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- Me conta, minha princesa, você brigou muito com os seus irmãos na barriga da mamãe? Sabia que tem um urso gigante no seu quarto? Sim, poderá brincar com ele... Ei, por que está mostrando a língua pra mim, hum? Posso trocar o urso e colocar um unicórnio o que acha?

Olhava Jisoo com a pequena Nari nos braços andando pra lá e pra cá enquanto esperávamos Haneul terminar a bateria de exames. Ouvir a minha menina chorando na sala ao lado, partiu o meu coração e quando ela voltou, seus olhos tinham algumas lágrimas e ela choramingava até Jisoo pegá-la, foi como um remédio tanto pra mim quanto pra pequena, com aquela voz mansa e calma, qualquer um se acalmaria.

Ouvíamos também o choro de Haneul, não tão desesperado igual o da irmã, mas que também me fazia querer ir até lá e o protegê-lo de qualquer coisa. Ao voltar, eu o segurei, balançando aquele corpo pequeno até que o sono o venceu. Logo foi a vez de Dae, já esperávamos ouvir o choro dele também. Mas a nossa surpresa, foi que ele não emitiu nenhum som, de todo aquele tempo, ouvimos ele chorar uma vez, na hora que nasceu apenas isso.

Quando Lisa e Rosé chegaram para conhecê-los, eu fui encaminhada para uma sala, também fazendo vários exames, teria que esperar mais um pouco até voltar para a casa.

- Esse é o Dae.

- Não esse é o Haneul.

- Esse é o Haneul? Espera, essa então é Nari? Esse é o Dae!

- Não, Lisa, esse é o Haneul!

- Ah, espera, esse é o Haneul esse é o Dae e essa é Nari.

- O que você diz ser o Dae, é a Nari, e esse é o Dae.

- Vocês não podem vestir eles iguais! Já não basta o rosto! Não sei nem quem eu sou! - eu ri negando relaxando nos braços de Jisoo, observando as meninas disputando a atenção dos três, mas foi questão de segundos até elas assustarem o Dae, e o menino se pronunciar altamente. - Ai meu Deus a Nari está chorando! - lá se foi Jisoo pegar o menino e aproveitou para dar um leve tapa no ombro da Chaeyoung.

- Esse é o Dae, Chaeyoung, meu Deus!

- Não tenho culpa se vocês fizeram as eles todos iguais!

- Oi, meu filhotinho... elas te assustaram foi? Não, não chore está tudo bem agora, sou eu a mamãe... você é tão quietinho, nem chorou quando precisou fazer os exames, mal nasceu e já está me dando tanto orgulho assim? Olha que o meu coração não aguenta, e eu vou ter que te apertar todinho... olha a mamãe Jen aqui, olha como ela é esteticamente linda...

Eu sorri para ela, meio envergonhada com as palavras usadas, mas bem com aquilo, Dae tinha os olhos rápidos, mas os mantinham sempre em Jisoo, olhava pra mim as vezes, esfregava a mão no rosto e depois olhava para a Jisoo de novo, ficando preso nela durante um bom tempo.

Quando finalmente fomos liberados, Jisoo me ajudou a colocar uma roupa bem quente neles. E finalmente voltamos para a casa. Jisoo dirigiu com cuidado, pois nevava muito, mas chegamos no prédio em segurança.

Com os três bebês confortos pegamos o elevador, nós duas exaustas por motivos óbvios. Minha namorada abriu a porta do nosso apartamento e logo fomos recebidas por Dalgom.

- Oi, Dalgom! Olha os novos integrantes da família, esses são, Nari, Dae e Haneul. Digam oi pro Dalgom filhotinhos... oi Dalgom prazer em conhecê-lo...

Acabei rindo quando ela fez uma voz fina, sabia que Jisoo ia ser completamente babona pelos os três. Haneul que estava no bebê conforto que eu segurava começava a dar sinais de cansaço, fechando os olhos, depois os abrindo de novo. Nenhuma surpresa ao ver que Dae dormia profundamente e que Nari se mantinha ativa a tudo.

Com um cuidado absurdo, tirei os dois do bebê conforto, os colocando no berço, sentindo que enfim eu poderia dormir um pouco. Ao ver que eles dormiam realmente voltei para o quarto, vendo Jisoo e Nari deitadas na cama, Jisoo já dormindo mas a pequena olhando querendo a sua atenção.

- Que tal deixar a sua mãe dormir um pouco, hum? Ela já fez muito...- eu dei de mamar para ela, observando tanto a pequena quanto Jisoo, acabei rindo em concluir que as duas eram bebês, uma de um dia de vida e a outra de vinte e cinco anos.

Acho que nunca superei ou digamos "aceitei" o fato de Jisoo ficar super madura, até mais que eu em alguns momentos. As vezes me batia uma saudade daquela garota que me perguntava tudo a cada cinco minutos. Era estranho agora. Mas um estranho muito bom.

Quando Nari se sentiu satisfeita e sonolenta, caminhei com ela até o quarto onde seus irmãos já haviam ido para o mundo colorido do sono, e a coloquei no berço. Ainda levou um tempo até ela pegar no sono, mas fiquei aliviada quando isso aconteceu.

Eu tomei um banho, e me senti completamente mole e cansada. Me arrastei literalmente até a cama não me cobrindo ou me preocupando que estava com a metade do corpo em cima da minha namorada. Eu precisava dormir, e muito.

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Wake up, my dear - Jensoo VersionOnde as histórias ganham vida. Descobre agora