Capítulo 29

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        Não consegui me concentrar em nada desde quando cheguei no trabalho

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        Não consegui me concentrar em nada desde quando cheguei no trabalho. Estou na minha sala, mas minha mente está em outro lugar.

Essa foi uma noite de surpresas. Não fiquei nem meia hora na comunidade secreta com Katie, com certeza ela está me odiando por tratá-la mal.

Dormi com Ana Luísa e por pouco minha ninfeta não descobriu tudo. Quando acordei durante o amanhecer foi um alívio vê-la ainda dormindo feito um anjo.

Hoje teria uma reunião importante, mas meu estresse está tão alto que precisei desmarcar. Obviamente, Josh veio tirar satisfação. Esse é o momento certo para apresentar a minha proposta.

— Qual é o seu problema? Tem noção do que fez? Essa reunião era a chave para o lançamento do novo produto e você desmarcou. — ele se mostra indignado e caminha pela sala estressado — tudo por uma mulherzinha Ian, você já foi melhor que isso.

Respiro fundo e tento manter a calma, coisa que eu não tenho e com Josh dificilmente terei.

— Vou ser bem direto com você — levanto e tiro meu terno — te ofereço trinta milhões para assinar sua renuncia da sociedade.

Ele gargalhou.
— Acha que eu sou imbecil? Essa empresa lucra bilhões anualmente. Mesmo tendo uma porcentagem mínima quero um dia ser bilionário assim como você.

— Você nunca será Josh. — olho para a vista através do vidro e aperto o botão. Dessa vez, eu optei por colocar a imagem de Ana Luísa ao invés de ver a cidade.

Josh fica analisando cada detalhe.

— Ela é mesmo excitante. Linda. — o filho da puta diz, e eu perco a paciência.

O peguei pela camisa e joguei no sofá.

— Escuta aqui seu desgraçado traidor, você vai assinar essa renúncia por bem ou por mal porra! Estou te oferecendo uma boa quantia pra me ver livre de você. Se não assinar, você vai se arrepender, não serei tão bonzinho como pensa!!!!!!

Josh tenta me jogar no chão. Porém de repente a porta se abre. Minha secretária entrou sem bater e antes que ela pudesse dizer algo, meu pai entra pela porta.

— Que diabos vocês estão fazendo? Achava que eram melhores amigos o que foi que eu perdi?

— Desculpe senhor Ian, ele não quis esperar — diz, a funcionária.

Levanto e recomponho a minha postura.

— Está tudo bem — tento lembrar o seu nome, mas acabo olhando para seu crachá — Aline.  Acompanhe Josh até a saída.

Entrego os papéis para ele, que me olha indignado e muito furioso.

— Seu filho perdeu a cabeça Senhor Manoel. Não é a toa que tanta gente o odeia.

Josh assina e me entrega.

— Quero o dinheiro na minha conta o mais rápido possível.

— E eu quero você longe daqui. Se apenas pisar na calçada da minha empresa, meus seguranças irão te jogar do outro lado da rua!

Josh pega sua mala e sai insatisfeito, porém eu não ligo para nada. Estou livre desse inútil.

— O que houve entre vocês? — meu pai pergunta, enquanto se serve com um conhaque.

— Josh pegou minha ex submissa quando tínhamos um compromisso.

Meu pai olha para a imagem de Ana e pergunta se era a mulher que me traiu.
Respondi o óbvio, ele mais do que ninguém sabe que não permito traição, e jamais continuaria com uma mulher que perdeu a minha confiança.

— É a sua nova submissa? Como ela é linda filho! Eu gostaria de conhecê-la.

— Sim, ela é. — observo sua imagem. Escolhi uma das dezenas de fotos que sua antiga agência me repassou. Eram exclusivas, já que todo o álbum que tinham, passou a ser meu.
Ana está com um vestido preto bem justo e deitada na cama, olhando para a câmera de uma forma provocante e sexy.

— Esse seu olhar é de alguém que está apaixonado e por te conhecer melhor do que ninguém, sei que jamais colocaria a fotografia de uma mulher ocupando toda a sua sala.

Sento-me na poltrona.

— Está engando pai. Ana é apenas minha propriedade.

— Dessa vez eu acho que você confundiu as coisas! — ele ri — quero saber tudo sobre vocês. Minha intuição não falha.

                          Estava voltando do banho quando meu despertador tocou

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            Estava voltando do banho quando meu despertador tocou. Eu deveria me arrumar para receber meu mestre, mas não farei nada do que estava acostumada. Coloquei uma roupa leve, um short e uma blusa, sequei meu cabelo e depois prendi.
Ainda estou magoada e pensativa pelo que aconteceu ontem.
Aquela mulher debochada e bonita não tem culpa de nada, o safado do Ian que não deveria estar com outra.

Sim, infelizmente confundi tudo. Quero cobrar dele exclusividade quando ele nunca me prometeu isso, mas infelizmente não mandamos no coração.
Estou pensando seriamente em tomar uma atitude se por acaso ver Ian com outra mulher mais uma vez. Eu não vou aguentar.
Passei a noite chorando até dormir, eu decidi que todo o dinheiro que poderia ganhar no final dos dez anos, não valeria a minha paz e dignidade. Não, eu não posso quebrar o contrato de forma alguma, Ian pagou muito dinheiro por mim. A única maneira de fazer isso, seria pagando a multa milionária.

Quando a nova secretária do lar  entrou no quarto saí para que ela pudesse ficar a vontade para arrumar.

Fiquei um tempo na cozinha comendo e fazendo companhia a Nádia. Aos poucos,  ela acabou virando uma confidente, sempre trocamos informações.

— O patrão vai brigar com você menina Ana. Não deveria estar aqui.

— Eu não quero saber, não estou mais afim de agradar ele.

— Você mudou muito, não parece mais a mesma. — ela se aproximou e cochichou: — Cá entre nós, seu Ian merece seu desprezo.

Nádia sabia de tudo. Eu finalmente desabafei, e ela me escutou chocada com tudo o que descobriu. Ela ama Ian como um filho, porém condena a atitude que ele teve comigo.

De repente escutamos o barulho do carro dele e eu me despedi dela. Fui depressa para o meu quarto.

Para meu alívio a secretária já tinha terminado e eu pude trancar a porta.

Sento-me na cama e de repente ouço um telefone tocar. Vou seguindo o som até o encontrar.
Mas o toque parou.

Já estava indo entregar para ela, quando olho para o visor. Na tela, tinha inúmeras fotos do meu quarto, minhas roupas e até de mim mesma, de todos os ângulos.

— Mas que merda! Por que ela faria isso?

Acabo me assustando com alguém batendo na porta. O celular até caiu no chão. Por sorte não quebrou a tela, apenas arranhou a parte detrás.

Bloqueio a tela e coloco o telefone no mesmo lugar.

As batidas estão cada vez mais insistentes, então eu decidi abrir a porta. Antes que Ian arrombasse.
Eu sabia que estava muito ferrada, e tive certeza quando Ian me colocou em seus braços me levando pelo corredor como se eu fosse um saco de penas.







O Mestre mandou Onde as histórias ganham vida. Descobre agora