeja mais vinho em sua taça e pede mais uma garrafa.
— Amor não precisa se embriagar — disse Elisa.
— Fique tranquila querida hoje invertemos os papéis.
Chocada. Ele então era um Switcher.
— Não entendo como pode ser switcher. Deixar a mulher no controle, nunca conseguiria e nem quero — Ian diz.
Elisa rebate falando com orgulho: — Mulheres no controle adora deixar os homens como um cachorrinho obediente. Não é sempre que seu pai permite, mas toda vez que sou a dominatrix ele ...
— Pare de falar demais Elisa! Ou será eu que espancará seu traseiro.
Rimos. Mas na verdade o clima esquentou. Essa conversa seria um tabu para a maioria das pessoas, mas, falar de bdsm é extremamente natural para quem pratica.
Depois de novamente Manoel indagar como nos conhecemos eu respondi. Ian certamente ficou desconfortável, ele queria manter esse assunto somente entre nós para não me constranger.
Falei como tudo começou, das minhas raízes no orfanato, que não sabia nada sobre a minha família e que Ian era tudo que eu tinha. Comentei que iniciei no bdsm nova e que Ian me comprou em uma agência de submissas, mas que depois, com o passar do tempo e convivência, ele abriu mão do contrato e resolvemos agir como um casal sem as regras estipuladas.
