CAPÍTULO 27

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Roer as unhas nunca foi uma das coisas que eu fazia frequentemente

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Roer as unhas nunca foi uma das coisas que eu fazia frequentemente. Porém, naquele momento, não era por um motivo pequeno. Um bebê não era um assunto pequeno.

Eu não queria um bebê.

Nunca foi um sonho meu criar uma vida e ser chamada de mãe, e a ideia de estar carregando uma criança estava me aterrorizando.

Não consegui olhar para Peter e contar a ele que eu havia engravidado. Primeiro, por medo da sua reação. Afinal, ele tinha me disponibilizado contraceptivos justamente para evitar uma gravidez, e nem isso consegui fazer. E segundo, por mim, pelo medo e pela minha própria insegurança sobre o assunto.

Não estávamos nos falando direito desde o dia em que ele fez aquela palhaçada e me expôs como uma mulher qualquer para outro homem. Ele também não forçava contato e me deixava sossegada no meu canto. Coisa pela qual eu agradecia internamente.

— Que dor nas costas. — Mel reclamou e eu a olhei.

Estávamos na sala, com Ronan ao seu lado, e eu lia meu livro, calada. Era um livro de máfia, um nítido romance dark. Foi nele que pensei assim que descobri a verdade sobre os Hoffmann. Uma mocinha injustiçada por um mafioso cruel e condenada a viver ao seu lado.

— Precisa descansar, Amélia — Ronan a advertiu, manso.

— Eu já descanso muito.

Desviei meus olhos da minha irmã e, instintivamente, fitei meu ventre.

Em meses, eu estaria assim. Por que era tão difícil aceitar?

Willy passou por nós apressadamente e se direcionou à porta. Eu o observei atender uma mulher baixa e loira que carregava uma prancheta branca. Ela era elegante e bonita, mas, ainda assim, tinha uma postura rígida ao andar.

— Quem é ela? — perguntei para os dois ao meu lado.

Ambos direcionaram a atenção à visitante.

— Organizadora de eventos. — Ronan disse. — Ela foi uma das chefes da organização do meu casamento.

Engoli em seco quando as palavras de Peter entraram na minha mente e ri, nervosa. Ele não podia ter falado sério. Na mesma hora, eu o vi passar por nós e ir até a mulher, ativando minha ansiedade ao ponto máximo. Levantei-me no mesmo instante e praticamente corri até eles.

— Senhor Hoffmann — ela o cumprimentou. — Já organizei o visual da festa e...

— Que festa? — Eu apareci atrás de Peter e ambos me olharam.

Ele continuou sério diante dela.

— Nosso noivado.

Eu sorri, sem graça.

— Não vamos nos casar.

A mulher pareceu surpresa com minha afirmação, porém permaneceu quieta. Peter, por outro lado, demonstrava estar confortável e até preparado para a minha reação. Ele me ignorou e voltou a falar com a organizadora de eventos.

A Tentação Do Mafioso Alemão - (Degustação) Όπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα