CAPÍTULO 9

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— Fique calma, por favor! — Mel pediu aflita enquanto eu tentava controlar meu corpo e minha mente para raciocinar melhor

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— Fique calma, por favor! — Mel pediu aflita enquanto eu tentava controlar meu corpo e minha mente para raciocinar melhor.

Deveria ter dado certo.

Era para nós estarmos no avião de volta para o Brasil e bem longe de Peter e Ronan. Entretanto, foi tudo por água abaixo. Não estava mais acostumada a ter vários hormônios descontrolados trabalhando e tomando conta das minhas emoções como a adrenalina.

Deveria saber que não tínhamos chances contra criminosos, nem mesmo no mundo literário era possível fugir, mas eu preferia tentar, como uma forma de não desistir de viver no caminho certo.

— Ele vai nos matar. — afirmei e passei a mão no rosto enxugando-o incessantemente.

O olhar que ele me deu foi único. Nunca tinha visto dirigir aquela raiva a mim, nem mesmo quando me ameaçou no restaurante anos atrás, não tinha sido tão mórbido e sombrio. Peter era perigoso e no fundo, eu sabia. A pose de rei e de dominador estava presente em cada passo que ele dava, não era de se admirar que ele realmente fosse o que mostrava.

— Não vão nos machucar. — Mel repetia e eu me sentei na cama, limpando as lágrimas do rosto mais uma vez. — Só tente me ouvir e me entender.

Minha irmã abriu a boca para falar quando foi interrompida com a porta do quarto sendo aberta com grosseria. Peter entrou ao lado de Ronan e me encarou friamente. Me encolhi com sua entrada e Ronan puxou Mel para fora, ela não negou apenas me deu um olhar passivo quase implorando que eu me acalmasse.

O loiro sinistro fechou a porta e travou o maxilar levando seus dedos ao blazer abrindo-o e o retirando. Dali, eu conseguia ver o coldre na cintura juntamente com a pistola prateada e talvez fosse mesmo a intenção dele, me intimidar com sua arma letal.

E ele havia conseguido.

Ver os ladrões armados nas ruas do Brasil não me intimidavam tanto quanto ele direcionando sua fúria para mim.

— Está se sentindo a mulher maravilha agora? — zombou sem humor algum e deu dois passos na minha direção.

Me ergui na mesma hora olhando para os lados e tentando achar algo para usar como escudo. Uma bala me mataria na mesma hora e sem a presença de testemunhas, eu era só uma indigente num país desconhecido.

— Isso que pareceu. O que achava que ia ganhar com aquele show do caralho? — perguntou e estremeci violentamente. — Me responda, porra!

Sua explosão me fez dar um grito agudo, pulando para o outro lado do quarto, o mais longe dele que eu conseguia.

— Eu queria ir embora. — exclamei, nervosa.

— Ir embora? — veio até mim com velocidade e me tirou de perto da porta do banheiro, impedindo-me de entrar. — Acha que isso é uma porra de uma escola? Que espera dar o horário e sai com a irmã do lado? Não é assim que funciona aqui!

A Tentação Do Mafioso Alemão - (Degustação) Where stories live. Discover now