Wake up, my dear - Jensoo Version

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Eu me via em um mundo de desafios a cada dia com os três, acho que não só eu mas Jisoo também. A cada minuto algo novo nos surgia.

De cara, sabíamos que Nari mandaria em tudo ali. Ela era extremamente ativa, e quando não recebia atenção era motivo de berros que só eram parados se eu e ou Jisoo descemos toda a nossa atenção a ela. De cinco em cinco minutos tínhamos que pegá-la e dar atenção, se não, era a noite inteira a ouvindo chorar, era aquele choro falso, sem lágrima alguma, e olha que ela só tinha dois meses.

Haneul era ativo também, gostava de olhar tudo, mesmo sabendo que ele ainda não enxergava com clareza, ele parecia gostar das coisas desfocadas que via. Gostava de ficar deitado na nossa cama, e mesmo não recebendo atenção em algum momento, ele achava outra coisa para fazer como olhar o teto ou sorrir pra parede. Ele só não gostava de ficar muito tempo no carrinho, no berço ou bebê conforto. E incrivelmente, sorria quando ouvia a minha voz.

Dae era um potinho de mel literalmente, ele ficava onde nós o deixávamos, sem reclamações, qualquer coisa para ele estava de bom tamanho. Ele era tão quietinho que as vezes eu tinha que conferir a sua fralda ou se ele estava bem pois o menino não berrava igual os irmãos, tinha que marcar horários para ele mamar já que ele raramente reclamava por fome, ele era manhoso algumas vezes, não saía simplesmente abrindo o berreiro, começava a murmurar, e só isso era o suficiente para chamar a nossa atenção. Ah, além de só dormir com Jisoo falando com ele caso contrário seus olhos ficavam bem abertos a espera da sua mãe.

No fim do terceiro mês eu e Jisoo completamos um ano de namoro, como não podíamos sair, comemoramos da forma mais simples e romântica. Ela fez um lindo jantar a luz de velas e depois aproveitamos cada minuto no nosso quarto e na nossa cama, agradecendo aos trigêmeos por dormirem a noite toda naquela data.

Minha relação com Jisoo não era 100% perfeita, acho que ela era perfeita demais para mim, e eu também implicava com ela por coisas bestas, mas claro, ela nunca revidou algo, ou realmente quis se aprofundar em alguma briga, sempre acabava me puxando para um abraço apertado e falava "a culpa foi minha, me desculpe, Mandu" e as vezes nem era culpa dela.

A cada mês o desenvolvimento deles melhorava, no quinto descobriram o quão mágico a própria mão deles podia ser, e isso fez Nari ficar mais calma. Por apenas duas semanas.

Ao completar sete meses, pude voltar a trabalhar deixando eles com uma babá de confiança de Lisa, que me alegou que a mesma cuidava da sua irmã mais nova nos fins de semana.

Eles adoraram Young-sun, tanto que as vezes eu sentia ciúmes, mas Jisoo me enchia de beijos e dizia que era besteira porque eu sempre seria a mãe esteticamente linda deles.

Eles também amavam brincar com Dalgom, apesar dele não parecer gostar muito de tantas mãozinhas o tocando o tempo todo, mas era muito paciente e nunca mordeu ou arranhou nenhum deles, felizmente.

Mas acho que nenhuma data se compara ao dia que eles completaram um ano de idade. Meu Deus. Aquele dia foi... simplesmente perfeito demais para explicar.

[...]

Acordei com o barulho do chuveiro ligado e falta de alguém ao meu lado.

Caminhei até lá, tendo uma visão gloriosa da minha namorada passando o sabonete pelo corpo, corpo esse que estava ganhando muitos músculos, já que ela resolveu fazer academia e aulas de MMA depois das corridas matinais. Eu sinceramente não sei de onde essa mulher tira tanta disposição, depois de trabalhar o dia todo no hospital e cuidar dos bebês a ultima coisa que eu pensaria é acordar cedo para me exercitar.

Foquei em seu rosto novamente, estava com os olhos fechados enquanto os dedos tiravam os resquícios de shampoo do cabelo.

Eu tirei o baby-doll sem fazer barulho, e me juntei a ela, abraçando seu corpo nu e sentindo a água quente correr por minhas costas, logo seus braços rodearam minha cintura, e seus lábios passearam docemente por meu pescoço.